Page 30 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1998
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( i n d ú s t r i a )
A b i n e e a n a l i s a a
i n d ú s t r i a n a c i o n a l
importação de bens elelroele- bilhões, ou seja, 35% das vendas de
trônicos poderá absorver ate a todo o faturamento eletrônico.
metade do faturamento do setor. Para que uma indústria local
Este alerta é da Associação passe a ser internacionalm ente
Brasileira da Indústria Eletroele- competitiva é preciso reduzir o “custo
trònica - Abinee. E qual c a solução? Brasil". Isto requer melhoria da infra-
O Brasil fabricar m ais. Para isto, é estrutura de portos, aeroportos, trans
preciso atrair em presas interna portes. energia, com unicações e
cionais detentoras de tecnologia para educação do Pús. além da reforma dos
que instalem aqui seus parques pro tributos para desonerar a produção. A
dutivos. sozinhas ou em parceria com Abinee preconiza — como sempre —
empresários locais. mais financiamentos para a indústria
No modelo industrial da Abi com apoio e participação do governo.
nee, a fabricação local seria para Também recomenda isenções fiscais
atender ao mercado interno — como e tributárias para a indústria de haver indústria de primeiro mundo.
hoje — mas também para exportação componentes.
de produtos, a fim de gerar divisas. No estudo, fruto de mais de 700 INCISIVO C ritica n d o a atu al
Mas a principal motivação das em questionários enviados a seus as educação brasileira, o estudo da
presas instaladas no Brasil é abastecer sociados. a Abinee reconhece o gargalo Abinee é incisivo. Ele alcunhou o
o m ercado interno, registra o re colocado pelas lim itações dos pro ensino de primeiro grau de "desastre",
latório da Abinee. gramas educacionais do Riís e propõe o de segundo grau de "esquálido e
O Brasil devera chegar ao ano diversas medidas para a sua melhoria, obsoleto" e o superior de "caro,
2020 com 220 milhões de habitantes, tais como a integração da informática ingovernável e descalibrado com o
um PIB de US$ 3 trilhões e renda anual ao ensino, a reciclagem de professores m ercado”. Salvam -se as ilhas de
per capita de R$ 13 mil. O consumo e a redefinição de currículos de curso excelência da pós-graduação e a
de produtos eletroelelrònicos deverá de nível superior. Em resumo, sem formação profissional tipo Senai. que
passar dos atuais 5% para 10% do PIB. povo instruído não há possibilidade de oferece qualidade, ainda que em
p eq u en a e sc a la . A
pressionando a balança
indústria privada precisa
com ercial do setor para
Faturamento Indústria participar do processo
registrar, em 2 0 2 0 . um
ed u cacion al para seu
déficit entre US$ 80 e US$
próprio benefício, conclu
150 bilhões.
Em 1997 a indústria iu o relatório. f l
39% Utll. Domé»l. No tocante à conjun
eletroeletrôn ica faturou
tura eletroeletrônica mundial,
U S$ 35,3 bilhões, apenas
o manado de-verá atingir nos
1% a m ais que no ano
anterior. O faturamento da 21% Informático próximos dois anos US$ 3
2% Auto. Indust trilhões, repartidos em três
informática cresceu 10% e
5% ComponontM par-celas: a) - eletrônica e soft-
o das telecom unicações,
m agníficos 15%. Compo «% Enargla iinm (68%); b) - eletrotéc-nim
nentes tiveram queda de 17% Equip. Ind. convencional (26%); e c) -
eletrônica deconsu-mo (6%)
15% em seu faturamento e
utilidades (ioinést iras. 19%. 10% Tolecomunlc. Quem vai domi-nar este
As im portações, porém, rnercack)é o trio El IA. Europa
elevaram-se para US$ 13 eJa|xto.
