Page 16 - Telebrasil - Março/Abril 1998

IN TER N AC IO N AL

0 B r a s i l n o c o n t e x t o d a s

t e l e c o m u n i c a ç õ e s m u n d i a i s

As telecomunicações são um grande alvo da

globalização. Com a chegada da privatização, é importante

saber o que se passa no jogo das telecomunicações

internacionais e o que pode afetar o País.

fazem das TCs objeto da maior
S ob os auspícios cia União criação da OMC )á fora prevista Uma atividade explorada por quase
Internacional das Teleco­
nos acordos Bretton Woods que
importância no comércio mundial.
m unicações - UIT. está
criou o Fundo Monetário Interna­

ocorrendo em Genebra (Su)

o segundo Fórum para Política cional e o Banco Mundial, mas re­ um século pelos monopólios estatais
e similares, as telecomunicações es­
cebeu o veto dos EUA, daí a gran­
Mundial das Telecomunicações de permanência do Gatt. tão sendo abaladas pela abertura do

que analisa os temas do Comércio Somente nas negociações da mercado à concorrência.

e das Telecomunicações. O primei­ Rodada Uruguai (1986-1993) do No jargão diplomático do en­

ro Fórum, em outubro de 1996. Gatt sobre liberalização do comér­ contro de Genebra, serão discuti­

examinou o tema das Comunica­ cio mundial foi criada a OMC e o das “opiniões" que vão enfatizar as

ções Móveis Pessoais Via Satélite, comércio passou a incluir o seg­ vantagens de um ambiente global

que resultou na posterior outorga mento de serviços. Em 1948, o de comércio, liberal ainda que re­

de frequências para os Leos gulamentado No centro da dis­

[low eartb orbiting satelli­ cussão. o assunto das tari­

tes). O atual Fórum po­ fas, a cargo do grupo de

derá resultar em alte­ estudo 3 da UIT-T. que

ração tarifárias pro­ deverá dar uma solu­

fundas para as co­ ção interina a ser

municações mun­ submetida ao dire­

diais. tor de padroniza­

Centenas de ção da UIT até no­

delegados, agora, vembro deste ano.

estão debruçados Nas telecomuni­

sobre as implicações cações internacionais,

legais e operacionais os países em desenvol­

dos acordos mundiais fir­ vimento, hoje, ganham uma

mados na Organização Mundi­ parcela proporcionalmenle mai­

al do Comércio OMC ( World Tra- comércio mundial era de USS 57 or da tarifa. A nova regulamenta­

de Organisation) e que entraram bilhões. Em 1950, ele representa­ ção tarifária, impulsionada pelos

em vigorem 5 de fevereiro último. va 7% do PIB mundial. Hoje, com países centrais, quer acabar com

’Pais acordos foram subscritos por a globalização, estes números equi­ esta vantagem relativa das nações

TL países, que representam 9/4 do valem, respectivamente, a USS 5 subdesenvolvidas.

tráfego mundial, hoje feito sob re­ trilhões e 23% do PIB gerado no O órgão regulador das teleco­

gime de concorrência. planeta. municações norte-americanas FCC

f) sistema multilatéral de co­ Apenas os setores financeiros e propôs que, para os países de alta

mércio foi criado em 1946 pelo da saúde são globnlmenle maiores, renda, a tarifa internacional caísse

Acordo Geral do Tarifas e Comér­ em termos de capitalização, que o ao final de um ano para US$ 0,15

cio (Gatt). que deveria sor apenas das telecomunicações. A informa­ minuto; US$ 0,19/minuto. em dois

provisório. Somente em 1995 ele ção eletrônica, seu processamento anos, para os de renda média alta;

loi substituído pela Organização e difusão e sua importância para USS 0,19/minuto, em três anos

Mundial do Comércio - OMC. A os demais setores das economias para os de renda média baixa (Bra-

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