Page 53 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1996
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O famoso AQT (Atestado de Qualifi quico síncrono SDH. Há a rede de anéis Mario Carlos Curi, do CPqD.
cação Telebrás) deverá sobreviver à interligados com dispositivos cross- Objeto de lançamento do Edital de li
privatização, mesmo que sob outra de çonnect. Estuda-se a reutilização de com citação n° 11, em novembro de 1994,
nominação. A integridade, outro concei primento de onda e o acesso ao meio, com hoje revogado, a Renav sofreu reprojeto,
to-chave, deverá manter a taxa de dis anticolisâo CDMA e TDMA. com a Embratel sendo nomeada para
ponibilidade do serviço com base na Carlos Gunter Kleniz, do CPqD, fa presidir a comissão de licitação. A
confiabilidade, compatibilidade e estra lou da tecnologia de células de tamanho topologia básica da Renav gira em tomo
tégia de manutenção, acrescentou Luiz fixo ATM (Asynchronous Transfer de um núcleo básico de nós comutadores
Carlos Naves, do CPqD. Mode) orientadas a conexão — as célu ATM, no Rio de Janeiro (Telet/), São Pau
las de informação seguem a mesma rota lo (Telesp) e Belo Horizonte (Telemig),
Poderosos fótons na rede — com o que a informação che interligados em hierarquia de 622 Mbit/
Com a segurança de quem conhece o ga em seqüência ao destino, algo impor s. A interface usuário/Renav dará supor
tema, o pesquisador do CPqD, Antonio tante para telefonia e televisão. A célu te aframe relay (2 Mbit/s) e a outras ve
Carlos Bordeaux Rego, dis locidades. O CPqD participa
correu sobre redes total men da Renav com uma rede de re
te ópticas ou redes fotônicas. ferência.
Em tais redes não haverá Seria impossível fazer re
mais a atual conversão eletro- ferência a todas as conferên
óptica como hoje acontece nas cias mantidas no Teccom.
redes ópticas. Hélio Malavazzi Filho tra
No novo mundo luminoso tou, no lugar de Luiz Fernan
da rede fotônica, feixes ele do Baptistella — este é ago
tromagnéticos de luz coeren ra diretor de tecnologia de
te percorrerão silenciosamen distribuição da NET Brasil
te fibras de silício, um dos — do futuro aspecto compe
materiais mais abundantes titivo da família Trópico.
(28% da crosta terrestre), Ajudaram na visita ao labo
transportando imensas quan ratórios do Trópico, Ronaldo
tidades de informação. Finardi Jr. e Vicente Furla-
Além da fibra, já existem netto Antonacci. Entre os de
geradores e moduladores de senvolvimentos observados,
luz, fotodiodos receptores, encontrava-se a interface do
Equipe do
acopladores, chaves, comuta CPqD sorri com Trópico, para aplicações de
dores, filtros, divisores, tudo i alegria pelo celular fixo da Diva.
de funcionamento puramen dever cumprido Houve palestras sobre Fat-
te óptico. A rede fotônica já (acima); tar (sistema de faturamento
está quase na esquina. terminal público e arrecadação); processa
Internet,
Bordeaux explicou que por mento digital de sinais (la
movido a cartão
um acaso que a natureza ar indutivo boratórios implantados para
mou (e o DNA humano des do CPqD imagem e voz); gerencia
cobriu), um elemento do gru (ao lado) mento integrado de redes e
po das terras raras, o Érbio, plataforma TMN (Telecom-
viabilizou os amplificadores munications Mannagement
totalmente ópticos. E se isto NetWork); digitalização da
não fosse suficiente, feixes de rede metálica; relato de tes
luz de distintos comprimen tes piloto de multiplexação
tos de onda (WDM) podem percorrer a la ATM que multiplexa e roteia o tráfe óptica (WDM) e antenas para banda Ku.
mesma fibra de maneira independente. go, carrega sempre consigo informações Em microeletrônica nossa capacitação
“Pon” é o apelido das redes ópticas de supervisão e de aplicação e permite em processos regrediu (ainda que a Uni-
passivas e “Ton” o das redes fotônicas distinguir feixes virtuais (VP) e canais camp tenha investido R$2 milhões em
WDMA ou redes ópticas transparentes. individuais (VC). laboratório de arseneto de gálio) mas em
Ainda há a rede fotônica ultra-rápida O enderaçamento IP (Internet Pro- projetos se ampliou, disse José Favoretto.
com base em pulsos ópticos ultra curtos toco\), que não é orientado a conexão, As palestras não se cingiram ao pes
e que atinge taxas de transmissão da pode ser encapsulado (MPOA-multi- soal do CPqD. A Unicamp falou de
ordem de 100 Gbit/s protocol over ATM) para operar numa alocação dinâmica de canais, o Cetuc-
— “A rede fotônica é como se fosse rede ATM, mas é preciso agregar um RJ sobre comunicações acima de 30 GHz
uma rede local de computadores, só que servidor de endereços para estabelecer e a UFRJ sobre redes de faixa larga
com alta capacidade, centenas de quilô a conexão. O CPqD está definindo a ar (Protem). Operadoras relataram suas
metros de extensão e centenas de mi quitetura lógica de um comutador ATM experiências, como a Teleceará (Trópi
lhares de estações de acesso”, discorreu para integrar a plataforma Trópico. co RA), Telesp (Sagre). Pela indústria
Bordeaux Rego para quem “o impacto A Renav — não confundir com a rede compareceram a Promon (tecnologia
dessa rede será maior do que se pensa”. metropolitana da Telebrasília Remav — CPA no Brasil), STC (Trópico RA),
Há várias arquiteturas sendo discutidas é a Rede Nacional de Alta Velocidade, Qualcomm (IS 95A no Trópico RA),
para redes fotônicas, inclusive no UIT-T. uma plataforma única para todo o Sis SHL Vision, Motorola (interface aberta
Há redes experimentais em duplo tema Telebrás, destinada a suportar ser para celular), Asga (política tecno
anel. Há a star track, que é uma espécie viços integrados de vídeo, voz e ima lógica), Alcatel (vinte anos de parceria),
de versão óptica do transporte hierár gens, disseram Loreno da Silveira e Mitel (microeletrônica). "r