Page 62 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1994

P A B X V i r t u a l c h e g a a o R i o
Investir na qualidade das telecomuni­
cações ficará mais fácil para as empresas
localizadas no Rio de Janeiro. É que a
Telerj colocará à disposição do mercado
carioca, a partir de dezembro, os serviços
do BGS (Business Group Subsystem), um
software desenvolvido pela Ericsson, se­
gundo o padrão internacional Centrex.
Integrado a uma central AXE, o BGS per­
mite às operadoras oferecer aos assinantes
todos os recursos de um PABX Virtual. No
Rio de Janeiro, o BGS será integrado à cen­
tral AXE de Arcos II. localizada no Centro.
Além disso, serão instalados nas cidades do
Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu dez
estágios remotos dessa central. A capaci­
dade inicial do sistema será de seis mil ter­
minais.
Entretanto, segundo Dirval Antonio
Peres, gerente da Divisão de Sistemas da
Diretoria Técnica da Telerj, apenas mil
estarão disponíveis para comercialização.
Os outros cinco mil terminais serão utiliza­
dos para a modernização do sistema de
comunicação interna da operadora. “Hoje
nossa comunicação interna é gerenciada
por uma antiga central analógica de tec­
nologia rotativa com capacidade para 1.600
ramais”, afirmou Peres. Ele explicou,
ainda, que essa central analógica propor­
ciona apenas os serviços básicos de telefo­
nia à Telerj. Com o BGS, além do acesso a
P h i l i p s v e n d e
A Philips Telecomunicações assinou
contrato com a Embratel para a venda de
63 centrais telefônicas digitais no valor de
US$ 5 milhões. Os novos equipamentos
possibilitarão à estatal implantar sua nova
rede de telefonia, interligando HO escritó­
rios e centrais de atendimento, incluindo a
área internacional. Todos esses pontos es­
palhados pelo País comunicavam-se
através de sistemas analógicos e agora
passarão a fazê-lo via circuitos digitais.
Os "fantasmas'' nas imagens de TV são cansa­
dos pela reflexão de sinal original transmitidos
pela torre da emissora.
IBCT fa z acordo
com sul-coreanos
uma infinidade de recursos, a comunicação
interna da operadora passará a ser gerencia­ A empresa sul-coreana Hyundai
da por uma moderna central da Ericsson. Corporation está entrando pela primeira
Por sua vez, Flávio Cafardo, gerente de vez no Brasil no setor de equipamentos de
Marketing da Ericsson, confirma as pre­ telefonia. Num acordo fechado com a
visões positivas da Telerj. “O BGS propor­ IBCT Eletrônica Ltda. as centrais telefôni­
ciona não só uma infinidade de recursos cas de fabricação da Hyundai começam a
como também a possibilidade de combiná- ser comercializadas em todo o País. Visan­
los conforme a necessidade do assinante, do conquistar uma parcela do atraente mer­
aumentando para a operadora suas perspec­ cado brasileiro de telefonia, a empresa sul-
tivas de negócios”. coreana está fornecendo equipamentos de
última geração, oferecendo produtos fabri­
cados na Corea e importados para o Brasil,
As centrais telefônicas Hyundai deverão
inicialmente disputar uma fatia de 5% do
mercado nacional. O objetivo da união
IBCT-Hyundai, no entanto, é ampliara
curto prazo esta participação.
O contrato de exclusividade entre a
IBCT e a Hyundai prevê a venda no Brasil
de centrais telefônicas 100% híbridas, um
moderno equipamento monitorado por pla­
cas eletrônicas que permitem diversas con­
figurações conforme a necessidade do
usuário. Nas centrais telefônicas sul-core­
anas é possível, por exemplo, utilizar um
sistema de pré-atendimento eletrônico, pro­
gramar bloqueios de ligações, registrar e
fornecer relatórios das chamadas realizadas
Flavio ( '((fardo, gerente da Marketing ou ainda conversar simultaneamente em
da Ericsson, duas linhas externas, entre outros recursos.
c e n t r a i s d i g i t a i s A T& T com pra a
AAcCAW nos EUA
A AT&T está se expandindo cada vez
Os produtos da Philips adquiridos pela mais, não só nos Estados Unidos como
Embratel são as centrais Sopho IS 3000, também em outros países, inclusive no
cuja avançada tecnologia perm itirá a Brasil. A prova disso é que o Departamento
comutação de dados e voz digitalmente, de Justiça dos EUA aprovou a comprada
inclusive via satélite, através de uma rede McCaw Cellular Communications Inc. pela
composta por cerca de 20 mil por- AT&T por USS 12.6 bilhões. Agora, a
tas/ramais que serão monitorados por um maior operadora de longa distância norte-
americana é também a maior operadora de
sistema centralizado de gerenciamento comunicação sem fio. Mas o governo esta­
também fornecido pela Philips. Uma van­ beleceu algumas salva-guardas para impe­
tagem adicional obtida é a possibilidade dir a AT&T de fazer concorrência desleal.
de acoplar à nova rede digital terminais Falta ainda a aprovação da Federal Trode
para videoconferência, videofone, fax di­ Comniission (FTC) e um waiver (liberação
gital e terminais sem fio. das normas) do decreto antitruste que
Por outro lado, por ocasião do Con­ dividiu o velho Bell System há dez anos.
Mas a AT&T acha que, depois de o Depar­
gresso Brasileiro de Engenharia de
tamento de Justiça dar o sim, essas outras
Televisão, realizado em São Paulo, a
duas etapas serão fáceis e o negócio estará
Philips apresentou um novo sistema que concluído neste mês de setembro.
resolve o problemas dos “fantasmas” nas Uma das restrições estabelecidas pelo
imagens dos televisores. Os “fantasmas” Departamento de Justiça exige isolamento
são causados pela reflexão do sinal origi­ absoluto entre a McCaw e a unidade da
nal transmitido pela torre da emissora ao AT&T que fabrica sistemas celulares para
encontrar uma barreira física (edifícios e muitos concorrentes da McCaw. Se o
Departamento de Justiça descobrir que está
montanhas). Esse sinal refletivo é captado
havendo vazamento de informação da
pela antena do TV com milésimos de
fábrica de sistemas para a operadora de
segundo de atraso em relação ao sinal telefonia celular, poderá obrigar a AT&T a
original, formando assim uma imagem comprar de volta o equipamento fabricado
“paralela” à original. O sistema foi inven­ sobre o qual houve vazamento. Mas isso e
tado pela Philips nos Estados Unidos. nos Estados Unidos...