Page 50 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
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C o la b o r a ç ã o : H e lio J o s e M a / a v a z i F ilh o
ra uma vez um país que queria ser achavam desnecessário o país investir ção e treinamento de pessoal e onde
grande, uma empresa que queria em tecnologia. Isto era coisa para quem todo o embrião de um parque de alta
encurtar as distancias deste país, já era experiente. Nós devíamos nos tecnologia em telecomunicações come
uma universidade que linha gran preocupar com equipamentos menores. çava a se manifestar.
des inteligências e um grupo de seres Talvez lazer de conta que fazíamos algo Em março de 1981 o CPqD começa
pensantes desta universidade que acre sem incomodai ninguém. Mas ali, como a trabalhar no Trópieo-R, finalizando
ditava nesse país. A empresa em ques disse, trabalhavam seres pensantes com em dezembro de 1984. Neste mesmo
tão também tinha seres pensantes que objetivos claros e definidos. Essa obs ano, em 18 de dezembro, é feita a ati
não detinham o mesmo conhecimento, tinação do grupo cm vencer desafios fez vação experimental do Trópico-R, em
mas tinham uma outra sabedoria e, aci surgir uma tecnologia competitiva, ino Brasília.
ma de tudo, a mesma crença no país. vadora na sua arquitetura sobretudo A primeira central comercial entra
Assim, sob a influência destes seres porque linha a mesma linguagem de cm operação em 3 I de julho de 1986 c
pensantes começou a surgir aquele que seus usuários e, porque não dizer, ven- já neste ano o CPqD inicia a primeira
seria o mais ambicioso etapa de desenvolvimento do
dos projetos do centro de Trópico-R A.
pesquisa que se formaria Centrais ativadas Trópico RA Anos 90, começa o Trópi-
mais tarde, com o propó Set/1996 co-RA a participar das pri
sito de abrigar não só este meiras licitações das empre
projeto mas outros tantos sas operadoras c os preços
que também nasceram sob por terminal simplesmente
a mesma sabedoria. Sim, desabam (fig.2), sendo que a
estou falando do Brasil, média desses preços se man
da Telebrás. do CPqD, da tém até os dias de hoje.
USP e, sem duvida algu
ma. do Trópico. A Grande Realidade
Este projeto apareceu Todo o sucesso desta plata
para romper barreiras, forma está baseado no tripé
mostrar do que somos ca empresas operadoras do Sis
pazes quando temos CENTRAIS tema Telebrás, CPqD e in
apoio. O Trópico não foi dústrias, ou seja, as empre
TERMINAIS: 1.382.648
apenas mais um projeto,
sas operadoras detêm o mer
mas ajudou um país a li TRONCOS 280.170 i cado, especificam funciona
berar a sua inteligência
lidades. O CPqD entra com
sufocada, a criar um cen
a pesquisa e desenvolvimen
tro gerador de tecnologia,
to, desbrava frentes, busca
um parque industrial para Figura i
inovações tecnológicas e re
absorção desta tecnolo
passa às indústrias a sua ino
gia, e ajudou também a gerar empre cedora, dado que todos argumentos vação. Estas, por sua vez, atuam na
gos de alto nível. Surgiu em uma época contrários ao seu não desenvolvimento produção e são responsáveis, talvez em
na qual o país buscava se firmar no ce se esvaíram na poeira de seu sucesso. maior grau que os demais, pela quali
nário internacional como detentor de Sim, vamos aos fatos e aos numeros. dade e confiabilidade da plataforma. E
tecnologia e iniciava o seu modelo de t) segredo deste tripé esta em cada um
substituição de importação. Os Primeiros sucessos conhecer o seu papel e ter o CPqD como
Tinha o Trópico, portanto, campo O primeiro fruto pode-se dizer que foi o elo de ligação entre as partes forman
para progredir. Mas não seria um ca colhido com a implantação do CPqD do as parcerias necessárias.
minho suave, pois havia aqueles que em 1976, onde ocorreu toda a forma Mas, para os aficionados em núme-