Page 9 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1996

Furtado, com o m inistro e secretário do e sobre política industrial, serão

geral do M inistério das C om unica­ necessários incentivos ao desenvolvi­

ções. mento local.

Os teledebatedores ressaltaram o Na posição de últim o debatedor,

ambiente de transição vivenciado pelo Otávio Marques de Azevedo disse que

segm ento das telecom unicações: a a modernização das telecomunicações

planta instalada deve dobrar nos pró­ abrange contextos tão vastos com o o

ximos oito anos, a econom ia do País da teleinform ática e da produção de

se globalizou, a tecnologia explodiu, conteúdo da inform ação. As redes de

a privatização está na esquina e gra­ acesso — com o telefonia, televisão,

ças à tecnologia ocorrem as grandes celular fixa, coaxial e Fibra — serão

vias de com unicação bem com o a te­ pontos-chave de sucesso. Regras mui­

lefonia celular, os serviços da Internet Ludgero (Pirelli): to precisas, com o para interconexão,

e a super-higway. precisarão ser definidas por um orgão
“Vivemos o caldo de

regulador, realmente independente. E

cultura da transição "
Eliminação de protecionismos ao não ter o dinheiro de que necessi­

Gilberto Garbi elogiou o Governo por ta, o Brasil deve m anter sua cre­

ter eliminado protecionismos — nada dibilidade no m ercado externo.

mais arcaico que o apadrinham ento

— e estim ulado a ética e o profis­ Debates

sionalism o da coisa pública. Apeli­ Na fase de debates — perguntas po­

dou de grave distorção o fato que, na diam ser enviadas por fax, telex ou

licitação da Banda B, uma proposta telefone — foi esclarecido que a co­

com tarifa, quatro vezes mais baixa, brança de concessão é inevitável pela

poderá não garantir sua vitória den­ legislação v igente, ainda que não deva

tre aquelas que somaram mais de 700 haver ganância por parte do Governo

pontos. “Quem sairá perdendendo é para não onerar, em última análise,

o usuário”, alertou o cidadão Garbi. os custos a serem repassados para o

R esponsabilizando o avanço da usuário. Houve preocupação que o

tecnologia pelas alterações que vem Governo venha a fixar as tarifas de

Del Fiol (Promon):
ocorrendo nas organizações, Rômulo modo que planos alternativos de ofer­

“O gargalo é a falta dos
Furtado destacou que o Estado bra­ ta não possam ser oferecidos ao mer­

sileiro construiu uma infra-estrutura de recursos humanos ” cado.

TCs e formou quadros mas que deixou Para a escolha dos concessionários

de ser bom gestor ao colocar regras rí­ para a Banda B recomendou-se que

gidas, ainda que para preservar a se equilibrem os pesos a serem dados

moralidade. A chave da mudança \ ai entre quem oferecer menor tarifa para

ser uma nova legislação que favoreça o usuário e quem oferecer maior pre­

a com petição, separe o poder con- ço pela compra do espectro. Sobre a

cedente do concessionário e atraia in­ continuidade da rede fixa, foi lembra­

vestimentos, com tarifas justas. do que, apesar de certa “aflição" no

Já Raul Del Fiol, explicitou que as processo de m udanças, o Sistem a

m udanças possíveis passam pela Telebrás não é absolutamente um ser

privatização das Bandas A. B e de em extinção e que ele vai permane­

três ou quatro grandes grupos de teles cer. haja ou não, privatização.

e da Embratel; pelas concessões des­ Respondendo a uma pergunta do di­

tinadas a competir com as teles e com retor da Telebrasil. Paulo Alves Lou-

a Embratel ;pelas concessões do PCS: renço Ramos, se o sistema da Banda

alem de novos serviços. Mas vai ha­ Otávio (AG): B vai funcionar com o entrocamento

ver falta de gente para tocar tudo isso “É preciso dinheiro existente foi dito que o grande plano

e será preciso manter os centros de externo para crescer” fundamental, riscado pelo Ministé­

treinamento, em verdadeira cam pa­ rio. tem que ser implementado para

nha nacional. Quanto às tarifas, te­ não ocorrerem gargalos com este

rão que deixar cair o subsídio cru/a- novo tráfego novo. (J.C.F.)

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