Page 44 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1993

Além das cataratas, tornadas ainda mais
grandiosas pela cheia do rio Iguaçu, a
localidade de Foz, abrigou ao Final de
outubro o II Seminário de Novas
Tecnologias e Serviços de Teleco­
municações - Semint, um evento vivendo
a elevação do cenário tecnológico mas
também a queda da auto-imagem do país
frente aos últimos escândalos políticos e
à persistência de uma inflação econômica
de raízes sociais.
Representando o perfil de empresas
nacionais e multinacionais que atuam no
mercado fornecedor de equipamentos de
TCs, patrocinaram o II Semint, ABC Buli,
Alcatel, ANT Bosch, AT&T, Autel, Avel,
Bamerindus, Baytcc/Tclesciences,
Computei, Construtel/Batik, CPM/
AT&T, Daruma, Digitro/IBM, EdisaHP,
Editei, Embratel, Equitel, Ericsson,
Furukawa, Icatel, Inepar, Monytel,
Motorola, NEC, Northern Telecom, NT
Wireless, Pirelli, Promon, Raychem, Sid,
Splice, Sucesu, Tektronix, Telecom-JT,
Tclcmulti,Telcsis/Octcl,Telular, Unisys,
Wandcl&GoItermann, Zxítax.
O II Semint esteve sempre
movimentado, graças a um público
estimado de 700 pessoas, com gente dc
20 países.
conferencistas brasileiros e estrangeiros,
dc alto nível. O apoio da United Nalions
Industrial Devellopment Organization -
Unido resultou na negociação de uma
consultoria do CPqD para uma delegação
africana. Em paralelo, uma feira de
equipamentos permaneceu durante quatro
dias, à disposição dos congressistas, nos
saguões do turístico Hotel Bourbon.
OII Semint foi arquitetado e executado
pela Telepar e pela Associação Brasileira
da Indústria de Eletricidade e Eletrônica
- Abineee. Uma incansável equipe de 70
funcionários da Telepar contribuiu para
que tudo desse certo. Coube a Laudálio
Veiga F°, gerente do programa de
qualidade total, ganhar homenagem
pública que repartiu com a esposa, Janete.
O I Semint transcorre, em 1991, em
Curitiba, sobre novas tecnologias e o
próximo já está marcado para 1995, em
Foz de Iguaçu.
Na mesa de abertura, estiveram presen­
tes os ministros de Estado, Hugo Napoleão
das Comunicações e da Indústria, do
Comércio e Turismo, José Eduardo
Andrade Viera. O Ministro da Ciência e
Tecnologia, Israel Vargas mandou um
representante. Pela Telebrás veio Juarez
Quadros do Nascimento, diretor de
Ministro das comunicações, H
Viera (de óculos) e o anfitrião Paulo Roberto Cordeiro, presidente da Telepar.
coordenação e operações e serviços e
pela ECT, Antonio Roldão, Atuaram com
anfitriões, os presidentes da Telepar, Paulo
Roberto Cordeiro e o da Abinee, Nelson
Freire. Completavam o elenco de perso­
Foram dezenas dc nalidades, Jorge Maluly Neto, presidente
da câmara federal de ciência, tecnologia,
comunicações e informática, os deputados
Wcrncr Wanderer e Renato Johnsson do
Paraná, além de autoridades locais.
Paulo Roberto Cordeiro lembrou, na
ocasião, a importância da tecnologia e de
seu impacto social. Tocou na escassez de
recursos financeiros que aflige o 3° mundo
e os reflexos que isso trará para o próximo
milênio. Advogou a desregulamentação
e a privatização das TC, "com ampla
discussão nacional" e a chegada de um
capitalismo moderno, sem aumento da
concentração da renda. O presidente da
Abinee, Nelson Freire—ele é da Ecil S/A,
empresa de automação industrial —
defendeu a empresa estrangeira instalada
no país que gera empregos e a
concorrência da empresa privada com a
Telebrás. Dois painéis debateram,
acaloradamente, a política industrial e o
modelo das comunicações.
Na área
internacionais, Hisaei Kikuchi da NEC/
Tohoku falou de Total Quality Control
que reduz o tempo do processo produtivo
e propicia a inovação. O presidente,
emérito, dos laborâtorios Bell da A&TT,
Ian Ross, mostrou o impacto futuro da
microeletrônica, fotônica e software nas
u r o Napoleão (ao centro) com o Ministro da ind. & com., turismo, José
TCs. Executivos alemães trataram do
gerenciamento das redes. A comutação
fotônica - o início será em redes privativas
— ficou a cargo dc Marko Erman, da
Alcatel e a sinalização n°7, de Hans
Appenzeller, da Bell Northern. Paolo
Finzi, da Pirelli, tratou do cabo Unisur.
Seria impossível citar todos palestrantes
presentes mas estiveram representadas a
Hughes, Ericsson, Equitel, CPqD, Sie­
mens, Daruma, Wandel&Goltermann.
Motorola, AT&T Networks, Northern
Telecom, ECI (Israel), Raynet, Edisa/
HP, Furukawa, Telesciences, Splice.
General Data, US West, General Data.
Gartner Group, Prolan, Dígitro/IBM.
Zetax. Falou-se de evolução das redes,
comutação distribuída, comunicações
rurais, reconhecimento de vóz.
transm issão de dados, multimídia,
sistemas ópticos, celulares e inteligentes.
Operadoras da América Latina, dos
EUA, do Japão e da Europa trocaram
informações com o Sistema Telebrás que
Juarez Quadros, em palestra, demonstrou
ser competitivo. O consultor Luis Marins,
da Anthropos, vendeu a idéia que o Brasil
para entrar na comunidade econômica
de conferencistas internacional precisa ressaltar a impor­
tância do homen nas organizações. 0 mun­
do da informática aderiu ao Semint com
palestras da IBM, Unysis e ABC Buli.
O tema do Mercosul foi explorado por
Luiz Carlos Bahiana, presidente da
TELEBRASIL que descreveu como
entraves ao mercado comum. -