Page 51 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1995
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grandes distâncias), fotônica (pode pobres. valendo-se do subsídio cru
ser o futuro), satélites (chegou a zado, em que serviços mais rentáveis
televisão digital direta), comuni patrocinam o serviço básico. No meio
cações celulares (arquiteturas de do caminho, ps países emergentes.
micro células) e discutiu-sc o uso China. Brasil, índia. Coréia. Austrália,
econômico do sem fio como meio de advogaram soluções intermediárias.
acesso ao usuário final. E para as E ainda se falou no Fórum, da
telecomunicações rurais pode estar sociedade mundial da informação —
chegando a luz ao fim do túnel. igualitária — paru o que será preciso
Sob ângulo dos serviços, o derrubar barreiras ao livre acesso aos
Telecom'95, tratou dos rumos da mercados. O desenvolvimento de
faixa larga (como melhorar o acesso), novas tecnologias vai custar cada vez
das comunicações personalizadas mais caro e novas alianças e parti
(como pode ser universal), da rede cipações serão cada ve/ mais neces
inteligente (como ter novos servi sárias. vale dizer, que vai continuar
ços em ambiente desregrado) e da ocorrendo a concentração de atores
segurança na informação (como no cenário mundial da informação.
combater a fraude). No terreno das Se o Telecom 87 foi o da digitali
aplicações, analistas discutiram a zação das redes, o Telecom'91 o da
infohighway. a multimedia, a ele expansão mundial das telecomuni
trónica integrada no lar, a telev isão Mandella: "Cresce o fosso entre os cações. o Telecom'95 terá sido o da
a cabo e digital, o novo trabalho e que dominam a informação e os que convergência e da mudança da
as aplicações sociais para idosos são os últimos a saber". indústria da informação. TT
e para o ensino que podem ser
trazidas pela telcmformação.
As redes formaram outra grande
vertente no Fórum. Debateu-se o
seu gerenciamento (considerado A Conferência Mundial
essencial), como integrar redes
públicas, corporativas e Internet e
como implementar redes virtuais das Radiocomunicações
corporativas, suportadas por redes
públicas de faixa larga. Grande parte
do que foi dito no Forum podia Telecom 95 foi a festa da sas como Globalstar. Iridium.
ser observ ado nos estandes da Feira, 0 tecnologia e do marketing. Odyssey e ICO, procuraram
em si. um assunto à parte. A Conferência Mundial das obter novas faixas de frequências
Comunicações {CMR-95). tam para enlaces de alimentação e
A grande Interrogação bém em Genebra, marcou o en comando de seus sistemas LEOs.
Dignatános de todas as regiões do contro de cerca de representan Pedidos para centenas artefatos
Globo se revezaram no “Summit tes de 140 países reunidos para espaciais estão registrados nos
Estratégico” para tentar solucionar o discutir, em quatro dias, o geren computadores da UIT Só os de
impossível Países desenvolvidos ciamento do espectro radioelétri sejos do Brasil para órbitas
querem vender, países em desen co. bem como modificações no ge-estacionánas são de 58.
volvimento querem comprar. Mas regulamento das radiocomuni- A Assembléia da CMR-95
quem irá pagar a conta 1 foi a grande cações, cujas recomendações aprovou cerca de 200 novas
interrogação política do Telecom'95. serão feitas por um grupo volun recomendações, inclusive para
Oradores discutiram mercados mun tário de especialistas (GVE). coordenação das comunicações
diais. realidades regionais e possibi Este é um tratado internacional móveis espaciais e terrestres.
lidades reais de atender à demanda referente à utilização do espectro Algum progresso foi obtido na
por serviços de telecomunicações de frequências e das órbitas de definição de padrões para a
satélites por estações e serviços televisão digital e para a tele
de todo tipo.
Para os países desenvolvidos, o existentes ou planejados. visão multiprograma Também
discurso foi para o aumento da massa Um dos grandes debates da foram obtidas, após quatro anos
de usuános nos novos serviços bem conferências foi em relação aos de negociação, normas que
como saber quem irá fornecê-los e mini-Leos — artefatos espaciais permitirão á radiodifusão ser
dentro de que cenário institucional. em órbita próxima da terra — recebida em qualquer ponto
destinados a funcionar em fre da terra. Segundo Lourenço
No outro extremo, os países em
desenvolvimento, que não atingiram quências abaixo de IGHz para Chehab, secretário de adm i
serviços de retransmissão e os nistração de frequências, do
o serviço básico universal, justifica
supcr-Leos, em frequências entre ministério das comunicações, o
ram o monopólio do serviço público
e pediram ajuda e financiamentos para I a 3 GHz. para serviços mun Brasil enviou 707 páginas de
seus planejamentos nacionais. Se diais de comunicações pessoais documentação para conside
gundo cies. o Estado deve manter o com terminais portáteis Ernpre- ração da Conferência.
equilíbrio social para as camada mais