Page 30 - Telebrasil - Março/Abril 1995
P. 30
ão poderia ser diferente. Mais Em São Paulo foi onde em primeiro Capital. E nada menos que 720 mil
que um desafio, a implantação lugar o telefone celular passou a con pedidos de linhas celulares móveis
da telefonia celular em São correr diretamente com o telefone con (620 mil na área metropolitana da
NPaulo tomou-se uma polêmica vencional. Há um número ainda não Capital e cem mil no Interior) aguar
questão. A causa? Mais uma vez, a apurado, mas sabe-se que é grande, de davam atendimento.
magnitude do mercado. Seja de modo usuários de celulares em São Paulo, No entanto, segundo Gilson Ron
subjacente ou sobrejacente, é a que jamais tinham possuído um tele dinelli, gerente do Departamento de
grandeza dos números o fator talvez fone. Atualmente, dois minutos de uso telefonia celular da empresa, a deman
mais importante a ser considerado em de um telefone celular paga uma tarifa da potencial para este ano alcança nada
tudo que diz respeito às telecomuni mensal do serviço básico. A partir de menos que dois milhões de linhas. Ou
cações de São Paulo. Num futuro bas um parâmetro como esse imaginava-se seja, caso houvesse disponibilidade e
tante próximo, cm um ano c meio se que muito poucos iriam querer o tele oferta ainda este ano. a empresa teria
tanto somente o interior do estado fone celular, e que, portanto, a deman que licenciar este número de aparelhos,
terá mais telefones celulares do que da seria muito baixa. Um ledo engano, se quisesse atender a todos os pedidos
todo o estado do Rio de Janeiro, que verificou-se. A tarifa do serviço básico Frente a esta realidade, Gilson Ron
implantou o seu sistema de telefonia é que está baixa. O que acontece com a dinelli é mais um na Telesp a contar
celular há mais de quatro anos. Em telefonia celular cm São Paulo mostra com o apoio da Telebrás e do
todas as áreas de prestação de serviços, que há bastante gente que, não scS Ministério das Comunicações.
a demanda em São Paulo é muito pode, como quer pagar por ela. Porque
grande, tornando o mercado muito dis precisa do serviço. Planos ousados
putado O melhor exemplo dessa inten Representando mais de um terço de “Dentro desse quadro temos um orça
sa disputa ainda é o da implantação da todos os terminais em utilização no mento montado de tal forma, a poder
telefonia celular. Último a implantar o Pais, existem 260 mil telefones móveis mos executar um plano mais ousado
sistema, o estado há bastante tempo celulares no estado de São Paulo sob para o celular. Espero podermos com
ocupa o primeiro lugar cm número de operação da Telesp, sendo ISO mil
usuários. Levada a extremos, a com somente na área metropolitana da ercializar, ainda este ano, um pouco
petição pela licença para exploração do ( apitai. Até o final de marçodeste ano, mais que quinhentas mil linhas adi
sistema invadiu o campo judicial, e trezentas estações radiobases (ERBsj cionais, isto é, finalizar 1995 com um
resultou num questionamento entre funcionavam na área de cobertura da total de setecentas mif', diz ele. E lem
empresas concorrentes, que acabou por cmpiesa no estado, 152 na região da bra que um dos importantes pontos da
obrigar a Telesp a fazer pelo menos telefonia celular de São Paulo está na
três licitações sucessivas. área rural, onde existem trezentas mil
Dá para imaginar o que haverá propriedades (o número dobra, se
quando se abrir a licitação para a área incluídas as voltadas para o lazer), das
digital... No caso do celular, a origem quais menos de cinquenta mil são aten
do grande interesse das empresas con didas por telefonia.
correntes era porque se desconfiava O programa Ruralcel, oferece algu
que se tratava de um bom nege mas vantagens, em comparação com a
Hoje isso é uma das certezas mais telefonia convencional. Um quilômetro
qiiilas. Se dizia c se divulgava de linhas convencionais custa, cm are
o telefone celular era caro. Seu us< metropolitana, entre R$3 e RS-* 1,11 *
falava, custaria mais caro do qu com posteação e cabos. Enquanto Q
tarifas do serviço básico que es no ambiente rural cai para RS- J '
sendo prestado, tornando-o, por a Isso sem falar em manutenção e
dizer, um objeto de uso antieconôn culdades para o cliente e tambémi m
Logo se^ viu que a tarifa do ser a estrutura de operação e manllleeícU,
básico não servia como parâmetro. da operadora, demandando mais v
A partir cio momento em qi los e mão-de-obra. Mas em are‘ ^ a
cidadão não mais comparou o tele grandes centros urbanos, co
celular com o do serviço básico c C apital de São Paulo e a cl( ,tne|ji.
um cálculo de custo-benefício ve Campinas, na opinião dc Ron ^
cou que o celular não era caro, por não se deve utilizar a telefon < ^xa
recado dado na hora certa, ou celular em substituição à tclelonw
negócio que pôde ser fechadc convencional, cabeada. j0 se
momento oportuno, paga tranqi No entanto, no futuro. 9a . ^
mente a conta de três ou quatro m Gilson Rondinelli Filho
dc uso. gerente de telefonia celular estiver na faixa dc 1.8 Gbps
por segundo) a 2 Gbps. J “ ® di£en»
se deve passar a fazer o aic