Page 66 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1994

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(Continuação)
mais Brasil! Quem é mais competente!
São feitos estudos por uma para demons­
trar a inutilidade da outra. Nas demais
empresas, os dirigentes que passaram a
ser escolhidos pelos respectivos poderes
políticos estaduais, devem mais satis­
fação a tais poderes do que ao escalão
hierárquico.
A desprofissionalização tem origem
no fato. já citado, de que é o poder políti­
co quem indica os dirigentes de todas as
em presas do Sistem a TELEBRÁS.
Realmente, a perda de qualidade dos
serviços prestados vem sendo propor­
cional ao grau de influência do poder
político.
Sobre investimentos, seria ilustrativo
que fosse levantado o custo da instalação
de um terminal telefônico adicional - não
o integrado.
Com o fabuloso desenvolvimento da
microeletrônica, o custo da função ele­
trônica vem caindo geometricamente. Em
conseqiiência, o preço dos equipamentos
acompanham essa queda, levando o custo
do terminal a menos de US$ 2,000.00.
Sobre essa matéria, é oportuno citar a
afirmação do Banco Mundial que, por
solicitação do Ministério das Comunica­
ções, fez um estudo da TELEBRÁS. O s
peritos do Banco fazem, entre outras, as
seguintes afirmações.
— “O investimento adicional por ter
minai telefônico (US$ 2.000.00) é razoá­
vel”. (Transcrição da citação constante da
página 104 do livro de minha autoria:
Telecomunicações
História.
No que se refere ao desrespeito com
que é tratado o patrimônio público, seria
esclarecedor que se levantasse as condi­
ções em que foram contratados os planos
de expansão no primeiro governo da
Nova República. Não tinham as mínimas
condições de serem executados nos pra­
zos contratuais. Foi uma verdadeira chan­
tagem. Seria também do maior interesse
público que fossem conhecidas as razões
que têm levado a TELEBRÁS a intervir
na gestão de várias empresas por incom­
petência de dirigentes.
Finalmente, é oportuno relembrar,
especialmente aos que têm memória fraca
c aos novos companheiros do Sistema
TELEBRÁS, que, quando em 1973 foi
iniciada a grande expansão, o sistema
operava um terminal para sustentar a
expansão de dois. Atualmente, com 13
terminais telefônicos em operação para
gerar recursos para expandir um terminal,
acredito que seja suficiente para atender a
demanda. Política tarifária, elevados im­
postos e desprofissionalização do setor,
com a consequente incompetência geren-
Um espaço livre em defesa de idéias TELEBRASIL
Revista Brasileira de
Telecomunicações e
Informática
Uma publicação bimestral da
Telebrasil-Associação
Brasileira de Telecomunicações
CGC 42.355.537/0001-14
cial, são os responsáveis pelo não atendi­
mento da demanda. Sede:
Av. Pasteur. 383 - Urea - CEP 22290-240
Expostas minhas razões, é impres­ Tel.: (021) 295-4432 - Tlx.: (21) 23057
cindível registrar, mais uma vez, minha Fax: (021)542-4092.
