Page 30 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1996

João Carlos Pinheiro da Fonseca
A Key TV Comunicações Ltda. -
KTV fundada cm 1986. atua na área
de comunicações via satélite prestando
sen iços de televisão. 1 lá cinco anos, a
KTV introduziu os serviços de telecon­
ferência, com base na transmissão de
programa de tevê em circuito fechado,
via satélite, com cobertura nacional ou
internacional. “É uma maneira moder­
na de reunir pessoas, em diferentes lo­
calidades, participando de um mesmo
acontecimento", afirmou Márcio Ma­
chado Rabello (foto), presidente e um
dos donos da KTV
Na Teleconferência
fundir com videoconferência, tevê
executiva ou tevê por assinatura
programa, ao vivo ou gravado, é ge­
rado de determinado ponto e prosse­
gue, via satélite, para localidades de­
signadas, onde é captado por antena
parabólica. A transmissão pode ou
não ser codificada, esta garantindo o
sigilo da comunicação. A teleconfe­
Boom requer política industrial
Com o deslanchar do PASTE
megaplano do (ioverno que fala de t JSS
75 bilhões investidos em oito anos
começam a chover encomendas do Sis­
tema Telebrás para a indústria local que
começa a acelerar a máquina. “E preferí­
vel ouvir que não vamos ter mão-de-obra
especializada para atender à expansão das
telecomunicações do que ter ociosidade",
confidenciou um executivo do setor.
O mercado fornecedor das T('s se dis­
tribui, mais ou menos igualmente, en­
tre as áreas de equipamentos, redes e
infrae st rutura, em geral. São cerca de
150 empresas na indústria de equipa­
mentos, gerando 20 mil empregos dire­
tos e 40 mil indiretos. Com o PASTE, a
expectativa do setor é que a indústria
terá que gerar (ou importar) US$3 ou 4
bilhões anuais de equipamentos, duran-
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te os proxunos oito anos.
Para Verner Dittmer, dirigente da
I quitei que é o braço local da Siemens
com três mil empregados, metade do
KTV em sintonia com o futuro
rência é assimetricamente interativa ra de Engenharia. A própria TELR-
valendo-se do retorno dos telepartici- BRASIL. em parceria com a KTV ea
pantes, via fax, telefone ou telex, ao Universidade Estácio de Sá, agora uti­
centro gerador. O leque de aplicações liza esta poderosa e nova ferramenta,
da teleconferência é vasto e inclui o lan­ como mais um meio para promover de­
çamento de novos produtos, palestras bates abrangentes sobre as telecomu­
e debates, treinamento e nicações brasileiras.
educação e comunicações Tecnicamente, o sinal
corporativas. (padrão NTSC) gerado
A KTV é conveniada no estúdio, no centro do
com o Internacional Trai- Rio, segue transcodi-
ning Center, da Universi­ ficado por microondas
dade Estadual de San Die- para as facilidades da
go (Cal.), para difundir um Embratel. O sinal sobe da
a não con­ ciclo de teleconferências estação de Guaratiba(RJ)
sobre competitividade glo­ para o Brasilsat I, de
o bal e resolução de disputas onde desce em padrão
internacionais cujo públi­ analógico (PAL-M) pron­
co é o empresariado que paga para to para ser recebido por parabólicas.
assiti-las. Outro ciclo, com treze A K EV também transmite, ao vivo,
teleconferências, é o “Engenheiro paia todo o Brasil, corridas do Jockey
2.001", que é um projeto tia funda­ C lube Brasileiro. A KTV aluga dois
ção Van/olini (SP)eda USP.com pa­ meios-transponders do Brasilsat 1
trocínio da 1 inep e da Rede Brasilei­ para sua operação.
um faturamento esperado para este ano terá básicos, Verner Dittmer advogou incen­
sido fruto de compras e esforços feitos tivos para quem se dispuser desenvol­
localmente. Ele destacou que 75% dos ver equipamento novo localmente, in­
produtos comercializados pela empresa clusive para efeito de exportação e dc
tem menos de dois anos, devido á alta criação de divisas para o País. Afirman­
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rotação da tecnologia. Segundo o exe­ do que importar é fácil, o dirigente da
cutivo. a indústria profissional do setor 1 quitei reiterou não querer proteção ou
de TCs tem sido tratada como se fosse a reservas de mercado e sim um “bônus”
indústria de entretenimento eletrônico para quem produz localmente.
que fizesse vendas de balcão. Para Marcos Eduardo Bandeira Maia,
O dirigente da Equitel mostrou-se pre­ presidente do grupo nacional Zetaxcom
ocupado com o crescimento da impor­ quinze empresas e 700 empregados, a
independência de uma organização re­
tação de equipamentos prontos, o que
side no domínio do ciclo da tecnologia.
inviabilizará, em breve, a produção lo­
A Zetax hoje fabrica centrais de comu­
cal de equipamentos. “É preciso criar
tação digitais com as quais compete em
uma política de alíquotas que favoreça a
pé de igualdade com outras empresas até
importação dc componentes e de placas
maiores, aqui e no exterior desde que
para produção, cm detrimento de produ­ não haja barreiras protecionistas, do tipo
tos acabados como hoje vem sendo feito. Buy A m erican Ac/.
*
Um rádio digital de acesso, acima de 15 “Deve haver proteção fiscal para
(1Hz, é importado com zero de alíquotas, quem investe em tecnologia", pleiteou
ao passo que um diodo laser é onerado Bandeira Maia que, juntamente com
com 26%", exemplificou o executivo. Verner Dittmer, proferiu palestra no
Além de alíquota zero para insumos Clube de Engenharia do Rio de Janeiro