Page 18 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1993
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REPORTAGEM INTERNACIONAL
f u t u r o é d a m i c r o e l e t r ô n i c a
J ules Meunier. 37, vice-presiden hardware para outro dominado pelo
software. Este último ocupa 80% do
te de desenvolvimento de comu
esforço de pesquisa e desenvolvimento
tação da BNR, lembra as três
grandes etapas da comutação pública, da comutação", reconheceu o especia
iniciadas pela tecnologia eletromecâ- lista. No caso do DMS-100 e do DMS-
nica, passando pelo controle por pro 100 Supernode — os carros-chefes da
grama armazenado e chegando às cen Northern em comutação — o software
trais totalmente digitais que, hoje, são está sendo reconstruído num esforço
verdadeiros megacomputadores onde envolvendo 1.200 pessoas, recursos da
o software passa a ser o elemento ordem de US$120 milhões e término
chave da flexibilidade. previsto para o final de 1994.
Devido a essa mesma flexibilidade, A nova arquitetura de software se
a idéia de serviço, hoje, é fundamental apoia numa camada de base (sistema
para a arte da comutação. Antigamen operacional), mais perto do hardware
te, oferecia-se ao cliente apenas o uso e vai enfatizar a viabilidade. A ela se
de um telefone e a tecnologia coman sobrepõe uma camada de telecomuni
dava a indústria. Hoje, é preciso prever cações que vai oferecer "serviços para
o que o usuário deseja pagar, além de os serviços", tais como faturamento e
uma simples comunicação telefônica. manutenção da integridade das infor Pesquisa e microeletròmca reduzem os autos
O projetista de comutação atuando so mações e é voltada para as operadoras e aninham os seniços oferecidos.
bre as atuais plataformas digitais, atra de TCs. Segue-se a camada de produ
vés do uso de software, deve preparar tos para os serviços que, por sua vez, ilos com as centrais em operação. Ames
os nós da rede para os serviços que o dá suporte à camada final, voltada de partirm os para o conceito de
usuário irá requisitar. para o usuário. modularidade poderíamos levar até dois
- "É preciso saber o que o usuário quer - "A multitude de serviços hoje ofe anos para adequar um software para
para desenvolver operação e tecnologia recidos torna o sistema complexo, mas determinado cliente. Queremos reduzir
correspondentes. Outro desafio é au a modularidade auxilia a eliminar os este prazo para apenas dois meses",diz
mentar a velocidade na consecução do erros. Hoje. utiliza-se computadores Para desenvolver software para co
serviço. Isto requer mudanças na ma para gerar instruções de computadores. mutação, a BNR estruturou-se emum
neira de estrulurar a programação. Pas Nosso objetivo é ter programas que grupo que trata das camadas básicas,
samos de um mundo comandado pelo podem ser modificados ou acrescenta- outro para as de serviços, além de um
terceiro orientado para processos e
ferramental de desenvolvimento. A lin
guagem utilizada é o Protel, em com
plemento às linguagens C e C++, para
uso operacional, além de ferramentas
CASE (C om puter Aided System
Engineering) e linguagens de alto nível.
A metodologia utilizada para o desen
volvimento é a de etapas sucessivas-
só se passa para o estágio seguinte após
teste do estágio anterior - que se inicia
com os requerimentos do negócio atéo
sistema estar pronto para o mercado
Para o futuro, a estrutura das redes se
orienta para anéis de fibra óptica -
interligados de forma transparente -
que transportarão sinais digitan
síncronos (Sonet ou SDH ) em alta ve
locidade. Nestes anéis irão desembo-
car vários tipos de comunicações digi
tais, como comunicações celulares pe>
soais, pacotes assíncronos (ATM).nov
de comutação de voz (DMS) e outros
A estrutura central do futuro serátrun
da tecnologia de pacotes ATM-
conjugada ao transporte Sonet/SDH
Ao centro, potente circuito integrado de Arsenieto de Gálio (GaAs), utilizado na transmissão
A diferença clássica entre comutação^
em sistemas de fibras ópticas.