Page 16 - Telebrasil - Julho/Agosto 1993

Como Alcatel vê

as redes futuras

O mercado de comunicações de voz cresce de

4 a 6% ao ano e o de dados de 20 a 35% e a partir de 1995

as comunicações de dados passarão a predominar.

— “ As redes digitais tendem para terconexào entre redes locais, a que

faixas passantes maiores e maior ca­ se seguirá a introdução de estruturas

pacidade de comunicação, mas é pre­ centrais (backbones) de alta capaci­

ciso organizar sua transição rumo às dade, acima de 2Mbit/s.

redes de faixa larga” , foi o recado de O passo subsequente é a introdu­

Antonio José Quitério, da Alcatel Te­ ção de “ backbones” , de capacidade

lecomunicações, em recente palestra. crescente, para dar suporte às comu­

No mundo empresarial cresce a uti­ nicações. Assim, estruturas centrais

lização de redes locais(LANs). É o de “ frame relay ou quadros” servi­

fenômeno do “ downsizing” em que rão para coligir pacotes X.25: de

computadores centrais passam a ser SMDS, com protocolo DQDB (IEEE

substituídos por conjuntos de micro­ 802.6), para constituir redes metro­
José Quitério, da Alcatel.

processadores interligados — as re­ politanas; e de ATM para dar supor­

des locais — com a consequente des­ te às estruturas em “ frames” e em

centralização da informática. Redes células SMDS (switched multimega-

locais precisam ser interligadas. Ho­ bits datil scrvicc). As redes ATM de de tráfego, com um multiplexador acei­

je, são utilizadas redes de pacotes do faixa larga para dados, voz e imagens tando canais virtuais, de voz, dados e

tipo X.25 c sua sucessora de protoco­ — o objetivo futuro — conviverão imagem e produzindo um caminho vir­

lo mais simplificado, tipo “ frame re- com as rede de faixa estreita e utiliza­ tual. Depois, se multiplexam caminhos

lay” , mas as corporações ainda en­ rão multiplexes e comutadores ade­ virtuais antes de dirigi-los já concen­

contram um gargalo nas comunica­ quados. (vide box). trados a uma estrutura de transporte

ções de LANs a longa distancia. Por Referindo-se ao mundo Alcatel, Jo­ comum SDH/Sonet. Do ponto de vis­

outro lado, cresce a demanda por co­ sé Quitério explicou que as atuais re­ ta lógico, as células ATM têm uma

municações integradas, voz-dados-ima- des de dados podem ser estruturadas camada (bits) para adequar o trans­

gem, pessionando para o uso de maior utilizando centrais de trânsito c aces­ porte e a comutação ATM ao serviço

faixa passante. so, do tipo Alcatel 1100 PSX. Tais prestado.

centrais podem ser interligadas por José Quitério referiu-se ao Alcatel

Novas Redes uma estrutura de troncos — uma cen­ 1190 e ao Alcatel 1000 para passar da

tral tem ligações diretas com outras RDS1 de faixa estreita para a de faixa

— “ As novas redes para dados de­ — formando uma malha de comu: larga. Primeiro, com uma comunica­

vem ter capacidade de tráfego, geren­ nicaçõcs do tipo X.25 ou de “ frame ção para área' metropolitana (MAN)

ciamento integrado e confiabilidade. relay” , de baixa velocidade. Uma tal e depois para um sistema totalmente

O usuário vai lutar para a melhor so­ rede poderá evoluir para um núcleo ATM. Já o Alcatel 1010, èm tecnolo­

lução para suas necessidades, seja ela central de transporte, de alta veloci­ gia ATM, permite às redes públicas e

pública ou privada” , observou José dade, com comutadores ATM, do ti­ corporativas evoluírem do acesso X.25

Quitério afirmando que, no Brasil, po Alcatel 1100 HSS, interligados, que e frame relay para redes voz-dados-

grande parte da redes ainda são ana­ terão como tributários centrais peri­ imagem. O Alcatel 1600 se destina a

lógicas e há pouco incentivo no uso féricas 1100 PSX e de trânsito de aces­ introdução de sistemas de transporte

de serviços de valor agregado, ressal­ so 1100 HSS. síncronos SDH, do CCITT, ou So-

vados os serviços de mensagens Uma tal arquitetura ATM pode ope­ net, da Ansi.

(X.400), videotexto e de correio ele­ rar não só com comunicações de “ fra­ — “ Existe toda uma gama de pro­

trônico. me relay” , X.25 e estruturas proprie­ dutos para implementar soluções em

O caminho rumo à rede de faixa tárias como a SNA (System NetWork redes de comunicação de dados, co­

larga parte da fase atual centrada em Arcbitecture) da IBM, bem como trá­ mo comutadores-mux para faixa es­

facilidades de faixa estreita com a uti­ fego de redes locais (LANs) e de mul- treita e faixa larga, comutadores-con­

lização de circuitos ponto-a-ponto, ti­ tiplexaçâo TDM. A simplicidade da centradores para X.25 e frame relay,

po E l, e de redes comutadas de paco­ estrutura ATM permite sua implemen­ e comutadores ATM para faixa lar­

tes, tipo X.25. Estas últimas consti­ tação por hardware e o estabelecimen­ ga” , lembrou o executivo.

tuídas de circuitos virtuais comuta­ to de caminhos virtuais — contendo

dos — como no caso da Renpac da vários canais virtuais — entre redes Metropolitana

Embratel — ou permanentes. O pró­ locais situadas em localidades distintas.

ximo passo vai ser a da introdução Na arquitetura da Alcatel, ocorre Ao descrever uma arquitertura de

do serviço de “ frame relay” para in- um primeiro estágio de concentração comutação para área metropolitana,