Page 17 - Telebrasil - Março/Abril 2000
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Internet é um serviço de valor Segundo Helena de Araújo
A Advocacia Xavier, Bernardes, INTERNET EM
adicionado e não de telecomuni
Lopes Xavier, do Escritório de
cações”. Quem disse isto foi Luiz
Tito Cerasoli, da Agência Nacional de Te Bragança, os serviços de teleco T E L E C O M
lecomunicações, durante o seminário “In municações básicos, destinados
N O K IA
ternet em Telecom”, organizado pelo IIR, ao usuário final, são regidos pela
no Rio de Janeiro. Lei Geral de Telecomunicações.
SIEMENS
O serviço de valor adicionado acrescen Já os serviços de valor adiciona
ta ao serviço de telecomunicações, que lhe do e de serviços não-destinados
dá suporte, novas utilidades. Seu prove ao usuário final são de caráter
dor e um usuário do serviço de telecomu desregulados. A telefonia vocal,
nicações que lhe dá suporte (Lei Geral sobre Internet, não está consi Luiz Tito Cerasolli, da Anatei
das Telecomunicações - art. 61). Com derada na LGT.
base na norma de uso do serviço público Dentro do domínio Internet, nada im Em novembro de 1999, ocorreu uma
comutado, a Anatei assegura a quem qui pede que haja o uso de comunicação de mudança radical no mercado brasileiro de li:
ser prestar um serviço de valor adiciona voz. No entanto, a comunicação de telefo Internet. Deu-se a chegada de novos pro
do o acesso à Rede. Qualquer um, na ne a telefone, via IP (Internet Protocol), deve vedores estrangeiros - objeto de ampla di Telebrasil
qualidade de usuário, pode recorrer à ser considerada um serviço telefônico. vulgação - e a oferta de acesso gratuito
Agência para efetuar reclamações. No aos sites a fim de captar adeptos. Passou a
M e r c a d o
caso de proteção à ordem econômica, po vigorar, aqui, um patamar de acesso esti
rém, quem resolve é o Conselho Admi A Grande Rede está mudando o relaci mado entre 10 e 12 mil portas. março - a
nistrativo de Defesa Econômica - Cade. onamento entre pessoas e empresas. Se Marcelo Rodrigues, vice-presidente de
E se a Internet acontecer via rede de rão 177 milhões de usuários Internet ao b
mercado para Internet compreende os ne
cabos da televisão? Por isonomia, as re final do ano 2000. Para Marcelo Fernan Negócios da Telefônica, explicou que o ril/2
gras que se aplicam são as mesmas do des, gerente de Negócios IP da Telemar, a gócios de backbone, varejo, corporativo e de 0
regulamento de uso dos prestadores de conectividade facultada pela Internet é portais (veja tabela). As vias de informa 0
0
serviço a cabo de interesse social. avassaladora. Hoje, 42% dos domicílios nos ção mundiais (backbone) tenderão a se re
A prestação do serviço Internet era ve EUA, 20% na Europa e 13% no Brasil têm duzir a cinco ou seis. As redes de teleco
dada às operadoras do Sistema Telebrás. acesso à Internet. municações tendem a constituir uma co-
Tal proibição continuou para as conces
sionárias privatizadas, hoje Telefônica, As oportunidades na Internet
Telcmar e Tele Norte Leste. Então, tais
Mercado Corporativo Pequena e média Residencial
concessionárias não podem prestar servi
empresas
ço Internet? Podem, mas têm que criar
uma subsidiária, de modo a manter uma Meio de IP dedicado A ce sso d isca d o
contabilidade em separado. Um exemplo conexão IP discado Term inais p ú b lic o s
é a Telefónica que adquiriu o ZAZ, que
Rede p ú b lica virtu a l A rm a ze n a m e n to P apos e buscas
adquiriu a Terra e que gerou o acesso gra Serviço de valor Voz sobre IP
adicionado S egurança Voz so b re IP
tuito Internet Terra Livre.
C orreio e le trô n ico C orreio e le tró n ico
Há que distinguir os serviços de rede
Serviços
de transporte, de rede especializada para P rojeto de redes —
profissionais C om ercio e le tró n ico
grupos específicos (já há mais de 70 au
torizações) e os serviços de acesso final
Teleducaçào
P o rta is
ao usuário (última milha). A rede de trans Aplicações T e le m e d icin a D ig ita liza çà o
porte, porém, não é uma atividade de te P esquisa de dados O utros
lecomunicações e sim um meio de rede. Fonte: marcel@fernande5.net; Seminário IIR