Page 26 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1994
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t t ^ I ão se trata de um guerra A tecnologia digital TDMA, que veio humor, que “o uso do CDMA é uma
| \ | entre CDMA e TDMA e sim do mundo das TCs cabeadas, utilizou solução ecologicamente correta”.
¦ ^ de tecnologias que com janelas de tempo para sua com uni — “Na parte de recepção, pela uti
petem entre si. As decisões não cação.” lização de receptor Rake, a tecnolo
serão nem mágicas, como na história A seguir, Andrew Viterbi, defendeu gia CDMA percebe o sinal que chega
de C inderella e nem dada pelos os atributos do padrão CDMA (IS-95) por distintos caminhos. O receptor se
engenheiros e sim pelas forças do que utiliza uma freqüência única em vale de três modems, em paralelo,
m e rcado” , introduziu o cie n tista toda a rede — o que evita padrões de integrados num chip com 340 mil ele
Andrew Viterbi, vice-presidente da re-utilização de freqüências como no mentos. Feito em tecnologia CMOS
Qualcomm (vide box). TDMA — e que efetua um controle (complementary metal-oxide) o "chip"
— “A comunicação pessoal — a preciso e rápido da energia do trans pesa 300 gr. No CDMA, a passagem
qualquer tempo e lugar — é o que missor. Este controle, permite que a de uma célula para outra é suave,
nos prom ete o futuro com a inte tecnologia CDMA opere em baixíssi num regim e denominado de “soft
gração crescente dos telefones sem mos níveis de potência, sem a neces hand-off”. O “chip” inteligente sem
fio, da radiochamada e dos celulares sidade de re co rre r ao uso de pre sabe quando uma nova célula
móveis e fixos. Para esta nova inte m icrocélulas, com o no TDMA, está disponível e realiza a conexào
gração, a teoria aponta para sis ressaltou Viterbi, acrescentando, com do re c e p to r com o melhor sinal.
temas digitais com compressão de Q uanto à capacidade do sistema
sinal, a um bit por am ostra, para CDMA, inerentemente alta, ela pode
m anter a qualidade do sinal de ainda ser aumentada com antenas de
imagem e da voz. E a microeletrõnica feixe dirigido. Além do mais, no sis
nos dá, hoje, o suporte necessário tem a CDMA não se gasta meio de
para se obter todo processamento transmissão para correção de erros,
digital dos sinais que precisamos, como no TDMA” , complementou o
com um só chip feito sob encomen cientista da Qualcomm.
da. O desafio atual é como otimizar a Andrew Viterbi falou do “próximo
fonte do sinal, a codificação do canal padrão CDMA IS-96, com código va
e e o acesso ao meio para transfor riável de com pressão, que ajusta
mar tudo que a teoria prevê, na práti autom aticam ente a velocidade da
ca”. comunicação de acordo com a ativi
— “ Os sistem as digitais foram dade da voz. Testes subjetivos de
impulsionados pelas comunicações q u a lid a d e , “ mean opinion score
por sa té lite s, nos anos 60 e 70, te s ts ” , efetuados nos laboratórios
primeiramente para a ciência, depois Bell, em setembro de 1994, como
para uso m ilitar e finalmente para novo padrão IS-96 deram resultados
a p lica çõ e s civis. As tecnologias m uito bons (3,46 MOS), utilizando
FDMA (usada no Inmarsat), TDMA e compressão a 8 kbit/s.”
CDMA, foram as respostas utilizadas Andrew Viterbi, da Qualcomm: — “ Experimentos com CDMA cor
para ampliar o acesso dos usuários “decisões não serão mágicas”. rem o mundo todo, da chinesa Tianjin
com petindo por um meio escasso.
Os primeiros sistemas terrestres di
gitais foram um desapontam ento.
Tinham que se adaptar a múltiplos
usuários, células e caminhos rádio.
Daí, decorreu a alta penetração dos
atuais sistemas analógicos celulares
que conquistaram, em dez anos, um
universo de 20 m ilhões de a ssi
nantes. A tecnologia FDMA ou “fre-
quency division m ultiple access” ,
com patente de 1977, demonstrou-
se excelente para as TCs analógi
cas” .
— “ No entanto, a solução digital
pode nos dar boa qualidade de voz,
suave transição entre células e velo
cidade de comunicação aceitável (64
kbit/s). A tecnologia CDMA se revelou
robusta e tolerante a interferências
que nela são percebidas pelo usuário
com o um sim ples ruído de fundo. Cmte. Quandt de Oliveira: “temos que separar quem regula de quem faz".