Page 10 - Telebrasil - Maio/Junho 1998
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P r i v a t i z a ç ã o s e m M o t t a
João Carlos Pinheiro da Fonseca
A morte do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, 5/ anos em 19 de abril,
não interrompeu o processo de privatização, que já vinha sendo
tocado por seu substituto, Luiz Carlos Mendonça de Barros
é r g io R o b e r to V ie ir a da
S C o m u n ic a ç õ e s em janeiro
M otta. assum iu a pasta das
tie 1995. logo no início doGo-
v e rn o Fernando H en riqu e
Cardoso, de qu em era íunigo, cor
religion ário e com quem com par
tilhava d o m esm o ideário político.
H o m e m fo rte da ca m p a n h a
d o p r e s id e n te , e m 1994. a rti-
c u la d o r p o lític o p e lo seu p a rti
d o . o PSD B . M otta a d otou c o m o
e s tilo p esso a l d e h o m em p ú b li
c o “ d iz e r o q u e p en sa va e d e fa
z e r o q u e d iz ia ".
A V IS O O m in is tro S é rg io M o tta Motta (D ) comemora a Iwi Mínima com a presença de Fernando
Henrique. José Sarney e Luiz Eduardo Magalhães
a v is o u c o m tod a s as letras, no
p rim e iro m ês d e su a gestã o, qu e
as c h e fia s q u e n ão a p o ia s s e m a N a scid o no bairro da M ooca. segm en to das telecom u nicações.
p riva tiza çã o d o S istem a Telebrás em São Paulo, filh o d o técn ico em A té o processo d e p rivatização do
— “ um a d e c is ã o d e um g o v e rn o raios X, João V ieira. S érgio M otta Sistem a Telebrás, go zo u de status
e le ito m a jo rita ria m e n te " — s e form ou -se en gen h eiro industrial p a rticu la r, fre n te a o program a
riam s u m a ria m e n te d e m itid a s . p ela FEI. em S ã o B ern a rd o d o nacional d e desestatização.
A m orte d e S é rg io M otta, ví
P o u c o d e p o is , s u s p e n d e u te m C am po. A o tem p o dos govern os
p o ra ria m e n te as lic ita ç õ e s das m ilitares, na década de 70. e já tim a d e fib ro se in tersticia l, um
problem a p u lm on ar qu e o acom e
a q u is iç õ e s d o S istem a T eleb rás, c o m o d o n o da em p resa H id ro -
q u e d isse q u e re r v e r sob regras brasileira. ab rigou na firm a d e tia d esd e 1991. fo i an u nciada às
tra n sp a ren tes. sem pregados e persegu idos p elo prim eiras horas d o dia 19 d e abril,
M o tta le v o u a lg u m te m p o reg im e m ilitar. Era casad o com n o hospital A lb e rt Einstein, cm
São Paulo. Em d ezem b ro d e 1997,
para fa zer trocas nas d iretorias do c o m a n is s e i Y V ilm a K iy o t o
o m in istro já h avia estado 19 dias
S is te m a T e le b r á s . q u e p r e e n K itagaw a, com qu em tinha três fi
no hospital, e ao final de março
ch eu . em gra n d e parte, por téc lhas, Fernanda, Renata e Juliana.
de 1998 viajara para D enver, nos
n icos. R eagiu à ação d e um p i U m ta len to para o rg a n iz a
E U A , para p rocu rar d iagn óstico
q u ete d e grevista s da FCT, d e m i ção, S érgio M otta, apesar da c o r
tin d o tod a a d iretoria. D izia qu e p u lên cia, era sob retu d o um h o n u m cen tro esp ecia liza d o .
N ã o se en trega n d o à doença
era p re c is o d im in u ir a presen ça m em de ação in fa tig á vel, o qu e
e já co m um a p a re lh o d e oxigo-
d o E stado m au gestor e p riva tiza r lhe valeu a p elid os c o m o "Serjão"
a p ró p ria em presa privada, qu e e "trator". P erso n a lid a d e m arcan n io p o rtá til a tira co lo , o m inis
tro das C o m u n ic a ç õ e s posou na
v iv ia às custas d o G o v e rn o e qu e te. o m in istro con segu iu rech açar
foto d o re c e b im e n to d o chequ e
o m o d e lo só havia d ad o te le fo a in flu ên cia qu e a área e c o n ô m i
nes para os m ais ricos. ca c o s tu m a v a e x e r c e r s o b re o s im b ó lic o d e R$ 603 m ilh ões, pa