Page 49 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1994
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TECNOLOGIA
S i n a l i z a ç ã o T U P e I S U P
ma de sinalização por canal comum,
um tipo de sinalização é determ inada
S inalização c a linguagem que as cen pelos serviços que a rede requer. A dotado de TUP Instalado nas centrais
trais de comutação utilizam para tro
car informações, pedir a ação de outra telefônicas, este sistema permitirá que o
"user part" ISUP é a m ais adaptada
central, acusar o recebimento da mensa para a expansão das novas redes cujo transporte de mensagens seja feito por
gem, reportar o resultado de uma ação e grande desafio c seu gerenciam ento canais específicos e não pelos canais de
enviar o aviso de eventos. Datando de Os próprios sistem as de sinalização, voz. como nos equipamentos em opera
1964, a sinalização N°5, padronizada pelo hoje, já tem um a certa dose de ção atualmente. Renato Fantoni, gerente
CCITT. utiliza tons de multifrequência gerenciam ento embutida. desse projeto, declarou que o sistema
para trocar informações em baixa veloci No Brasil, o centro de desenvolvimen que será fornecido para a China c base
dade. Já a sinalização N°6 que data de to de software da Ericsson, localizado ado nos padrões do CCITT. com a inclu
1972 introduziu a noção de "canal co em São Paulo, desenvolveu para a rede são dos requisitos necessários ao merca
mum" que é uma via independente da de telecomunicações da China, um siste do chinês. (J.C.F.)
transmissão da mensagem principal e por
onde transitam pacotes digitais de com
primento fixo, a 2.4 kbit/s.
Com a chegada do ambiente digital na
transmissão da informação, em 1980,
surgiu a sinalização do CCITT N°7, com
mensagens de tamanho variável c uma
estrutura em camadas destinada a sepa
rar as funções de processamento c de
transporte. A sinalização N°7 está em
continuada evolução. Incialmenle, ela
apresentou dois módulos, um destinado
ao serviço básico c outro aos serviços
suplementares, como o da identificação
de chamadas.
Os "scrvice parts" são módulos lógicos
que compõem o processamento de uma
chamada. Eles desembocam nas "user
parts" que integram a transferência de
mensagens (transfer pari).
Em 1984. acrescentaram-se aos "service
parts" - referentes ao serviço telefônico e
à comutação de circuitos - dois novos
módulos. Um deles, para tomar conta da
rede digital de serviços integrados-RDSI
c outro para coordenar a conexão da sina
lização. Em 1988. surgiu o módulo para
aplicações de base de dados.
Visto sob o ângulo de camadas sucessi
vas. a sinalização N°6 tem um núcleo para
efetuar a telefonia tradicional (plain old
telephone Services -pots). Na sinalização
N°7, este núcleo controla a sinalização
multisequcncial 6 envolvido por uma ca
mada TUP (telephone user par!) c outra
para ISUP (integraliou Services digital
network). A TUP é para serviços não-
RSDI como para chamadas básicas. Ela
codifica a informação a 64 kbit/s para voz
contida numa faixa passante de 3.1 KHz.
As especificações TUP permanecem es
táveis desde 1988. Já a ISUP é projetada
para aceitar RDSI e redes inteligentes
com uso da T C A P (transaction
capabdities application parts).
Segundo Hans Appenzellcr, do Bell
Northern Rcsearch-BNr, a escolha de A sinalização entre centrais é importante na rede digital
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