Page 54 - Telebrasil - Março/Abril 1993
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Reportagem:
Roosevelt Nogueira de Holanda
ções de Santa Catarina S.A. cabos de alumínio, uniu-se em joint-
Ao presidir o ato de inauguração, venture à japonesa Fujikura, líder na
Douglas de Macedo de Mesquita, pre produção de fibras ópticas. O suces
sidente da Telesc informou que o in so da empresa está ligado ao sucesso
vestimento foi de USS20 milhões, com da tecnologia do OP-GW, que pro
recursos oriundos da própria receita porciona qualidade, confiabilidade e
da empresa, através de autofinancia- segurança, garantindo a comunicação
mento proporcionado pela venda de entre vários pontos da linha de trans
novos terminais telefônicos. missão de energia sem qualquer inter
Com 18 fibras ópticas, perfazendo ferência ou ruído.
través do sistema de cabo pára-
 canais por par) o cabo OP-GW insta mais de 15 mil quilômetros do siste
Atualmente, a Alcoa-Fujikura acu
nove pares (com capacidade para 7.680
raios OP-GW (OpticalGround Wi-
mula experiência na implantação de
rc), instalado em linhas de trans
lado em Santa Catarina faz parte de
missão de energia elétrica, foi inau
ma, somente na América do Norte,
gurada no dia 11 de março, em Flo um sistema que terá 1.100 quilôme onde detém 85% do mercado.
tros de extensão e que deverá estar
rianópolis, uma linha de telecomuni concluído em quatro anos. A instala
cações com 377 quilômetros, ligando ção do cabo OP-GW em linhas de O OP-GW no Brasil
as localidades de Joinville c Siderópolis. transmissão de energia elétrica em al
Largamente utilizado nos Estados ta tensão não provoca nenhuma in Lançando mão de sua larga expe
Unidos, o OP-GW é um avançado terferência no meio ambiente. Isto por riência adquirida nos Estados Unidos,
sistema que permite alta capacidade que aproveita a infra-estrutura da li a Alcoa-Fujikura ofereceu às conces
de transmissão de dados, sinais de voz nha preexistente, dispensando a ne sionárias brasileiras as informações so
e imagens, utilizando fibras ópticas cessidade de construção de posteamen bre o sistema, sua capacidade de am
enfeixadas no interior de um cabo. tos ou galerias e o uso de enlaces rá pliação, sua eficiência e sua viabilida
Iniciado cm fevereiro de 1991, o en dios com economia do espectro de de. Como no Brasil as fontes gerado
lace inaugurado cm Santa Catarina é radiofrequência. ras de energia elétrica geralmente fi
um empreendimento conjunto da Elc- A história do OP-GW começa em cam muito distantes dos centros de
trosuI-Centrais Elétricas do Sul do Bra 1985, nos Estados Unidos, quando a consumo, o OP-GW tornou-se alta
sil S.A. com a Tclcsc-Telecomunica- Alcoa, empresa líder no mercado de mente adequado. Na medida em que
o cabo pára-raios sobre a linha de
transmissão é obrigatório, sua substi
tuição pelo cabo preenchido com Fi
bras ópticas surge como uma solução
do tipo ovo-de-Colombo.
As obras com os sistemas de cabos
ópticos subterrâneos custam em mé
dia US$30.00 por metro linear. No
Brasil a Telesc foi a primeira conces
sionária do sistema Telebrás a vislum
brar as vantagens técnicas e econômi
cas do OP-GW. Na região onde está
instalado, beneficia as maiores cida
des do Estado, como Joinville, Blu
menau, Florianópolis, Tubarão e Cri
ciúma. Nessa áreas estão 40% da po
pulação de Santa Catarina, 2/3 de
todo o tráfego de comunicação, 70%
das ligações interurbanas realizadas e
a maior parte do comércio, da indús
tria e dos serviços do Estado.
Antes da instalação do novo siste
ma as comunicações eram feitas via
microondas com 960 canais (ou seja:
O sistema cm cabo pára-raios nas L T s da Elctrosul a capacidade máxima de apenas 960