Page 49 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1995

A b u s c a d a e f i c i ê n c i a

se dc um sistema dc satélites domés­

Hehreoo Gilson
ticos. com toda a sua complexidade,

cobrindo todo o território nacional.

nada em 16 de setembro de 1965, Os nossos satélites — que hoje
C a Embratel precedeu a Telebrás. gico a orbitar o nosso céu sob a deno­
formam um complexo aparato tecnoló­

Seu surgimento e anterior ate

mesmo ao do Ministério das Co­

municações. Pelos seus feitos e pelos minação genérica de Brasilsat são o
resultado dc muita deierm inaçào e

seus méritos, sem sombra de dúvidas, esforço.

d e f in in 'amente insenta na história das Tenho a impressão dc que a verda­

telecomunicações brasileiras. deira questão que interessa ao país.

E com especial satisfação que par­ diz respeito á eficiência de suas em­

ticipo das comemorações pelos seus presas c dc sua economia global. Neste

trinta anos de existência, dando aqui um sentido, flexibilidade e pragmatismo

pouco do meu testemunho sobre esta deverão, de um lado, garantir as con­

vencedora de desafios, que tive a honra quistas da Embratel. e. de outro, dina­

de presidir no período de 1979 a 1984. mizar seus processos, melhorando ainda

Já são da história as razões que mais a sua posição frente a onda moder-

levaram o Brasil à criação de empresas mzante que - felizmente! - parece

estatais. Na fase em que nos encon­ tomar conta do pais.

tramos c nas aluais condições de nosso Para isso. ela pode. certamente, con­

processo de desenvolvimento, outras tar com um elemento fundamental o seu

são as questões que mais importam à quadro funcional, a quem cabe o ménto

vida nacional. Não há mais lugar para a memóna sobre a decisão — bastante de todos os seus êxitos. Quem faz uma

polémica “empresa estatal versus difícil — que a Embratel tomou para a empresa são as pessoas que nela traba­

empresa privada". cnaçâo do SBTS-Sistema Brasileiro de lham. E a Embratel não podena fugir a

A prioridade c buscar crescente Telecomunicações por Satélites Trata- este princípio universal. TT

eficiência para resgatar nossas dividas

maiores. A frente delas, a meu ver, está

otnnômio Educação-Saúde-Segurança.

A Embratel representou — e ainda S a t é l i t e s d o m é s t i c o s

representa — um formidável esteio para

a capacidade brasileira de organizar o

seu próprio talento, numa das áreas em

que o desenvolvimento tecnológico é Carlos de Paiva Lopes Em relação ao futuro da Embratel.

um dos que mais velozmente cresce cm cabe ao governo decidir se sena ra­

todo o mundo. zoável manter ou não. a empresa sob

Dois feitos marcam, a meu ver, a tra­ Entre outras realizações marcan­ o controle estatal. Sena dc absoluto

jetória da empresa nesses seus trinta tes durante a minha gestão a frente interesse para o pais, enar condições,

anos. O primeiro, foi o de promover a da Embratel. gostaria dc destacar a dentro dc um projeto harmónico, para

integração nacional — realizando o assinatura dos contratos dos satélites que passassem a existir empresas

sonho de Rondon — interligando o pais domésticos BI e B2. Para tanto, con­ camcrs, competindo com a Embratel.

através de troncos de microondas. tamos com o apoio do então ministro Tal concorrência sena extrema-

* . e. mais recentemente, por fibra Ozires Silva. mente útil ao pais — afinal, toda

óptica Também conseguimos fechar concorrência, em pnncipio, e bené­

O outro, tem sido a presença acordos internacionais para a partici­ fica — bem como para a própria

constantemente positiva e notável, dí pação do Brasil nos cabos submari­ Embratel.

universo que compõe t nos Américas I. Unisur e Columbus

^ á n o das telecomunicações mundiais Convivi na Embratel com uma

P “e 0 início de suas atividades que < época de intenso planejamento e dc

tmbratel participa de orgamzaçòc: realizações no campo dos troncos

internacionais, como Intelsat e Inmarsat ópticos. Nos meus discursos, gostava

Basta dizer, que hoje a sua eficicnK de dizer que considerava de funda­

internacional estende, de modí mental importância que a ligação

n e fácil, o alcance das telecomu- entre os países da América Latina

•cações brasileiras a praticamenU com a América do Norte se desse

qualquer ponto do planeta. através do Brasil.

‘ O âmbito nacional, a Embrate Acrescentava que éramos o cami­

nho normal para que essa ligação se
daràruÜ *nlciramcntc a sua missão, ac

adequado escoamento ao tráfego da; efetivasse e que se a Embratel não a

doras regionaís dos serviços d< fizesse, algum outro pais ccrtamentc

^comunicações. o fana.

- a minha passagem por sua presi

,a ?tiardo ainda, com orgulho. :