Page 36 - Telebrasil - Julho/Agosto 1995
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Joào Carlos Pinheiro da Fonseca
s telecomunicações serào cada presas de software. Para Les Brown, executivo da Mc Cann Interactive. Ele
comparou o ambiente da informação
M vez mais interativas. O usuário jornalista voltado para assuntos da tele dos anos 80 vídeo cassetes, video
visão, os serviços interativos, via cabo,
navegará de maneira crescente
— através de um terminal ou poderão movimentar até LSS300 bi games, modems, software com o da
de outro dispositivo no verdadeiro lhões anuais e modificar padrões de década de 90, mareada pela comuni
mar da informação que terá disponível consumo, com o téléshopping e o banco cação celular e pelo disco CD-ROM
e isto impactará nossa sociedade foi o eletrônico. No ano 2000, o domínio será o de uma
que disseram, em resumo, especialistas A compra eletrónica sem sair de casa indústria multicanal da informação.
reunidos no Hotel Shcraton, no Rio de a pessoa vê o produto na tela e fecha Nos anos 70, o marketing dizia
Janeiro, para o “Interactive Communi negócio, via transação eletrônica à publicidade o que queria. Seguiu-se a
cations E^xpo'95’\ numa promoção da poderá substituir o sistema de venda por ditadura dos grandes shoppings e
Congrex do Brasil. catálogo e dc reembolso postal que só do “merchandizing". Nos anos 90,
nos l l A vende U$ 70 bilhões anuais. porém, e o consumidor que domina a
Briga pelo lar As vidcolocadoras que movimentam cena Cabe a ele optar sobre todo ti
Durante longos anos, o aparelho telefô l SS 13 bilhões por ano também terão po de informação que lhe chega, via
nico reinou absoluto, como terminal dc que ficar atentas ao serv iço \ ideo-on- disco óptico interativo (CD-i), quios
comunicação. Náo mais. Computadores dcmmand, em que o espectador, atra que eletrônico ( t e l a e l e t r ô n i c a c o m
e televisores disputam o papel de ter vés dc um pedido ele*
minal eletrônico no lar. Para John trônico. tem uma opção
Carey, da (ireystonc Communications relativa sobre o video
c consultor de empresas, como AT& I, que irá ver na telinha
Bell Atlantic c Continental Cablc (ou teláo).
Vision, as empresas dc tevê a cabo vêm As operadoras tele
investindo milhões de dólares para dar fónicas também estão
ao televisor domestico as f unções de um dc olho no mercado
computador pessoal ao passo que a dos serviços interativos
indústria da computação contra-ataca e dc faixa larga. A
com a multimídia e a videoconferência. Amcritcch com 13 mi
A base instalada de televisores lhões de linhas conven
nos 1 stados Unidos é maior do que a cionais ( 1,4 milhões
de computadores pessoais. Praticamente dc celulares) já desen
tod os os 08 milhões de lares norte- volveu um sistema dc
americanos contam com pelo menos um tclecompras para uma
televisor que poderá se tornar o centro rede dc supermercados,
eletrônico do lar Já o computador pes reserva de passagens e
soal, mais rico cm suas aplicações, de turismo com mul
porem mais complexo dc operar, pene timídia para a United
tra em 33% dos lares norte-americanos Airlines e a busca de
e menos de 10% deles estão equipados informações junto a
com modem para poder operar “on- órgãos do Governo
!inc" Empresas como a IBM, Intel, o Civic Link.
Microsoft e Oracle (grupo New Mídia)
já se voltam para os serviços multimídia Publicidade se
vo/, dados, imagens moveis para adapta
aplicações corporativas e que cm breve O mundo da publici
ah ançarào o mercado de massa. dade vai scr afetado e
I xpericncías-piloto estáo sendo já se prepara para so
condu/idas sobre mídia interativa em breviver com a mídia Operadoras de TCs, de tevê a cabo e de
várias partes do mundo, tanto do lado interativa, disse Ira informática disputam o mercado da
informação. Especialistas dos EUA vieram
das operadoras de l( s quanto das em C arlin, vice-prcsidcnte mostrar o potencial da tecnologia interativa.
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