Page 19 - Telebrasil - Julho/Agosto 1993
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Na comunicação voz-dados por tec
nologia de células, as informações ocu
pam estatisticamente toda a faixa pas
sante do meio de transmissão. Isto
representa um inconveniente para a
comunicação de voz, caso os dados
ocupem por longo tempo o meio co
mum. A comunicação de voz exige
que os pacotes de informação che
guem na ordem com que foram en
viados e com retardos máximos ga
rantidos. Uma solução para o tráfego
misto voz-dados é o uso de uma ar
quitetura híbrida em que se atribui
uma parte da faixa passante a qua
(E-D)José Luis de Souza
(Northern Telecom; dros de informações para o transpor
e Pedro Quirós te de dados mantendo outra para
(da ascomTimcplex;. canais fixos para comunicação de voz,
explicou o executivo da ascomTime
plex.
A introdução das fibras óticas nas
redes corporativas vai favorecer as co
municações locais com topologia em
anel com o uso de protocolos FDDI-
II (acima de 100 M B it/s) que darão
suporte a comunicações de computa
dores de grande porte, a rede locais
de micros e a PABX. Estes anéis lo
cais poderão se interligar a nós de
comunicações contendo roteadores e
interfaces para a rede pública e co
mutadores de células para interliga
ção TDM, do tipo T l/E l ou T3/E3.
edro Quirós, vice-presidente pa cando rumo a velocidades cada vez As redes se encaminham para o uso
P Timeplex — fornecedora de equi mais elevadas. Ainda predominam as de facilidades de faixa larga a serem
ra a América Latina da ascom-
redes do tipo Ethernet, ainda muito
dadas por enlaces digitais de fibras
populares (62%) mas que estão dan
pamentos de comunicação de da
dos — falou em recente encontro das do lugar à participação crescente das ópticas de âmbito local, interurbano
tendências deste mercado. As redes redes do tipo token ring (26%) e com e internacional. Prevê-se para o futu
são hoje constituídas de sistemas de fibra óptica FDD1 (7%). O tamanho ro o uso de pacotes, de tamanho fi
pacotes X.25; multiplexadores e cir das mensagens está crescendo (hoje xo, com tecnologia ATM/RDSI-FL
cuitos digitais do tipo E l/T l cm torno de 100 K bit/s) e o tempo de — modo de transferência assíncrono
(2,048/1,544 M b it/s); enlaces com par resposta que o usuário quer está di /rede digital de serviços integrados-
telefônico c modem até 9,6 Kbit/s; minuindo e tende para 1 segundo. faixa larga. As futuras redes tendem
enlaces digitais de 64 Kbit/s (nos EUA No ambiente corporativo, as redes para uma arquitetura padrão dotada
é de 56 K b it/s); e rede locais de com locais — ethernet e token ring — ope de acesso simples, conectividade to
tal, e gerenciamento da faixa para qual
putadores. rando em velocidades de 10 a 16 Mbit/s quer tipo de aplicação voz-dados-ima-
Dentre as forças que tendem a mo podem desembocar numa estrutura gem.
dificar este “ status quo” , ele citou a central FDD1 (padrão IEEE 802.n)
pressão para maior interligação entre de 100 Mbit/s, que também pode re Ao fornecer um panorama dos di
redes locais, o crescimento do tráfego ceber tráfego de computadores de gran versos tipos de serviços digitais Pedro
digital, agora envolvendo textos, grá de porte. Equipamentos roteadores, Quirós mostrou que os EUA utilizam
linhas privativas locais para suporte
ficos e imagens. Estes fatores pressio com conexões para pacotes “ frame
nam a demanda por maior faixa pas relay” e interfaces para X.25 permi aos padrões de multiplexação T1/T3
sante c melhor tempo de resposta das tem a ligação das estruturas das FDDI e os europeus para suporte aos canais
de 64Kbit/El e de 8 a 34 Mbit/s.
redes. Por outro lado, as operadoras com redes de longa distância, do tipo Para 1995, transitarão pelas redes ve
de comunicações estão passando de T l/E l.
um ambiente de monopólio para ou locidades maiores através dos padrões
tro de competição, com tarifas sendo Operadoras norte-americano Sonet e europeu SDH
escalonadas. Na nova conjuntura, a (syncrhonous digital hierarchy).
oferta de novos serviços e a adoção O executivo da ascomTimeplex re No caso das ligações a longa dis
de padrões internacionalmente acei presentou a futura arquitetura das ope tância, as redes privativas se valem
tos, passa a ser fundamental para as radoras públicas como constituída de de tecnologias frame relay (padrão
operadoras de TCs, observou o exe um núcleo central de transporte de 1.122/1.122) e “ cell relay” . Com a
cutivo. alta velocidade, em tecnologia óptica mesma finalidades são oferecidas nas
Pesquisas mostraram que o fator Sonet/TDM, suportando uma cama redes públicas, desde o início dos anos
que mais está influindo para modifi da ATM (assyncrhonous transfer mo- 90, os serviços RDSI de faixa estreita
car as redes que transportam dados é de) para acesso comutado de células, e de frame relay de valor adicionado.
o tráfego gerado por computadores pacotes X.25, quadros (frames) e uma Somente para depois de 1995 são
ligados em rede local. Nos EUA, as camada T l/E l para circuitos dedica aguardados os serviços de faixa larga
redes locais também estão se modifi dos e por comutação de circuitos.