Page 26 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1999

W L L n a m i r a d o m e r c a d o

Augusto Góes

Muito mais do que resumirem o termo wireless local loop,

estas três letras significam velocidade de atendimento

da demanda reprimida e competição entre empresas-espelho

e teles privatizadas. Operadores, fabricantes e consumidores

têm tudo para sair ganhando.

raduzida para português claro, a W IA , entre os consumidores e na capaci­ perm ite as
T tecnologia de acesso sem fio ao dade das espelho cm conquistar clientes, co n ce ssio n á ria s

operar m r r / e s s l o c a l l o o p em
lista última dúvida é acrescida pela atual
telefone fixo do assinante está

muito próxima de se difundir de vez nas indefinição a respeito das empresas que cidades maiores, caso a concorrên­

telecomunicações brasileiras. Segundo vão assumir o papel de espelho e suas res­ cia decidir não atuar. Se a espelho prefe­

as normas da Anatei, as empresas- espe­ pectivas projxístas— ajxmas uma das três rir apenas cidades com mais de 00 mil

lho terão exclusividade para explorar o partes do antigo Sistema Iclcbrás, a feie habitantes, por exemplo, então este será

W LL nas cidades com mais de 50 mil Norte-1 Arste, já tem competidor defini­ o novo limite para a concessionária.

habitantes entre dezembro próximo e do. As empresas participantes do consór­ Kngcnheiro de planejamento da Tele

dezembro do ano 2000. cio Canbrá, que arrematou a concessão em N ortc-Ixiste, Carlos Henrique Malab

Desta data até 2005, cai a exclusi­ janeiro, ainda não se pronunciaram sobre o enxerga o uso do \M A , pelas atuais ope­

vidade e fica estabelecido o duopólio uso do WI d, (mas apenas pelo nome de radoras como uma alternativa técnica

entre espelhos e teles privatizadas (ou uma das controladoras, a WI A , Internati­ interessante para atender a demanda re­

concessionárias), que co­ onal, espera-se grande uso primida quando os prazos e custos com­

meçam então a competir do sistema). pensarem. Outra tendência seria apro­

"O WLL é o
sob as mesmas regras. A Lnquanto o mercado veitar a atual vantagem da linha cabea­

partir de dezembro de aguarda definição e posi­ da para transmissão de voz, dados e ima­

mecanismo de
2005, outras empresas po­ cionamento em relação às gens. “As teles terão de usar a capacida­

derão atuar neste mercado. espelho, as atuais opera­ de da rede convencional como atrativo
antecipação da

A diferenciação propos­ doras devem se preparar para os consumidores mais exigentes",

ta pela legislação abre es­ para a competição balan­ avalia Malab. Já o gerente de WLL da

entrada das
paço para as empresas-es­ ceando o desenvolvimen­ N EC, Fioravante Mangone, vê a atual

pelho entrarem na disputa to do W LL com a incre- “guerra” entre empresas das Bandas A e

empresas- espelho
com as operadoras já esta­ mentação da rede cabea­ B em alguns estados brasileiros como

belecidas com uma certa da. A competição para uma prévia do que ocorrerá entre espe­

no mercado

“vantagem de iniciante”. valer só deve vir mesmo lhos e concessionárias.

Nas palavras de Amadeo de ________ depois de 2001, quando

Paula Castro Neto, supe­ as concessionárias estive­ _ _ _ _ _ _ _ _ M i s s ã o J o W L L _ _ _ _ _ _ _

rintendente de radiofrequência e fisca­ rem liberadas para usar acesso sem fio

lização da Anatei, “pelo seu curto pra­ em qualquer localidade. Até lá, as teles Para Roberto Medeiros, diretor regi­

zo de implementação, o W LL é o me­ privatizadas vão ter que se contentar com onal da Motorola para Caribe e Cone Sul,

canismo dc antecipação da entrada das o W LL em cidades com menos de 50 mil o W LL no Brasil deve assumir o papel

empresas-espelho no mercado”. habitantes, onde o mercado é pequeno de aumentar a quantidade de assinan­

(estima-se que serão instaladas apenas tes num curto espaço de tempo, como

C o n c e s s i o n á r i a s X e s p e l h o s 1,7 milhão de linhas W LL nestas cida­ ocorreu na Europa Oriental e índia, re­

des até o final de 2003). Outra opção é giões onde empresa já tem este tipo de

Os pontos de interrogação, neste aproveitar eventuais brechas das empre­ sistema instalado. Medeiros confia na

caso, ficam na aceitação da tecnologia sas-espelho, uma vez que a legislação evolução tecnológica do W LL (usando.