Page 24 - Telebrasil - Março/Abril 1994
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Os efeitos produzidos na economia bra
sileira pelos juros da dívida externa sào
piores do que os do choque do petróleo.
Nas TCs, fala-se que já foi atingido o
“fundo do poço”. A indústria nacional
1S T T e t e b r a / i l
sofre cada vez mais com a falta de en
comendas do sistema Telebrás. O setor
trata de reagir politicamente e envia um circunstanciado
memorial ao Ministro da Fazenda, Antonio Delfim
Netto. “Recessão não é solução”, esta é a asserção com a
qual a Abinee-Associação Brasileira da Indústria Eletro-
eletrônica se dirige em documento ao Ministro.
Aum enta o coro dos que defendem a privatiza
ção como saída para a crise. Os ventos privatistas
sopram principalm ente no exterior, sobretudo na
(/. D) Luís Sampaio, representando a Embratel, o deputado
Inglaterra e nos Estados Unidos. Em Editorial publicado
Aníbal Teixeira e o senador Virgílio Távora debateram
na TELEBRASIL o presidente da Telebrás, Euclides a lei de informática e a privatização das TCs.
Quandt de Oliveira, no entanto, pergunta: *‘A Quem Inte
ressa a Privatização?”. O Ministério das Comunicações,
por sua vez, realiza o I Congresso Nacional de Comuni
cação e Informação-Conein, em São Paulo, SP, para dis
cutir precisamente a reclamada extinção do monopólio
estatal das TCs.
O Brasil inicia o ano com dez milhões de linhas tele
fônicas, com interligação em 4.021 municípios. A
Embratel lança sua rede nacional de pacotes-RENPAC e
inaugura um centro de controle operacional de satélite,
em Guaratiba, RJ. Também inaugura, em Tanguá, RJ, a
primeira estação brasileira para comunicações marítimas
via satélite. Trata-se de Tanguá IV, uma antena parabóli
ca cuja importância maior é a interligação de navios e
A Embaixadora
plataformas de petróleo com as demais TCs de todo o norte-americana,
mundo. Diana Dougham,
Com o advento da transmissão digital e a chegada das defende em São Paulo
centrais CPAs, inicia-se a digitalização da rede brasileira as vantagens da
, privatização.
de TCs. O CPqD da Telebrás desenvolve a central de co
A sua direita, o
mutação digital Trópico R. É a Teleinformática que empresário Olavo
surge. Depois de uma longa discussão, é aprovada a Lei Setúbal.
de Informática, regulamentando a reserva de mercado
para bens de informática.
O telefone brasileiro ganha um padrão, com Ericsson.
Multitel, Standard Eléctrica, Equitel e Gradiente sende
credenciadas para fabricá-lo. No Rio de Janeiro, uma li
citação para edição de listas telefônicas atrai a concor A Central Trópico,
rência de vinte empresas. Em Caldas Novas, GO, reali desenvolvida pelo
za-se. em agosto, o XIII Painel TELEBRASIL. O teiru CPqD da Telebrás,
contribui para a
é desenvolvimento tecnológico.
digitalização da rede
brasileira de
telecomunicações.