Page 26 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1998
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(INDÚSTRIA)
os atrasos ocorridos com a privati receita mais rápida para as
zação da Banda B da telefonia celu operadoras. A expectativa pa
lar. e que é comum que os novos do ra 1998 é repetir o fatura
nos consumam um período de seis mento obtido no ano passado.
meses a um ano para promoverem
auditorias nas empresas adquiridas. EXPECTATIVA M árcio de
Conclui observando que 1998 Araújo Lacerda, presidente da
poderá ser um ano difícil para todas Construtel. afirma que 1998
as empresas que investiram na im é um ponto de interrogação,
plantação de novas unidades indus não permitindo otimismo nem
triais. A estimativa da Pirelli é de pessimismo. O empresário diz
um faturamento este ano na faixa que a expectativa é de um
de RS 900 milhões, com impostos. crescimento zero. simplesmen
te repetindo os bons números de gundo o vice-presidente
INCERTEZA NATURAL O diretor 1997. Afirma que mesmo os pe da Lucent Technologies NSB,
do Grupo de Infra-Estrutura Celular didos em carteira não garantem Roberto Campos, que prefere "acn
da M otorola. Roberto Medeiros, para as empresas um futuro tran ditar no prazo de privatizaçã
enfatiza que a perspectiva de pri quilo. já que as encomendas podem anunciado" Atrasos e avaliaçõe
vatização do Sistema Telebrãs cau ser canceladas, a crise mundial demoradas dos novos conlroladt
sa uma incerteza natural no setor. ameaça a estabilidade alcançada res poderiam comprometer todo o
Medeiros lembra que, além da crise pela economia nacional e o quadro ano. adiando as maiores encomen
mundial que levou o governo a cor do setor de telecomunicações so das para 1999. |
tar RS 1 bilhão das operadoras esta frerá profundas mudanças, princi Ele defende que as privati
tais e da privatização do Sistema palmente a privatização do Sistema zações da telefonia fixa e da celular]
Telebrãs. o ano de 1998 terá uma Telebrás. que é um cliente tradi da Banda B ocorram de uma vez só]
Copa do Mundo e eleições gerais cional e fiel das empresas nacionais. para todas as regiões, para evitar]
complicando o processo. Ele acredita que na área da que eventuais problemas ocorridos^
Medeiros questiona se o pra telefonia celular da Banda A os em algumas áreas comprometam aj
zo definido para a privatização será problemas da privatização serão abertura das propostas para outras^
efetivam ente cumprido, pois isto menores e que o processo pode regiões, como ocorreu com a dos'
não ocorreu com a da Banda B da correr mais rapidamente do que na celulares da Banda B. 1
telefonia celular e lembra que após telefonia fixa. Campos observa que nas re- !
a privatização os novos donos de Refletindo a posição de ou giões de maior demanda os con
moram um tempo para retomarem tros fornecedores nacionais. Lacer troladores das novas operadoras
os investimentos. da questiona se o governo incen resultantes da privatizações não de
O diretor da Motorola de tivará as novas “teles" privatizadas vem demorar para realizar inves
fende que a privatização seja ace a adotar uma política de aquisição timentos. pois a demora em operar
lerada e que os novos donos redu no Pais de serviços e equipamentos. os levará a perder dinheiro. Observa
zam ao máximo o período de ava O corte de investimentos do que estes controladores privados
liação das empresas adquiridas, pa Sistema Telebrás e a privatização devem realizar encomendas consi
ra que os fornecedores não enfren do mesmo criarão dificuldades no derando, não o menor preço, mas
tem um período muito longo sem primeiro sem estre deste ano. se sim os produtos de melhor preço.
encomendas. Acrescenta que. em
bora a produção interna seja incen
tivada. o governo não definiu uma
política de incentivo que leve as
operadoras a realizar compras.
O corte de investimentos do
Sistema Telebrãs ainda não afetou
as encomendas das operadoras jun
to á Motorola. Acredita que a em
presa também será afetada por es
tes cortes, mas em menor escala,
/osé Habert a Cam pas /aime Zanlunfi Edson H. Marti is
já que ERBs e celulares goram uma