Page 67 - Telebrasil - Maio/Junho 1998
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e c o n o m ia










                       déficit público, em   seu                                                                                                                     na  Europa),  vinha  caindo,  mas

                      conceito  m ais  amplo                                          0   d e s a f i o  d o                                                        depois de um a alta  espetacular

                      (nominal), ameaça, este
                                                                                                                                                                    com o pacote de novem bro, de­
                      ano,  ating ir  7%   do  PIB,                                                                                                                 corrência  da  extrem a  v u ln e ­
                                                                                d é f i c i t  p ú b l i c o
               (,rca de RS 60 bilhões, o mais                                                                                                                       rabilidade da econom ia brasilei­


         flle va d o   do  governo  Fernando                                                                                                                        ra aos choques externos,  conti­

         Honrique Cardoso, não obstante                                                                                                                             nua  caindo,  mas  em  ritm o  len­
                                                                                                   Sydney A.  I.atini
             nca se haver arrecadado tanto em                                                                                                                to.  e ainda  não conseguiu  recupe­
                                                                                                          Economista
         í ni postos, taxas e contribuições.                                                                                                                 rar o nível anterior ao pacote.


              i;ntr<> janeiro o abril, o m ontante                                 fu n d a m e n to   do  aco rd o   de                                            O  déficit público do Brasil, em

        jp recursos  que  o governo  transfe­                                      Màastricht para definir a adesão dos                                       1997.  caiu  para  5 ,8 9%   do  PIB  d e­


        riu do setor privado para o setor pú­                                      11  países europeus - Furo, a moeda                                       pois  de  ter  a tin g id o   7 .1 8 %   em

        blico para cobrir seus compromissos                                       única da Europa.                                                            1995, o que evidencia o esforço re­


        atingiu RS 47.53  bilhões,  resultado                                                 E  oportuno  lem brar,  aliás,                                 alizado  para  contê-lo  nos  p rim e i­

        do crescimento acelerado da arreca­                                       que  dos  quatro  parâm etros  esta­                                       ros anos do atual governo.


        dação em  consequência  rio  pacote                                       belecidos em M àastricht  -  preços                                               Sob esse aspecto, a posição rio

        de 51 medidas, editado no auge dos                                        ao consumidor, déficit público, d í­                                       B ra s il  a g ra v o u -s e   c o n s id e ra ­


        tempos da crise asiática.                                                 vida  pública  e  taxa  de  juros  -  o                                    velm ente.  pois  o  déficit  p ú b lico

              Mas o ganho não será de R$ 20                                       que apresentou evolução mais des­                                          brasileiro,  nos  últim os  12  meses,


        bilhões,  como  foi  anunciado.  Por­                                     favorável ao Brasil, num  confron­                                        até  abril,  ja  ating iu  6 .5 %   do  PIB.

        que. por um lado, o orçam ento des­                                       to  com  as  economias  européias,                                         mais  do que o  dobro  do  lim ite   to­


        te ano trazia em butida um a taxa de                                      foi o déficit público, como se pode                                        lerado pela U nião Européia.

        inflação e  um  crescim ento  econó­                                      depreender do  dem onstrativo  da                                                 Há  uma  generalizada  expecta­

        mico superior  ao  que  está  se  con­                                    tabela  abaixo.                                                           tiva de que. após as eleições de o u ­


        firmando: e, por outro, porque para                                              O  Plano Real  conseguiu dom i­                                     tubro  próxim o,  o  governo  adotará


        obter essa arrecadação excepcional,                                       nar o ím peto do processo inflacio­                                       medidas  m ais  fortes  para  red u zir

        têm de ser  pagos  juros  a  um a  das                                    nário, embora a elevação dos  pre­                                        substancialm ente  o  déficit  fiscal,

        taxas mais elevadas do m undo.                                           ços ao  consum idor ainda  se situe                                        mas um   novo  pacote  d ificilm en te


             Assim, uma parte do pacote está                                     acim a  da  que  se  verifica,  em  m é­                                   priorizará o corte de despesas.

        sendo usada para compensar recei­                                        dia, nos países europeus.                                                         E sem pre  m ais  fácil  au m en tar


        tas  que  não  ocorreram   porque,  a                                            A  dívida pública cresceu,  mas                                    as  receitas,  a u m en tan d o   ou  c ri­

        cada aumento de  1%  do  PIB,  cor­                                      o  potencial  de endividam ento  pú­                                       ando  im postos  disfarçados  (con­


        responde a aproximadamente 1% de                                         blico do Brasil ainda  não  foi  esgo­                                     trib uiçõ es  p ro v is ó ria s ),  do  que

       aumento das receitas públicas.                                            tado.  em  term os  com parativos,                                         enfrentar os  percalços do corte de


             Uma solução para reduzir o dé­                                      com  o lim ite  estabelecido para os                                       despesas.

        ficit seria voltar a crescer a taxas su­                                 países da U nião Européia, em que                                               A  redução da Taxa Básica de Ju­


        periores ao  1,5%  previsto para este                                    pese  a  diferença  entre  os  perfis                                      ros  (TB C ),  estabelecida  a  20  de

       an° ,0 fi110 só se tornaria viável se o                                   das dívid as públicas internas do                                          m a io   u ltim o ,  de  2 3 .2 5 %   para


        Sílor  privado  não  estivesse  sendo                                    Brasil e dos países europeus.                                              21.75% aa.. é um   indicador  positi­

       c.  °nt|do por taxas sufocantes, eleva-                                           A laxa de juros,  ainda que ab-                                    vo da preocupação governam ental


       ' os õnus liscais e custos decorren-                                      surdam ente  elevada  (mais  do que                                        em aliviar a incidência do altíssim o


          s< 1  urna m fra-eslrutura precária.                                   o triplo dos padrões prevalescentes                                        custo dos  juros sobre o estoque da
             O  desa*                                                                                                                                                                                    dívida


       lusle  fiscal                                                                             Preços  ao                   Déficit                      Divida                Taxa  de                p  ú   b   l i c   a  ,
                                                                                             Consumidor                      Público                     Pública                    Juros
       cresce de im ­                                                                                                                                                                                    q u e  é  u m
                                                                                                      (%)                     (%PIB)                       (%PIB)                      (%)
       portância  na                                                                                                                                                                                     dos principais

       f ia ç ã o   de                                                                                                                                        60.0
                                     Convergência de Maastricht                                      2,6                       3.00                                                   8.80               fa to re s   de

       J * 0 de cada                 Média dos paises da U .E .f)                                    2.2                       2,90                           72.9                    6,80               d e t e r io r a ­

         d,  s  E  op or.                                                                                                                                     29.0
                                     Brasil -1 9 9 5                                               15,0                        7.18                                                38,00                 ção  dos  con­

         lln° lembrar                                                                                                          5,89                           36,4                 21.50                 tas  do  go­
                                     Brasil - 1997                                                   5.0
       ? ,e a austeri-                                                                                                                                        38,0                                       verno.
                                     Brasil -  1998(” )                                              3.5                       6.50                                                21.75
       ,lade fiscal foi
                                     O  Dezembro de  1997 - (“ ) Estimativas anualizadas, baseadas em numeros de marça1998
       °  M n c ip a l
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