posição sobre política de telecomunica­ DIRETORIA
Presidente:
ções, que assim pode ser sintetizada: Luiz Carlos Bahiana
1) o importante não é estatização ou
Vice-Presidente:
privatização, e sim prestar serviços de Lázaro José de Brito
boa qualidade em quantidade que atenda
Diretores:
a demanda com custos reais e dar a assis­ Geraldo Lucas Ourivio
tência devida ao usuário; Gilson Rondinelli Filho
Helvécio Gilson
2) minha posição privatizante resulta Jorge de Moraes Jardim Filho
da convicção de que estou possuído, de Ludgero José Pattaro
Marco Aurélio de Almeida Rodrigues
que o Estado não tem condições de cum­
prir tal objetivo; Secretário Executivo:
Gennyson Castro Azevedo
3) a privatização não deve trazer con­
EXPEDIENTE
sigo a desregulamentação (uma anar­ Diretor-Responsável:
quia); Helvécio Gilson
4) a privatização exige mudança no Editor Executivo:
Art. 21 da Constituição, e a introdução da João Carlos Pinheiro da Fonseca
(MTb 12.886/DRT/RJ)
obrigatoriedade de ser aprovada lei com­
plementar que defina os serviços e esta­ Conselho Editorial:
Coordenador José Raul Allegretti - Membros
beleça as condições em que os mesmos Antonio Martins Ferrari, Armando Luiz Me­
devam ser concedidos, permitidos ou deiros, Gerson Duque Estrada, Humberto
Chagas Pradal, João Ferreira Durão. Jose
autorizados; Luiz Azevedo Valle, José Luiz Xavier da Silva
O tero, Josem ar da Costa Vallim, Lemne
5) na lei deve ser prevista a criação dc Rocha, Luiz Eduardo Rocha, Luiz Ernesto
um órgão regulador forte (o futuro CON­ Krau, M árcio Machado Rabello. Roberto
Aroso Cardoso. Salomão Wajnberg. Solon
TEI.) e a decorrente extinção do Ministé­ Benayon da Silva.
rio das Comunicações;
Redação:
ô) a inconveniência das três funções Jennor do Paiva
(formulação de política, regulação e exe­ (MTb 12.009/DRT/RJ)
Roosevelt Nogueira de Holanda
cução dos serviços) ficarem sob respon­ (MTb 10.412/DRT/RJ)
sabilidade única o Estado . por deixar João Carlos P. da Fonseca
(MTb 12.886/DRT/RJ)
o usuário sem defensor, é mais uma razão
Fotografia:
para defender a privatização; TELEBRASIL (JCF, JP e RNH)
7) é importante que a radiodifusão e as e Divulgação
histórias para a demais modalidades de telecomunicações Secretária:
sejam tratadas separadamente, isto é, em Thereza Maria Sá
instrumentos legais distintos, tendo em Produção e Lay-Out:
vista a grande influência da radiodifusão Silvio Sola (MTb 12.224/DRT/RJ)
entre os formuladores de política, o que Diagramação Eletrônica e Fotolito:
tem resultado cm prejuízo para os outros Studio Alfa, Letra & Imagem Editora Ltda.
serviços. Editoração Eletrônica:
Carta Certa 3.0 e Página Certa 2.0,
A conclusão dessas colocações, é que softwares Convergente.
estou inconformado porque como Camar­ CPD Telebrasil/Computadores
Monydata e Microtec.
go afirma:
“No Brasil quase tudo precisa me­ Dpt°.Comercial:
Gerente: Gennyson Castro Azevedo
lhorar - Saúde, Educação, Transporte, Av. Pasteur, 383 - Urea. Tel.:
Justiça, Segurança, Idoneidade, Caráter, (021) 295-4432 - Fax: (021) 542-4092 - RJ
C&P Publicidade e Representações
Probidade, Honradez, Dignidade, Ver­ S/C Ltda. - Rua Orestes Balarini, 99
- Taboão da Serra - Tel. e Fax:
gonha, Indignação...” Enfim, a falta de (011)491-5348-SP.
tudo isso é que determinou minha mu­ MGVM - Marketing e Representações Ltda.
Av. Presidente Vargas, 633 - Sala 1317
dança de posição em relação à manu­ Tel.: (021) 507-1970 - RJ.
tenção do monopólio estatal sobre as tele­
Apoio:
comunicações. Aureo Nascimento
Impressão:
(*) Este artigo é mais um da série que trata da DRQ Gráficas e Editora Ltda.
questão da privatização versus monopólio das tele­ Laboratório Fotográfico:
comunicações. José Antonio de Alencastro e Silva, Wanda
gaúcho, general da reserva do Exército, cursou o
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Colégio Militar de Porto Alegre, a Escola Militar
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de Realengo (RJ) e o IME. Eoi presidente da Cetel zação prévia dos autores. As demais ma­
(65/72), assumindo em seguida a presidência da térias são livres, desde que citada a fonte
Cia. Telefônica de Minas Gerais. Presidente As matérias assinadas são de responsabili­
dades de seus autores e não expressam
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