Page 49 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1996
P. 49
planta extremamente complexa e
China, registrou um compenetra
destacou a participação do CPqD
do Sérgio Motta;
com o sistema de comutação Tró
— “O C PqD vem tendo um
pico, com dois milhões de linhas
papel essencial no desenvolvi
instaladas no país. mento e incorporação de
A Lei Geral, a ser enviada ao tecnologias das TCs no país. Te
Congresso, poderá ser aprovada nho certeza dc que, com a implan
até 15 de fevereiro de 1997. Ela tação do mercado de competição
contempla a criação de um órgão no Brasil, através da privatização,
regulador independente e trata o CPqD continuará a prestar e
também do espectro radioelétrico ampliar esse apoio tecnológico. E
que continua um bem da socieda o próximo e grande desafio".
de. a ser explorado por capitais De acordo com Hélio Gracio
pmados regulados pela União. O sa, a trajetória do CPqD foi
ministro anunciou para breve o marcada inicialmente pelo conta
lançamento de concorrência para to próximo com a Universidade
um satélite privado na banda Ku, (72/76) seguindo-se depois a ge
em uma das posições orbitais de ração de produtos industriais na
tidas pelo Brasil. fase econômica de substituição de
Mencionando a “abertura pre importações (76-90) com o que a
Sérgio Motta escreve no mesmo livro de
datória e indiscriminada das T( s ouro que leva as assinaturas de Fernando Collor instituição contribuiu para o fo
que ocorre em alguns países na João Baptista de Figueiredo mento e a consolidação de um
América Latina" e mostrando que parque industrial no Brasil.
nem tudo são flores, disse o ministro da Telebrás, Hélio Graciosa, peregri Durante 14 anos, foram desenvolvi
que houve até necessidade do Brasil nou com gosto por projetos de micro- dos pelo Centro mais de 70 produtos,
suspender um serviço por falta de pa eletrônica; demonstração de modem como fibra e dispositivos ópticos,
gamento num desses países que “é bicanal; serviço de tel erre união; siste multiplex, centrais de comutação T ró
exaltado publicamente como um mo ma de TP a cartão indutivo e com chip: pico, centrex, antenas para estações
delo de abertura das telecomunica concentrador de linha para assinante terrenas e cartão indutivo para Telefo
ções". distribuídos (C I AD), antenas para es nes Públicos. Tais produtos foram re
A privatização do sistema Telebrás tações terrenas e a tecnologia de enga passadas a empresas como Avel.
se baseará no principio da competição te rápido que economiza R$1 milhão Promon, ABC Xtal, STC (Sid), AsGa,
regulada e da universalidade com o por ano de despesa de manutenção para Daruma, Icatei e muitas outras mais,
BNDES e Ministério das ( omunicaçõcs o Sistema Telebrás. num total de 70 empresas.
sendo utilizados no processo. Globa Na área de produtos para a Telebrás, A partir de 1990, o CPqD deu uma
lização, no entanto, não c a solução para o ministro tomou ciência de produtos guinada em sua orientação e passou a
todos os problemas constatou Sérgio como o gerenciamento integrado de re atuar seletivamente no desenvolvimen
Motta e citou Fernando 1 íenrique ( ar- des e sen iços (Ci 1RS), a supervisão de to de produtos para a operação dos ser
doso: “capital c mercado resolvem a eco infra-estrutura e transmissão (SSX) e viços. No passado, o modelo das tele
nomia, mas não a miséria". para fibras ópticas (SRO), a gerência comunicações teve como base o mo
Em seu melhor estilo de percutir uma de equipamentos (SGE), o sistema de nopólio, o telefone e a rede padroniza
no cravo e outra na ferradura afirmou automatizado de gerência de rede ex dos com fornecedores das operadoras
Sérgio Motta que será preciso uma ge terna (SAGRE), a proteção elétrica centrados na tecnologia de equipamen
ração para se chegar a um mercado in (PROTEL), o sistema integrado de tos.
terno forte mas que por outro lado não atendimento a cliente (SIAC) e o siste Atualmente, continua essa vertente
se pode ficar ligado à idéia de um Es ma de faturam ento e arrecadação clássica da rede e da infra-estrutura mas
tado mantenedor de privilégios de uma ( EA LAR ) para as operadoras. “São sis cresce a oferta de serviços de comuni
parcela de funcionários públicos. temas que economizam milhões de re cação, tangida por uma série de novos
Segundo o presidente da Telebrás, ais para as operadoras", formulou Hé agentes que disputam o usuário final,
Fernando Xavier Ferreira, a realização lio Graciosa. em regime de competição. E o CPqD
do Tcccom deveria ser conduzido em Um painel iluminado tinha a imagem deve se adaptar a essa nova tendência.
tom de festa o que acabou ocorren do Trópico com os dizeres “O maior Para o futuro, Hélio Graciosa vê o
do e não de nostalgia, pois os tem projeto em TCs do hemisfério Sul". No transporte da informação como mais
pos passados não voltam c existem no livro de ouro do CPqD aberto por João uma “comodidade" que estará dispo
vos desafios a serem vencidos, exigin Figueiredo e .dentre outras, com a men nível na esquina. Os maiores ganhos
do um novo arcabouço político c legal. sagem de Q uandt de O liveira estarão no oferecimento dc novos ser
( 12.08.82) “o CPqD é o cerne da inte viços de valor agregado. Surge agora o
Showroom ligência criativa das TCs". assinatura AT&T Labs centrado cm serviços, en
No Ím\útí\CQsh(Mroom montado pelo de Fernando Collor de Mello e mensa quanto que os Bell Labs. orientados
( PqD, o m inistro Sérgio M otta, gem de admiração da missão técnica e para equipamentos, ficaram com a
ciceroncado pelo diretor de tecnologia científica da República Popular da Lucent, a empresa industrial, resultan-
Nov/Dez 96 Te-eòros.’ 49