Page 41 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1994

que trabalha por objetivos", disse para
— “ Um dos pontos altos da mu­

a TELEBRASIL, o engenheiro, forma­
dança na Telesp foi a melhoria do
do em 1%8 pelo Inatel de Santa Rita
índice de congestionamento. Em al­
do Sapucaí. MG, Lulero de Castro
guns meses, este índice caiu pela me­

Cardoso, 47. atual diretor de operações
tade. Hoje temos metade de nossa rede
da Telesp. O executivo Lutero ingres­
de cabos pressurizada; do entrocamen-

sou na área de telecom unicações
to entre centrais em fibra óptica; e
através da antiga Cotesp e no decorrer
30% das centrais de comutação em

de sua carreira, dentre outras funções,
tecnologia digital. Operamos em

trabalhou na área de planejamento e parceria com o CPqD, da Telebrás,

controle e de gerência de projetos da
para obter soluções prontas para nos­

Telerj, onde adquiriu importante acer­ sos problemas. Os sistemas de tráfego,

vo de habilidades que iria utilizar com informações comerciais, de ações e de

intensidade em suas novas funções. dados cadastrais estão todos em com­

putador. E fizemos da nossa grande

Desafios loja de 7 de Abril, no centro de São

Paulo, um paradigma de atendimento

Ao chegar na Telesp, o novo diretor ao cliente, atendendo a 100 mil

percebeu que o desafio ia ser grande. clientes/mês e acabando, de vez, com

Encontrou uma equipe técnica e opera­ as filas", frisou Lutero.

cional de alto nível mas que, por — "A Telesp, por sua importância,

diversas razões, não achou motivada. poderia ao lado da Telebrás e do

Tm das primeiras providências de Minicom, exercer uma influência

Lutero foi ouvir cada um dos chefes í í O orçam ento de favorável sobre o legislativo quanto ao

das seis regiões em que se subdivide a orçamento reservado para as teleco­

operação em Sào Paulo. A partir uma Telesp não municações. Uma empresa, como a

dessas conversações foi montado o deve ser co rtado*’ Telesp, que tem tudo para crescer e

Plano Operacional da Telesp. Waldemar F. Neves levar o bem estar á população, não

A Telecomunicações de São Paulo deveria ter seu orçamento cerceado

é dividida operacional mente nas re­ pelo seu próprio Governo."

giões, centro-sul, centro-oeste, sudeste

e norte, com a Grande Sào Paulo ¦— Vertentes

que concentra metade dos terminais da

Telesp compreendendo as regiões Duas vertentes de serviço são obje­

São Paulo Leste e Oeste. Estas são I nfim, a operação na Telesp, deveria to de preocupação da Telesp — a cor­

mais conhecidas no dia a-dia da com sofrei uma mudança de postura pas porativa c a social. Os 500 maiores

panhia como OL e OW O elenco na sando de passiva e isolaeionista para clientes da Telesp, que utilizam apenas

diretoria de operações é completado ativa e participativa. 0,02% da planta instalada, geram 22%

pelos departamentos de pesquisa de Um dos pontos altos na estratégia do faturamento da empresa c os 3 mil

mercado, comunicação de dados e de reformulação operacional da Lelesp maiores, 33% É mais do que natural,

videotexto, planejamento e normal i/a- foi um seminário interno de dois dias doutrina á parte, que a Telesp tenha

ção da operação e de controle opera­ que reuniu cm Sào José do Rio Prelo a voltado primeiramente sua atenção

cional. maioria dos executivos c supervisores para atender ao chamado grandes

"Na ocasião, tive um verdadeiro de linha. O debate foi intenso mas clientes, metade dos quais se situam na

estalo Ocorreu me que cada região da resultou cm providencias práticas, área industrial.

Telesp deveria ser operada como uma como melhoria na frota de veículos, Do lado da demanda, a Telesp

mim Telesp e determinei como parâ­ treinamento de pessoal e acabar com cadastrou os clientes na área da grande

metros a serem alcançados, os da me­ alguns problemas técnicos de rápida São Paulo e registrou em 50 pontos da

lhor empresa do sistema Telebrás, que solução. capital — com dados reais — o pedido

na época era a Telepar. Além disto, fiz Atenção especial foi dada ao estudo para 950 mil terminais. O mesmo

algumas trocas nas chefias departa­ do mercado para levantar o que o processo, feito no interior, conduziu a

mentais c parti firme para a implan­ cliente realmente queria e seu grau de uma demanda de 350 mil terminais.

tação da comunicação de dados. A satisfação. Para isto foi contratado um Explicou Lutero que um número ele­

Telesp não tinha nem uma rede deter- levantamento com uma firma especia­ vado de especuladores, juntamente

minística*', observou o diretor Lutero, lizada. a OPUS. Como resultado, con­ com pessoas necessitando mesmo de

acrescentando que, hoje, o desempen­ clui-se que deveriam co-existir, de um telefones, tumultou as filas, o que

ho da Telesp se situa entre os três me­ lado, os serviços sofisticados para o motivou críticas na imprensa.

lhores do sistema Telebrás. cliente corporativo e de outro o atendi­ "Mas o esforço valeu a pena.

Outro aspecto importante para i mento social efetivo para a população. Agora, pelo menos, temos em nossos

operação da Telesp foi mudar a atitude Outro grande passo para a melhoria computadores a demanda real de Sào

do pessoal e colocar o foco da ope­ operacional da Telesp foi o estreita­ Paulo por telefones, incluM\e. com

ração no cliente. Com filosofia inspi mento das relações entre as diretorias localização no mapa, dos domicílios

rada em Lee lacocca (vide box), c técnica e de operações. "Tive no Vin- onde ela se encontra", disse com certo

mago da indústria autom obilística ce, um grande parceiro e companheiro orgulho, o diretor de operações da

norte-americana, ficou estabelecido de sinergia gerencial", frisou Lutero Telesp. Ele deu a entender que em

para as regiões de operação, que e referindo-se ao diretor técnico da pouco tempo acabará o mercado negro

cliente deveria ser visto, não apenas Telesp que tem sob sua asa a telefonia de telefones em Sào Paulo, onde um

como um usuário e sim com o um celular (mais matéria sobre este tema, aparelho pode chegar a custar entre

cliente e verdadeiro “sócio da Telesp". nesta edição) da Telesp. US$ 2 e US$6 mil.