Page 47 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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estão sc movimentando rumo às redes o de voz. Todos indicadores da indús
ópticas, não só por estas serem confiá I tria preveem a ocorrência de um ver
veis. como por prover altas capacida dadeiro “Tsunami" - as ondas gigan
O s fóton s vieram
des para o transporte da informação, ne tescas geradas por terremotos submari
cessárias para absorção do grande trá su b stitu ir os nos - gerado pela explosão no tráfego
fego gerado pela Internet. mundial de comunicação de dados.
Do ponto de vista do mercado, os elétron s com o
usuários desejam contar com um ser As opções
elem en tos
viço personalizado, estabelecendo lo Prosseguiu o palestrante dizendo que
cal e momento em que estes lhe é for para tran sp orte para fazer frente a este grande aumen
necido. Mas para chegar a este novo to de tráfego, aguardado proximamen
patam ar, baseado nas novas redes da in form ação te, existem três opções para as redes:
fotônicas, há obstáculos a serem supe melhoria na eletrônica das atuais re
rados, reconheceu o executivo. des optoeletrônicas; instalação de mais
Muito da cultura tecnológica - tan- fibras; e redes fotônicas com o uso dc
to dos fornecedores quanto dos opera trucuture , “Multiway Optical Net tecnologia WDM.
dores ainda é baseada na eletrônica working -Monet" e “NTONC-National As redes ópticas está chegando ao
e os padrões para fotônica ainda estão Transport Optical Networking Con limite da capacidade de transporte da
sendo amadurecidos, mas a direção sortium". Na Europa, surgem a “E1I- fibra com o uso de técnicas de multiplc-
geral já está traçada. Europcan Information Infrastructure", xação por divisão em tempo ( TDM) cm
Europa, Estados Unidos e Japão es “ Prom ctco", “ Socrate", “ Foton", que efeitos não lineares começam a
tão partindo para iniciativas nacionais, “Cobnet" e muitas outras. surgir cm redes de muita alta velocida-
ainda que com diversos nomes, no es No Japào, ha a rede “Optical Path de (OC-192). A instalação de mais fi
tabelecimento dc redes de faixa larga. Network" e o projeto de “Fiber to The bras, por sua vez, representa mais cus
Nos EUA, a ( asa Branca lançou o con I Ionie" e surgem outras iniciativas se tos de instalação e exigem espaço em
ceito de Infra-estrutura Nacional de melhantes na China, Cingapura. Tai dutos e outros meios, por vezes já
Informação (NI!) com base no investi wan, ( orcia e Brasil, com a rede óptica saturados.
mento privado e criou três comitês para da Embratcl. Stephen I larbour não escondeu seu
tratar do assunto. Em paralelo, foi as Segundo Stephen Harbour, as redes entusiasm o pelo uso da tecnologia
sinado em 8 de fevereiro de 1CJW>, o ópticas estão chegando para resolver o \\ l)M. em que a fibra transporta, si
“Tclecom m unications A c f\ com a grande aumento de tráfego trazido, in m ultaneam ente e sem interferência
desregulamcntaçào total das telecomu clusive, pela Internet. Prc\ ê-se que para mútua, feixes de luz de diversos com
nicações, para qualquer âmbito geográ 1998, o tráfego de dados irá suplantar primentos de onda, vale dizer de diver-
fico (qualquer entidade,
em qualquer serviço, em
qualquer local/ O s p r i m e i r o s Telefone(1867); comutação automática (1889); comunicação
A ( omissão Europeia rádio Europa-EUA (1922); serviços público Europa-EUA (1927);
estabeleceu a Infra-estru 1 1 3 a n o s 38 milhões de telefones - 50% nos EUA; cabos transatlânticos
tura Europeia da Informa
(anos 60); satélites geosíncronos (anos 60); teoria da fibra
ção (Eli) para estimular a óptica (1965); comunicações digitais (anos 70); videoconfe
competição e há o esfor rência (1983); cabo óptico França-lnglaterra (1985); cabo óptico
ço conjunto Pan-Europcu. transatlântico de três fibras (1988); convergência de padrões
enfocando redes trans- SDH/Sonet (1989)
européias de faixa larga e
faixa estreita, foi estabe
lecido o Comitê Bangc- P r o d u t o s ó p t i c o s S o n e t ( 1 9 9 0 ) ; p r o d u t o s S D H ( 1 9 9 0 ) ; p a d r ã o d e v í d e o
mann, com a participação E s t a ú l t i m a m p e g - 1 ; m o d e m a d s l ; f o r u m p a d r õ e s A T M ( 1 9 9 2 ) ; a m p l i f i c a d o r e s
da indústria que teve re d é c a d a t o t a l m e n t e ó p t i c o s , m o d e m “ a d s l ” , p a d r ã o v í d e o m p e g - 2 ; p r i m e i r o
latório aprovado cm l()()4. p r o d u t o W D M - m u l t i p l e x a ç ã o ó p t i c a ( 1 9 9 4 ) ; 4 W M D ( 4 f e i x e s ó p t i c o s ) ;
No Japão, o Conselho de s a t é l i t e d i g i t a l ( 1 9 9 5 ) ; c o n t r o l a d o r a d o m i c i l i a r “ s e t - u p b o x ” ; 8 W D M
I cleeomunicaçõcs deci ( 1 9 9 5 ) ; 1 6 W D M ( 1 9 9 6 ) ; T V d i g i t a l ; 3 2 W D M ; r e d e d e t r a n s p o r t e
diu criar uma infra-estru- t o t a l m e n t e ó p t i c o ( 1 9 9 7 ) ; f i b r a a t é e m c a s a ; A T M f o t ô n i c o ( 1 9 9 8 )
f ira de infoeomunicações,
prevendo ter a fibra che
gando aos domicílios ja
poneses no ano 2010. ¦ O desenvolvimento da tecnologia das telecomunicações está ocorrendo de
Redes ópticas, de nova forma muito acelerada nesta última década, com importantes desenvolvimentos
geração, estão sendo im ocorrendo rumo a comunicações totalmente ópticas. Há previsão da chegada para
plementadas nos EUA, o ano 2000 da rede fotônica — totalmente óptica — levando serviços de faixa
como a UN1 l-National larga até a casa dos usuários
Inform ation I n fraes-