Page 18 - Telebrasil - Julho/Agosto 1994
P. 18
Torno óptico, um processo essencial na fabricação da fibra pelo processo MCVD (modified Chemical vapor deposition).
INDÚSTRIA
Pirelli Cabos inaugurou, em 17 por importantes fornecimentos de América Latina. A Pirelli tem uma
de junho, com a presença do cabos ópticos para as rotas de São fábrica, em tecnologia MCVD. na
A m inistro das comunicações, Paulo-Campinas, da Telesp (1990); Inglaterra que ela obteve juntamente
Djalma Bastos de Morais e demais São Paulo Rio de Janeiro, da Em- com a aquisição da Standard Tele-
convidados, sua nova unidade de fa bratel (1992/93); e São Paulo - Belo phone and Cables - STC. No caso da
bricação de fibras óplieas. Situada no I lori/onte (1994). Pirelli no Brasil, seis engenheiros
complexo industrial que a empresa já Hoje, o Brasil consome cerca de estagiaram no CPqD da Telebrás para
possuia em Sorocaba (SP), a nova 100 mil km de fibras por ano mas os absorver a tecnologia de fabricação da
unidade fabril vai iniciar sua produção planos da Telebrás dão a entender que fibra óptica.
com 30 mil km anuais. serão consumidos entre 700 e 800 As instalações de Sorocaba tiveram
mil/km de fibra nos próximos quatro a torre de estiramento - fabricada pela
Convênio anos. Em comparação, o consumo engenharia da Pirelli - e um dos dois
mundial de fibra óptica é de 8 a 9 mi tornos do processo MCVD transferi
Após o hino nacional entoado pelo lhões de km/ano. Com a recente inau dos do centro da Pirelli, em Santo
coro dos empregados da Pirelli, regi guração da fábrica de Sorocaba, o André. O restante dos equipamentos
dos por Mara Campos, o Ministro País fica equipado com três forne são de origem inglesa e norte-ameri
descerrou placa comemorativa ao cedores de fibras - os outros são a cana. O processo de produção da fibra
evento. A seguir, o presidente da ABCXtal e a Bracel e Pirelli - todos envolve a centrais de gazes, o trata
Telebrás, Adyr da Silva e o diretor com base no processo MCVD (modi m ento de efluentes, as áreas de
Pio Gavazzi da Pirelli firmaram con fied Chemical vapor deposition) e uti
vénio de cooperação técnica c de lizando receita de fabricação do CPqD
transferência dc tecnologia do CPqD da Telebrás.
para fibra óptica. Adyr da Silva elo O diretor superintendente da
giou o descortínio da Pirelli e disse Pirelli, Pio Gavazzi, disse á TELE-
que o Brasil está na vanguarda da BRASIL que foram investidos US$5
implantação de estradas eletrônicas milhões na fábrica de fibra em
de alta velocidade utilizando cabos Sorocaba e que mais US$ 4 milhões
ópticos. serão necessários para chegar à ca
Ludgero Pattaro, diretor da divisão pacidade final prevista de 120 mil
de telecomunicações e energia da Pi km/ano. Ainda que o custo mundial
relli Cabos, afirmou que a recente uni da fibra óptica é um índice não ofi
dade de Sorocaba vai diminuir os cus cialmente divulgado, fala-se em va
tos da fibra para a empresa. A nova lores orientativos em torno de 3 a 3,5
fábrica passou a ocupar 1300 m2 de centavos de dólares por metro.
área construída c é convenientemente A nova unidade fabril da Pirelli vai
vizinha dos 2.000 m2 que a Pirelli desempenhar papel estratégico na cor
dedica à produção de cabos ópticos e poração. Ela é um dos quatro centros
que tem a capacidade de processar mundiais de desenvolvimento de tec
anual mente até 200 mil km/ano dc nologia na área de fibras e cabos ópti
fibra. A Pirelli Cabos foi responsável cos da Pirelli e servirá ao mercado da Pio Gavazzi. diretor-superintendente da Pir< ‘