Page 51 - Telebrasil - Maio/Junho 1997
P. 51
Pirelli Tires (pneus). No Bra O problema não é mais se a fibra
sil. a Pirelli Cabos possui 1.800 óptica, a US$ 0,10 por metro, irá des
pessoas, cinco fábricase e um locar o fio de cobre, a US$40,00 o
centro de P&D. Para o presi metro e sim, quando. Em 1993, os de
dente da Pirelli S.A., Giorgio fensores da fotônica eram taxados de
della Setta, a inauguração da visionários. Hoje é uma tecnologia vi
nova fábrica mostrou que “a toriosa, com um mercado vitorioso. A
empresa sempre teve confian fibra já chega a quatrocentos metros da
ça nos destinos do país”. casa do usuário, na Europa. A Pirelli
A Europa detém mais da vai fabricar fibras e cabos ópticos mas
metade (53%) dos negócios vai implantar também instalações com
da Pirelli Cavi, seguidos pela pletas. “Só não vamos operar siste
América Central e do Sul mas”, garantiu Giuseppi Morchio.
(19%), Am érica do Norte A mais nova realidade técnica é a
(17%) e Australásia (região (E - D) Giuseppi Morchio e Fernando Xavier multiplexação óptica (WDM), em que
Ferreira, presidente da PireHicavi e da Teiebrás.
sudoeste da Oceania) que re feixes de luz, de cor diferente, cami
presenta 11%. A partir de 1994, os re O Brasil sempre foi um importante con nham de modo independente, numa
sultados finais da empresa se recupera sumidor para fibras ópticas. É um mesma fibra. Cada feixe de luz, por sua
ram, atingindo em 1966 a cifra de mercado que estamos trabalhando, des vez pode transportar milhares de canais
US$141 milhões. de de 1983.”, explicou Ludgero Pat- de voz. Já se conseguem taxas de até
No Brasil, entre as realizações recen taro, diretor da Pirelli Cabos. 80 Gbit/s, numa mesma fibra. A Pirelli
tes da Pirei li ( abos, destacam-se o for Para Giuseppi Morchio, a evolução vai anunciar, ainda este ano, o lança
necimento turnkey de 1.260 quilo- da fotônica, com a participação da mento de dispositivos para 32 WDM e
metros de cabos ópticos nas rotas São Pirelli, tem se acelerado com a chega 64 WDM.
Paulo-Rio de Janeiro e São Paulo-Belo da do amplificador óptico, em 1993. Participaram da inauguração da fá
Horizonte; 640 quilômetros de cabos Depois, chegaram os enlaces ponto-a- brica, em Sorocaba, entre outros, o se
ópticos na rota Natal-Fortaleza; 850 ponto, as redes de distribuição de TV cretário de C&T de São Paulo, Em-
quilômetros de cabos ópticos submari por cabo e os cabos subm arinos merson Kapaz; o prefeito de Sorocaba,
nos, quarenta quilômetros de cabos ter ópticos. Agora é a vez da interconexào Renato Amarin; o presidente da Tele-
restres e 88 amplificadores ópticos na dos troncos ópticos inclusive de ca brás, Fernando Xavier Ferreira; da
rota Rio de Janeiro-Fortale/a; c 450 bos submarinos das redes de acesso Embratel, Dílio Penedo; da Telesp,
quilômetros de cabos OPGW (Opcn interativas e das redes ópticas integra Sampaio Dória; além de executivos da
Grourul Wire) no interior de São Paulo. das e comutadas. Pirelli.
A Pirelli participa da construção da
rota Salvador-Bom Nome, com seis
centos quilômetros de cabos OPGW e
cm rotas ópticas no Maranhão, Rio
Grande do Sul e Paraná, com um total
de três mil quilôm etros de cabos
ópticos. Para a Embratel, a Pirelli está
entregando, na rota Rio de Janeiro-
Natal, o primeiro sistema de transmis
são a 5 Gbit/s no país, dotado de
tecnologia WDM ( W ove/ength
l)ii>ision Multiplexing).
Pio Gava/zi, diretor superintenden
te da Pirelli C abos, disse que se sentia
orgulhoso na participação da empresa
em 35 canteiros de obras no Brasil e pelo
fato de que a nova fábrica de fibras
ópticas aconteceu no tempo recorde de
18 meses, a partir da decisão corporativa
para sua implantação. O consumo bra
sileiro de fibra é cerca de meio milhão
de quilometros/ano, com a Pirelli deten
do cerca de 40% do mercado.
Permanece o contrato anterior da P irelli com o CPqD da Teiebrás.
- - “Não estamos começando agora. Toda fibra é testada (foto).