Page 55 - Telebrasil - Março/Abril 1993
P. 55
maior volume de receita para a Te
lesc, até então explorado pela Em-
bratel.
O cabo OP-GW instalado em San
ta Catarina foi projetado para uma
vida útil de 40 anos, com a Alcoa-
Fujikura se responsabilizando por tu
do, do projeto à instalação. Entre as
qualidades do cabo destacam-se a qua
lidade de sons e imagens, livres de
quaisquer ruídos ou interferências, a
segurança operacional — apresentam
alta resistência aos ventos: nos Esta
Douglas de Mesquita explica o funcionamento do OP-GW em Santa Catarina dos Unidos um furacão chegou a ar
rancar do chão as torres de transmis
são de energia elétrica e os cabos con
ligações simultâneas). Segundo Dou compartilhamento com a Eletrosul, tinuaram funcionando.
glas de Mesquita, apesar de vir aten concessionária de energia elétrica do O sistema apresenta ainda capaci
dendo ao plano de expansão, a Te- sistema Eletrobrás que cobre os Esta dade para um maior volume de infor
lesc enfrentava dificuldades em satis dos de Santa Catarina, Paraná, Rio mações — quanto maior o número
fazer à demanda reprimida na área Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. de fibras, maior a capacidade de trans
de transmissão de dados e imagens, Pelo acordo, a Eletrosul cedeu as tor missão, de dados, voz (sons) e ima
além, é claro, da necessidade natural res de transmissão para a passagem gens. A Telesc pretende expandir o
de atender ao usuário na sua deman do cabo OP-GW e em troca ganhou sistema e interligar todo o Estado de
da por completar ligações de modo um par de fibras ópticas para utilizar Santa Catarina por fibra óptica até
rápido e eficiente. na comunicação entre as suas substa- 1996, com um novo projeto abran
O projeto implantado em Santa ca ções ao longo da rota instalada. gendo mais de 1.500 quilômetros. “ So
tarina pela Alcoa-Fujikura totaliza Segundo Douglas de Mesquita ‘‘des mos pioneiros na América Latina. Que
68.760 canais, o que, segundo técni de 1989 um grupo de engenheiros do remos agora ser o primeiro estado bra
cos da Telesc, representa um aumen departamento de planejamento da em sileiro a ter cobertura total em fibra
to de 300% sobre o que já havia ins presa buscava uma solução para que óptica’’, afirmou, animado, Douglas
talado no Estado. Para viabilização a Telesc assumisse o tráfego de inte de Mesquita. »
do projeto a Telesc fez um acordo dc rurbanos na rota de onde provém o
Telerj: rctoria cia Telerj tomou a decisão dc ex cações — o minuto de utilização do celu
lar custa hoje Cr$6.468,56 e a assinatura
tingui-la dc vez. As primeiras 17 estações
radiobasc, que cobriam apenas os limites básica Cr$544.353,83 — a demanda pelo
dois anos de celular. do espaço geográfico metropolitano, com celular é crescente: diariamente são co
preendido entre a Barra da Tijuca e a mercializadas em média 150 unidades. Ca
Ilha do Governador, foram expandidas da usuário paga em média US$160 por
Primeiro a funcionar no Brasil, o sistema mês, pelo uso do canal e da assinatura.
de telefonia celular implantado pela Tc* para 49. Novidades estão sendo pensadas para se
Petrópolis, Tcrcsópolis, Angra dos Reis,
lerj no Rio de Janeiro completou dois anos Cabo Trio c Búzios, Niterói e São Gonça- rem oferecidas aos usuários. Alguns já
em janeiro passado. O início se deu em lo, além de grande parte da Baixada Flu começam a se beneficiar de uma delas.
1990, com o usuário aderindo através de minense passaram a integrar o sistema. Trata-se do serviço “ follow me” , através
caução, cujo valor cra dc US$20 mil. Mesmo sendo um serviço bem mais caro do qual o próprio usuário pode transferir
Entre as iniciativas para implantação c do que os demais na área dc tclccomuni- para o seu telefone comum quaisquer cha
ativação do sistema, pesquisas demons madas endereçadas ao seu telefone celu
traram que para gerar uma demanda de lar. “Com esse e outros serviços que pla
10 mil telefones celulares no Rio dc Ja nejamos oferecer, esperamos manter a de
neiro, o preço da caução não deveria ul manda em alta para até o final deste ano
trapassar US$8 mil por terminal. Em ja operarmos com cerca de 80 mil terminais
neiro de 1991, a Telerj começou a devol celulares” , estima Chamat.
ver, em créditos c linhas telefônicas, o Segundo o presidente da Telerj, Eduardo
valor excedente, pago pelos usuários nas Cunha, a operadora irá encomendar, da
primeiras cauções. NEC, ainda este ano, 40 mil terminais
Na época, a medida provocou certo es adicionais para expansão do sistema.
panto: pela primeira vez no Brasil um ór Para a NEC do Brasil, responsável técni
gão estatal devolvia dinheiro pago a mais ca pela implantação do sistema no Rio de
por alguém. Mas a perplexidade rapida Janeiro, montanhas e túneis, na opinião
mente se transformou num valioso pro de Roberval Chamat, da Telerj, não che
duto de marketing: a credibilidade na Te garam a ser um grande problema. Entre
lerj. “Com a empresa prestando um ser as dificuldades enfrentadas pela operado
viço de muito bom nível e sendo cada vez ra, a mais difícil de superar não foi a
mais exigente com a NEC, responsável topografia, mas o roubo dos caríssimos
pelos aspectos técnicos do sistema, con cabos instalados dentro dos túneis. O pro
solidamos a operação” , diz Robcrval Jo blema até hoje não está totalmente resol
sé Chamat, chefe da Divisão de Telefonia vido. ir
Celular, da Telerj.
Em setembro de 1991, com o valor da
caução já reduzido para US$2 mil, a di- Rohtrvfíl Cluimat, da Telerj. (R.N.H.)