Page 55 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1995
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Brasíla. Entretanto, o primeiro sistema de tele
A) CONJUNTOS OMNI DIRECIONAIS
fonia celular (AMPS) somente foi implantado,
em novembro de 1990, pela TELERJ, no Rio
de Janeiro. Logo em seguida veio o sistema da
a Telebrasília em 199L Em 1992, o número de
cidades atendidas subiu para 5 (cinco) e 17 em
1993. Em dezembro de 1993, o total de usuá
rios era de 175.000, havendo previsão de atin
gir entre 500 e 600 mil no final de 1994.
4 C É L U L A S ( 1 = 2 ; J = 0 )
4. SISTEMAS DIGITAIS
Duas diferentes filosofias orientaram o desen
volvimento dos sistemas digitais que con
stituem a base da segunda geração da telefonia
móvel celular. Na Europa, a necessidade de
um sistema que facilitasse o roaming interna
cional levou ao padrão GSM, incompatível
com os sistemas analógicos atuais. Ao con
trário, os Estados Unidos e o Japão optaram
pela compatibilidade com os sistemas de
primeira geração, de modo a permitir, com o
uso de telefones duais, uma transição suave
para a tecnologia digital.
7 C É L U L A S ( 1 = 2 ; J = 1 )
Entretanto, como pode ser observado na tabela
III, estes sistemas possuem pontos em comum,
2 1 C É L U L A S ( 1 = 4 ; J = 1 ) embora com modos distintos de implemen
tação. Por exemplo, todos utilizam codifi
cadores de fonte híbridos (9), aproveitando o
B) CONJUNTOS SETORIZADOS
potencial de elevada qualidade dos codifi
cadores de forma de onda com a eficiência de
compressão dos codificadores paramétricos
(vocoders). Por outro lado. com a finalidade
de operar com amplificadores de potência não-
lineares (alto rendimento), são empregadas
variações da modulação por desvio de fase de
quatro níveis (QPSK - Quaternary Phase Shift
Kcying), as quais propiciam também uma sa
tisfatória relação de compromisso entre a lar
gura de faixa do canal dc transmissão e a to
lerância ao ruído. A técnica de acesso TDMA
C O N J U N T O D E 7 C É L U L A S
é usada em um dos padrões americanos e nos
C O M 3 S E T O R E S C O N J U N T O D E 4 C É L U L A S
padrões europeu e japonês. O outro padrão
C O M 6 S E T O R E S
americano adotou a técnica de acesso CDMA.
FIG. 2 - CONJUNTOS DE CÉLULAS
4.1 Padrão Europeu (GSM)
O desenvolvimento de um sistema móvel celu
A potência elevada destes sistemas para obter {Nordiska Mobil Telefon gruppen): lar, de caráter pan-europeu, empregando tec
máxima área de cobertura acarretava proble nologia digital, começou em 1982 sob os aus
mas dc interferência e não permitia o uso oti 1982 - Reino Unido - sistema TACS (Total pícios da CEPT (Conférence Européene des
mizado do espectro de frequências. Para corri Access Communication System): Administrations des Postes et Télécommunica-
w
gir tais deficiências, o Bell Labs. introduziu, tions), em um grupo de trabalho denominado
em 1947. o conceito de célula (I). Entretanto, I985 - Alemanha - sistema C 450.
somente em 1975, a FCC alocou a faixa de
80()MHz para o serviço de telefonia móvel A tabela I resume características técnicas dos
celular. Assim, o padrão desenvolvido pelo padrões acima e a tabela II, elaborada com
Bell Labs, denominado AM PS {Advanced base em dados de dezembro de 1993 (8), apre
Mobile Phone System), foi instalado experi senta a distribuição mundial correspondente
mentalmente em Chicago em 1978, embora, (dados de dezembro de 1993). Considerando
devido a problemas dc regulamentação, a ex que o número de terminais digitais é ainda
ploração comercial do AMPS tenha sido inici bastante reduzido (2% do total em operação),
ada apenas em outubro de 1983. Com base no os sistemas analógicos constituem atualmente
AMPS diversos outros padrões foram desen a base da telefonia móvel celular. Há previsão
volvidos e implementados durante a primeira de que este quadro deverá reverter até o final
metade da década de 80: deste século com a implantação em larga
escala de sistemas digitais e desativação pro
1979 - Japão - sistema MCS {Mobile gressiva dos sistemas analógicos.
Communication System); A telefonia móvel foi introduzida no Brasil em
1972, através de um sistema dc baixa capaci
1980 - Países nórdicos - sistema NMT dade, com tecnologia IMTS, instalado em FIG. 3 • REUSO DE FREQUÊNCIA