Page 33 - Telebrasil - Março-Abril 1996

crescer a 6 % ao ano de forma contro­
Da esquerda para a direita, Matthew Flanigan (TIA),
Luiz Carlos Bahiana (Telebrasil) e Hélio Azevedo (H&T)
quer trocar um monopólio do Estado
por um monopólio privado". Ele
advogou a verdade tarifária, sem
subsídio cruzado e disse que para o
usuário, o sistema deve parecer único.
“A privatização final do sistema
Telebrás é irreversível mas a empresa
não pode perder o seu valor", obser­
vou Fernando Xavier adicionando
que o ritmo dessa privatização,
porém, dependerá do grau de justa
competição que irá sendo obtido. O
dirigente mostrou que os atuais pres­
tadores de serviço
Telebrás querem preservar o valor
de suas ações no mercado e que os
novos prestadores de serviço procu­
ram o retorno de seus investimentos.
Fernando Xavier explicou que fo­
ram feitas reuniões gerenciais em
todo sistema Telebrás para mudar a
cultura vigente
— preparando a empresa para com­
pelir, valorizando a qualidade, preo-
cupando-se com o mercado, efetuan­
do parcerias e relacionamentos, tudo
isso observando leis, normas e regu­
lamentos. Na comparação 94/95, o
tráfego da Telebrás cresceu, em me­
dia 2 0 %, o número de empregados
por mil acessos instalados caiu de 7,8
para 6 , 1 e o investimento total cresceu
de US$4,26 para US$4,6 milhões.
Para 1996 estão previstos investi­
mentos de US$7 bilhões voltados
para telefonia celular, rede de fibra
óptica e para a Rede Nacional de
Alta Velocidade - Renave.
Nos corredores da Telexpo’96, a
Federação Interestadual dos Traba­
lhadores em Telecomunicações
Fittel distribuiu mensagem criticando
a chegada casuística de uma l ei
Mínima que poderá ser provisória e
lada e que o monopólio das TCs se
tornou demasiadamente pequeno
para atender à demanda. Para o
CPqD, ele o vê como uma Fundação
em que todos os operadores, pri­
vados e públicos, injetariam dinheiro.
Dilson Dalpiaz Dias, do grupo
ABC Algar, que explora em regime
de monopólio privado a CTBC-MG,
fez um retrospecto da legislação re­
lativa à concessão para exploração
de serviços de TCs e opinou que
uma Lei Geral, não precisaria abran­
ger, de imediato, todos os aspectos
da regulamentação e sim, apenas, os
serviços que poderiam ser logos
abertos à competição.
O presidente do Instituto Brasileiro
para o Desenvolvimento das Teleco­
municações - IBDT, Oscar Dias
Corrêa, analisou o projeto de Lei n°
1.287/95 (Lei Mínima) e lembrou que
advogou a discussão de uma Lei Geral licitação para a outorga de concessão
que viesse a substituir o Código para o serviço móvel celular vai
Brasileiro de Telecomunicações. O caracterizar um serviço público.
advogado Oswaldo Murgel, ex-con- Segundo ele, o prazo de 15 anos,
sultor jurídico da Embratel, achou, renováveis, para os concessionários
porém, que não há nada que impeça privados do serviço, deveriam ser
normatizar, aos poucos, partes da Lei. estendidos para 25 ou 30 anos.
Na discussão sobre a Lei Mínima,
Opina a iniciativa privada Luiz Antonio Silva, da Telerj e da
No Painel dedicado a discutir a nova Fittel, disse não ser possível operar
legislação, C arlos de Paiva Lopes, telefonia celular, em regime de com­
presidente da Ericsson, disse que a petição, sem a existência de um
forma mais rápida do Sistema Tele­ orgào regulador. Nisto foi contestado
como o sistema brás se tornar eficiente é começar pelo advogado Oswaldo Murgel que
logo a competir e não aguardar a não vê obstáculo, tendo em vista
retirada de eventuais entraves. "‘Numa que a tarifa — o único item ainda
longa caminhada é preciso dar o pri­ não regulamentado — será dada
meiro passo", observou Paiva Lopes pelo critério do menor preço, por
acrescentando que o País precisa ocasião da licitação.
seu maior desafio
Marketing World'96
H& T também efetuou no Expo tos por telefone, o marketing dire­
A Center Norte, em São Paulo, to e os serviços de apoio, como
o Marketing World V6, com Feira publicidade, bureaux de telemar­
e Congresso voltados para Tele­ keting, artes gráficas, editoração,
marketing, Serviços de Marketing promoção de eventos, outdoors,
e Marketing Direto. Para o promo­ pesquisa de mercado e multimídia.
ter Hélio de Azevedo, presidente
da H& T, o evento veio preencher O Congresso do Telemarketing
a lacuna de um setor de atividades World contou com parceria da
que anteriormente contava apenas Telemarketing & Businness Tele­
com pequenas exposições communications - TBTeda Asso­
ciação Brasileira de Telemarket­
Foram cerca de 100 exposito­ ing - ABT. O Direct Marketing
res, 700 congressistas e dez mil World teve o apoio da Associação
visitantes que de 12 a 15 de mar­ Brasileira de Marketing Direto -
ço. discutiram a venda de produ­ A BEM D.