Page 24 - Telebrasil - Março/Abril 1995

termos de terminais que no máximo em outubro já

inúmeras vantagens, mais facili­

dade de manutenção. telefônicos convencionais tivesse o orçamento do próximo

Mas, a simples substituição do (cerca de quatro milhões ano aprovado", alerta um diretor.

terminal analógico pelo digital não de aparelhos instalados), “A construção de uma rede é tarefa

proporciona ganho de demanda. a Telesp só é superada pela bastante complexa: não se conse­

Haveria uma melhoria qualitativa, Telmex, no México - espécie gue planejar, projetar, comprar ma­

mas não quantitativa. “Nós temos de “Telebrás” que, sozinha, terial, puxar cabos e fazer os testes,

planos e sabemos o que fazer. Mas atende aos mexicanos. em prazo inferior a um ano, nem

olhando para os números verifica­ que seja uma rede para apenas

mos quão distante estamos de aten­ Além disso, a Telesp opera trezentos terminais", explica. Em

der, ao mesmo tempo, às duas 105 mil terminais públicos função de algumas dificuldades, a

demandas, isto é, por qualidade e e mais 250 mil linhas Telesp tem terminais contratados

quantidade”, esclarece Silvio Vince. celulares no estado. " / em 1992, cuja implantação ainda

está em andamento. Na área finan­

Limites orçamentários ceira os problemas não são meno­
ágil e fácil. Além disso, o SPM. ali­

Visando superar as limitações orça­ res. Quando a atual diretoria tomou
via um pouco a pressão da deman­

mentárias e assim poder continuar posse, a Telesp devia, a apenas cin­
da constituída pelos que estão

oferecendo novos serviços aos co em presas, nada menos que
inscritos no plano de expansão.
usuários, a empresa faz parcerias US$350 milhões em “hot monex" -
Pelo projeto inicial, a Telesp pre­

com a iniciativa privada. Na medi­ circunstância que de dois em dois
via um aumento de 340 mil termi­

da em que estabelece essas parce­ m eses obrigava a fazer o re-
nais em 1095. Com o corte orça­
rias, a companhia consegue aumen­ mentário cm estudos na Telebrás, a pactuamento da dívida.

tar a oferta de serviços, sem inve­ Um brilhante trabalho da direto­

empresa ainda não tem um novo
stir o que precisaria, caso não ria financeira permitiu a empresa
número. Ainda de acordo com o
recorresse à parceria. Segundo a

aumento inicialraente previsto, a se liberar do problema, sem que
diretoria da Tclesp, há na iniciativa

receita aumentaria em torno de para isso precisasse contrair ne­
privada um interesse muito grande nhum novo empréstimo. No setor

na utilização do suporte básico de US$180 milhões. Na medida em

que o orçamento se lim ite a de recursos humanos, a Telesp tra­
telecomunicações da empresa.

um valor muito baixo, as obri­ balha com o mesmo quadro de pes­
Isso se casa com o interesse da

gações contratuais estabelecidas soal que tinha em 1992. Através de
própria empresa em usar ao máxi­

com os assinantes terão que ser uma melhor capacitação funcional
mo a sua infra-estrutura, aumentan­

revistas e os contratos repactuados e do emprego de novas tecnologias
do o tráfego em suas máquinas,

seja com serviços de altíssima “Para planejar 1996, a Telesp já há três anos a Telesp não contrata

velocidade, de 64 K ou até de 2 deveria estar trabalhando dentro de um só funcionário. Na opinião de

Mcgabits. algumas premissas básicas, para seu presidente, o grande desafio

todavia, tem sido superar a camisa
A principal característica do

SPM-Serviço Público de Mensa­ de força orçamentária, que impede

gens, por exemplo, é abranger uma a empresa de expandir seu investi­

extensa camada da população. O mento, mesmo tendo capacidade de

serviço requer suporte c um traba­ fazê-lo sem recorrer à União, ou a

lho de marketing muito grande. terceiros. Apesar da defasagem ta­

Porque atinge uma ampla faixa da rifária do serviço local, a Telesp

população, de menor renda e que tem uma receita situada entre

poi isso ainda não possui telefone US$11 e US$12 milhões por dia.

Através da caixa postal, essas pes­ Isto faz com que ela trabalhe com

soas tornam-se usuárias do telefone sobra de caixa, porém, sem p0(ie

virtual. Além disso, a empresa tem investir. Desse modo, o problent

que transmitir à população infor­ não é exatamente de dinheiro,

mações sobre a maneira como fun­ de quanto a empresa está autoriza ^

ciona o sistema c qual o seu a gastar. As licitações são feitas con­

alcance. forme as determinações legais, m *

C om a participação da iniciativa mesmo assim os assuntos são sc

Privada que conta com mais liber­ pre submetidos a uma negocmU

dade de atuação junto ao mercado posterior. Uma Seção de Cus

a cmpiesa tem conseguido resolver informa sobre o valor industria

alguns problemas de modo mais Silvio Vince, mais de 150 itens de telecomun'

diretor técnico
caçoes que a empresa compra.