Page 28 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1993
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negócios* ~ ^ .w ! **
I n d ú s t r i a D e C a b o s S e R e d i s p o e
indústria de cabos se movimenta
i i célere para ganhar posições na
Í
—i verdadeira rede de difração que
¦se tomou o mercado de telecomu
nicações ópticas. Até o ano 2001, o
sistema Telebrás vai adquirir seis
mil quilômetros de cabo OP-GW e
quatro mil de cabo óptico, acenou
Acyr Pitanga Seixas Filho, diretor
de planejamento e engenharia da Te
lebrás. A Portaria 148/91 determina,
contudo, que o sistema só vai adqui
rir produto importado se houver es
cassez, má qualidade ou alto preço
no “ produto nacional” , este com
um mínimo de 60% de nacionaliza
A introdução da fibra e cabo óptico na rede da Tclebrás é irreversível.
ção (Portaria 126/91). E sem “ atesta
do de qualificação técnica- AQT”
da Telebrás (normas 104 e 101) fibra
e cabo também não serão adquiridos. absorver até 300 km de fibra/ano,
A fibra óptica já é fabricada no mais que o dôbro da capacidade da
Brasil pela ABCXtal e Bracel com fibra produzida no país.
“ receita” tecnológica do CPqD e A Telcon, em Sorocaba, com equi
em técnica MCVD hoje disponível pam entos da Swisscab, está inaugu
no mercado mundial, que permite “ pu rando facilidades “ lim pas” para pro
xar” até 40 quilômetros (o mais co dução de cabos ópticos em alta velo
m um 6 20/25k) de fibra de uma só cidade. Segundo Altevir Piva, da
vez. Mas, a Pirelli dá os últimos reto Telcon, a em presa tem capacidade
ques em sua fábrica de fibra óptica, da ordem de 200 mil km veia/mês.
em Sorocaba. Uma gigante multina com 2/3 em cabos plásticos e 1/3
cional, ela dispõe das técnicas OVD- em papel.
Outside Vapor Dcposition, junto com Uma das esperanças da indústna
a Infoss italiana e a VAD- Vapor de cabos é que a fibra nacional seja
Axial Dcposition, na Inglaterra, — isenta de IPI, o que aumentaria sua
que permitem “ puxadas” de até 280 com petitividade no exterior. 0 cus
a 300 quilômetros — mas vai utili to da fibra nacional está em tomo
zar MCVD no Brasil. de dez a 12 centavos de dólar por
A Furukawa, outra potência inter metro, considerado compatível com
nacional na área de cabos, tem esta os preços praticados lá fora. A indús
do silenciosa. De acordo com um es tria nacional prevê bons negócios
pecialista, a tecnologia japonesa de de cabos ópticos para os países do
torre vertical VAD é para grande ca Amplificador total mente Óptico a fírbio, desen M ercosul, já se falando em milhares
volvido no CPqD.
pacidade. Não seria surpresa, porém, de km s exportados.
uma associação da Furukawa com o Na área de cabo “ OP-GW” (0-
CPqD para otimizar estrategicamen fim do ano a empresa quer fabricar pen Ground Wire) — um misto de
te uma situação local. cabo óptico, aqui. Conjectura-se no cabo óptico e pára-raios em linhas
A Corning, detém o know how in setor que a poderosa corporação nor elétricas de transmissão — a Alcoa
ternacional do processo OVD e dom i te-americana poderia estar negocian anunciou seu plano de nacionaliza
na o mercado da fibra de dispersão do parceria ou aquisição de uma em ção com investim entos de US$7,4
deslocada, própria para enlaces ópti presa nacional. Rodolfo M arsicano, m ilhões. Até m arço de 1993, a mon
cos de grande distância. “ Não preten diretor-presidente da M arsicano, dis tagem do “ O P-G W ” será feita aqui.
demos fabricar fibra no país” , disse se que sua empresa investiu US$3,5 m as com núcleo importado. Em ju
Paul G. Martin, diretor de desenvol milhões, em 2.500 metros quadrados nho de 1994, a Alcoa passará a usar
vimento de novos negócios da em pre de nova fábrica, e poderá produzir fibra nacional da ABCXtal — a fi
sa. A fibra Dispersion Shifted, tam até 2.500 quilômetros de cabo/ano, bra exportada voltará sob forma de
bém fabricada pela ABCXtal, é cer ainda este ano. núcleo O P-G W — e na fase final,
ca de 30 a 40% mais cara que a fibra Mário Lang, diretor da Ficap, ex sem data fixada, toda construção se
monomodo padrão. plicou que a empresa, controlada des rá feita no país. Segundo Eduardo
de 1992 pelo grupo Arbi ao invés Roberto Lepian, gerente industnal
Cabos da Ericsson, investiu US$6 m ilhões da Alcoa, haverá uma redução, res
numa fábrica nova de cabos ópticos, pectiva, de 9/14/30% no preço do
Crescem as perspectivas de produ sendo inaugurada no parque indus produto. No Brasil, a Pirelli já tem
ção de cabos ópticos no país. Ben trial da empresa, no Rio de Janeiro. o “ aqt” para seu cabo OP-GW.*
Cavazos, vice-presidente da AT&T, Essa unidade de produção de cabos
declarou à TELEBRASIL que até o ópticos, superautom atizada, poderá (J.C.F.)