Page 10 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1996
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Colaboração: José Luiz Valle
De um modo geral, a união em blo A operacionalização dos blocos como abrangência que o mercado exige.
cos econômicos reforça as posições entes econômicos que venham repre Significa poder atender ao cliente de
internacionais dos países que os com sentar interesses aplainados das nações forma sem elhante, onde quer que es
põem. A União Européia-UE, com componentes, fica por conta de um fu teja.
posta dc 18 países, que somados apre turo no qual algumas barreiras inter E como as Telecomunicações se in
sentam uma população de 370 mi nas devam ser superadas. São barrei serem neste contexto? Basta observar
lhões dc habitantes, alcança um PIB ras de toda ordem: culturais, alfande mos os principais fluxos que determi-
de US$7,5 trilhões, superior ao dos gárias, tarifárias, etc. F. quando se fala nam a economia moderna: tluxo finan
EUA, do Nafta e do Japão. de integração entre blocos, as barrei ceiro, de infomações e de produtos.
ras são ainda mais complexas. Em todos os três, o papel das tele
As condições impostas
pelo mercado com unicações ê fundamental.
O fluxo financeiro hoje é ca
O Mercosul como entidade econômi
racterizado pela extrema mo
ca, se coloca em quinto lugar no mun
bilidade dos capitais, que tem
do, com um PIB de US$ 800 bilhões
como fator de decisão, a visu
e uma população de 200 milhões de
alização da melhor oportunida
habitantes. EMPRESAS PARTES
Muito embora os números mostrem de representada por um conjun
to de infomações a tempo eà
posições irrefutáveis de poder, na prá ANTLL ( URUGUAI ) LMIJRATEL ( BRASIL )
hora de decisão.
tica, a posição individual dos países
ainda é muito importante. E o caso CTC • MUNDO ( CHILL ) TI UNTAR ( ARGENTINA ) O tluxo de informações: sua
eficácia é possível graças a
do Brasil no Mercosul, que pelas suas
tecnologia e aos serviços ofer
atuais condições de estabilidade e pelo
tados pelas redes de telecotnuni-
valor intrínseco de seu mercado de
No entanto, funciona como fator de cações e pela sua modernidade. Sua
consumo, representa um formidável
aceleração na integração dos interes eficácia é a base da competitividade da
pólo de interesse de investimentos.
ses nacionais, o fenôm eno da glo em presa moderna.
A Alem anha por exemplo, tem no
balização pela pressão que ele exerce E o fluxo de produtos tende a se
Brasil, seu principal foco de investi-
/ • no comércio internacional.
mentos para os proximos anos e a
Isso traz como consequên
França, Inglaterra, Itália e Suíça de
cia, a ampliação dos m erca
verão seguir caminhos semelhantes.
Em paralelo, a opcraeionalixaçâo da dos e a mudança no perfil do PRINCIPAIS PROJETOS NACIONAIS
prim eira iniciativa de acordo entre consum idor que passa a ser
blocos, deverá ocorrer entre o Mcr- mais exigente. E para aten
cosul c a UE em 2005. dera tal mercado, as em pre
Em resumo, a operacional izaçâo do sas tem que atuar de forma
fluxo económ ico internacional ainda sem elhante, isto é, global-
se dá pelas nações individualmente e mente.
os blocos econôm icos por enquanto O que vem a ser uma em
apenas funcionam com o traço de presa global? Ser uma em
união dc tais interesses, norm alm en presa global significa estar
te liderados pelos países econom ica capacitada a atender os re
mente mais fortes. q u isito s de q u a lid a d e e
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