Page 65 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1998

RECURSOS HUMANOS
- \mueologia estabeleceu como
A nrirncira civilização a uühzar
L i 1 escrjia a dos sumérios, povo
r * ntenXleu OS semitas no vale dos
Z F. trates e Tigre, hoje localizado no
2® , \ comunicação osenta possibi-
S f irradiar conhecimentos para ou-
í ! ,x)\ os < orno para os egípcios e os
‘ do Vale do Indo que. por sua
influenciaram na íormaçao da
mxlrrna civilização oriental e ocidcn-
, 1 \ forma escrita da comunicação
possibilitou, dentre outras coisas, ar-
r m l ' ' i i H ' i i . 1 i v s
fidelidade. A comunicação oral. ao con-
(rari0 introduziu a subjetividade do
narrador Isso permitiu que milênios
depois elas fossem recuperadas e in­
terpretadas. Dessa forma, agregou-se co­
nhecimento e permitiu-se aos nossos
historiadores e demais cientistas soci­
ais fazer considerações, traçar parale­
los. alimentar novas teorias e novos pro­
cedimentos numa cadeia de valores
indispensáveis à vida contemporânea
É possível avaliar para os dias
de hoje a importância da comunica­
ção escrita na contabilização dos gran­
des feitos da humanidade, como no
passado? Acho extremamente difícil,
talvez impossível Qual o valor do
patrimônio de conhecimento de que
dispomos7 Hoje, não só a comunica­
ção escrita pode ser preservada, como
todas as outras formas. Rara isso bas­
ta aprisioná-las em meios adequados
propiciados pela tecnologia, como em
meio magnético. E a informação pre­
cisa aguardar milênios para ser conhe­
cida e utilizada? Não, a moderna
tecnologia no nosso dia-a-dia, o seu
valor intrínseco de transformação de­
manda ações em tempo real cada vez
mais acelerado. No entanto, o homem
® 0 centro do Universo. O seu pro­
cesso evolutivo, como de Ioda a na-
tureza é lento e danviniano.
Tal compasso tem de ser adminis-
lra,lo. Não podemos permitir que numa
'^ersão de valores sejamos tragados
a n,áquina. Serã que já não nos es-
raPa o controle do Universo? Rarece que
‘a’ A crise que hoje nos impacta é
ymòmica como querem nos vender?
lls efeitos, sem dúvida alguma, são
ni'(»nücos, mas a crise é cultural. Ati­
nai, a importância que a moeda tem hoje
se deve a supervalorizaçâo do consu­
mo. resultado direto do uma imposi­
ção cultural.
As informações relevantes com
o tempo viram conhecimento. A na­
tureza se impõe nos paradigmas cul­
turais. No entanto, no mar de infor­
mações em que hoje flutuamos, so­
mos náufragos que se apegam a co­
nhecimentos acabados como tábuas
de salvação para o paraíso terrestre.
A maturação cultural não tem lugar.
g , . . . . . . . m i , . Os valores são substituídos por valo­
res culturais alienígenas.
Como poderemos readquirir o
controle da situação? A solução pas­
sa pela capacitação das pessoas, an­
tes do mais nada Readquirir o con­
trole significa, em primeiro lugar, dis­
por de habilidades pessoais para cor­
rigir os efeitos negativos da crise. Es­
tarão acima de tudo a consciência e a
competência pessoal de cada um de
nós para produzir o antídoto.
Corrigir apenas é suficiente?
Certamente que não. E necessário dis­
por de conhecimentos e habilidades
que nos permitam agir antecipada­
mente Ações preventivas sâo indis­
pensáveis.
Finalmente, é necessário estabe­
lecer novos paradigmas que privile­
giem o bem comum. As verdadeiras
transformações advirão de soluções
que visem a coletividade e nunca ob­
jetivos pessoais.
Numa sinopse, é necessário apri­
morar antes de mais nada o exercício
da cidadania, dessa vez num mundo
que se quer acreditar sem Ironteiras
mas que no fundo é composto das
mesmas células individuais que se ca­
racterizam por culturas especificas
que, ao invés de serem destruídas,
devem ser estimuladas e integradas
numa autêntica globalização de valo-
positivos.
Quem sabe é a formula de trans-
nação do próximo milênio que
iro em breve se inicia?
E como alcançar tais objetivos em
es de analfabetos? Eis a questão.
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