Page 43 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1993

pacotes chegam ao destino por cam i­
As redes atuais oferecem serviços são transportadas até seu destino, on­

nhos diferentes e são ordenados na
que variam de 4,8 a 9,6 kbit/s, em de se reconstitui a inform ação original.

chegada para restituir a sequência com
linhas analógicas com modems, a m úl­ No m odo síncrono ou M TS, a ca­

que foram originariam ente transm iti­ tiplos de 64 kbit/s até 2 M bit/s na pacidade de conexão em b it/s é m an­

dos. Noutro m étodo, um prim eiro pa­
cham ada rede RDSI-FE de faixa es­ tida constante, independentem ente da

cote estabelece um encam inham ento treita (C C /7T G.704). E linhas pon­ aplicação original necessitar, ou não,

a ser seguido pelos dem ais pacotes
to-a-ponto, não com utadas, operan­ desta capacidade. Já no m odo assín­

referentes a uma conexão. Isto dá a
do a 2 M Bit/s são utilizadas para trans­ crono, a capacidade da conexão po­

garantia que os pacotes subsequentes missão de canais de televisão. derá ser quase periódica em alguns

chegarão a seu destino, na mesma or­ casos e,em outros, ocorrer em raja­

dem em que forem enviados. O cam i­
F ib ra das, dando m elhor aproveitam ento da

nho percorrido pelo pacote é “ vir­ capacidade da rede. Se uma fonte não

tual” , no sentido que ele não transita A introdução da fibra ótica nas re­ gera tem porariam ente sinal, não se

numa conexão física e contínua, en­ des aum entou muito a capacidade de gera célula ATM , perm itindo que ou­

tre os pontos de origem c de destino. transporte da inform ação. Já se fala tra fonte em superatividade valha-se

A Rede Nacional de Pacotes - Rcn- nos países economicamente desenvol­ deste aum ento de capacidade. A isto

pac opera neste sistema de encam i­ vidos - que desenvolvem tecnologia e se denom ina de “ gerenciam ento de

nham ento virtual, com pacote inicial, a disseminam mercadologicamente - faixa” . E mais im portante, a trans­

mas na sua expansão, prevista para sobre as redes de faixa larga, com missão assíncrona, não periódica, fo­

breve, passará a operar com pacotes velocidades acima de 2 M bit/s. Acre­ ge da inflexibilidade do m odo síncro­

independentes. dita-se que para a distribuição de ca­ no e facilita sobrem aneira a com bi­

A com unicação por pacotes, cm te­ nais de televisão de alta definição - nação e a com utação de sinais de di­

se, não se adapta bem ao transporte TVAD serão necessárias redes ope­ ferentes origens.

de sinais digitalizados de voz. Na re­ rando em velocidades de 100 M bit/s Um dos problem as sendo discuti­

de de pacotes não se pode garantir com picos de até 150 M bit/s. do, em grandes em presas fornecedo­

um intervalo constante na chegada dos Na transferência de dados a alta ras de sistemas de TCs, com o a AT& T,

diversos pacotes originariamente trans­ velocidade, acima de 2 M bit/s, hoje Alcatel, Ericsson, Siemens e Nec, é

mitidos. Neste caso, a qualidade da se fala na utilização dos modos de como levar o sinal de faixa larga mais

voz, a ser reconstituída a partir dos transferÊncia síncrona ou MTS e as­ econom icam ente até a casa do usuá­

bits recebidos, sofre com o retardo síncrona ou MT A. No modo síncro­ rio. É o problem a de distribuição na

ou avanço relativo existente entre eles. no, utilizado atualm ente em aplica­ ponta da rede que é levemente referi­

Em outros term os, a rede de pacotes ções de até 64 kbit/s, um número per­ do como o problem a da “ últim a mi­

não apresenta um com portam ento sín­ manente de bits fica periodicamente - lha” - nada tendo a ver com dinheiro

crono. isto é “ sincronicamente” - disponível e sim com distância no sistem a m étri­

O transporte da inform ação digi­ para cada conexão existente na rede. co inglês. Um a das soluções e levar

tal é medido em bits por segundo. Já no m odo assíncrono, a ser adota­ sinais de serviços de distribuição de

Quanto mais alta a velocidade do trans­ do no futuro nas redes de faixa larga, televisão (analógica) e de faixa estrei­

porte, em hps, m aior volume de in­ a inform ação que se origina de am ­ ta (telefonia, RDSI) para um mesmo

formação e m aior largura de faixa bos os lados de uma conexão é colo­ grupo de usuários e utilizar um a m o ­

passante do meio de transm issão es­ cada em células de tam anho fixo - rna fibra com m ultiplexação óptica

tarão sendo considerados. Serviços, daí a denom inação de cell relay - que por diferentes com prim entos de onda.

utilizando m odem s, operam na faixa

de 300 a 9600 b it/s e são considera­

das aplicações de baixa velocidade,

visto serem inferiores a 64 kbit/s.

Esta é a velocidade que, teoricam en­ Hierarquias Digitais

te, transporta com perfeição um ca­

nal de voz e é a base da Rede Digital Ás hierarquias digitais de multiplc- depois, pelo CCITT com o nome de

de Serviços Integrados - RDSI. O aces­ xação foram primeiramente introduzi­ HDS (hierarquia digital síncrona) O'

so do usuário à RDSI é de dois canais das no ambiente de transmissão. O mun­ níveis CCITT do HDS são 155 >20

de 64kbit/s, acrescidos de um canal do digital, binário, se move em torno Mbit s e de 622.OSO Mbit > que lhe e

‘‘de controle” de 16 kbit/s. O con­ das potências matemáticas de dois, dai quatro vezes maior. Outro nivei pre­

junto é referido com o acesso (2B + D). se favorecendo os números visto é o de 2.4SS Mbit s.
4/8/16/32/64 para mover bits em pa­
Nas redes digitais grande esforço á hierarquia HDS não tomara os
ralelo, como nos computadores. Parti­ atuais sistemas obsoletos mas sera pre­

tecnológico é aplicado para fazer o
cularmente favorecido c o número oi­ ciso operar no mínimo a 622 Mbit s

melhor uso possível dos bits disponí­ to que forma um octeto ou, na termi­

veis para a transm issão da inform a­ nologia inglesa da informática, “byte". quando se quer integrar sinai- de faixa
larga e estreita. O nixd básico do HDS

ção. Assim, utilizam-se mecanismos As hicraquias digitais 2/8/34 140 e um módulo de transporte síncrono

para reduzir redundâncias e “ com ­ Mbit/s foram definidas de modo as­ (MTS-I) a 155.520 Mbit > que corres­

prim ir” sinais analógicos com inteli­ síncrono. Cada nível hierárquico apre­ ponde a 9 conjuntos de 2'0 b \te*. re­

gibilidade aceitável. Um canal de voz senta uma quantidade de bits ligeira- petidos S mil vezes por segundo Cada

mente superior - para efeito de geren­
telefônico pode ser com prim ido de MTS-I pode carregar hierarquia* da*
ciamento e controle - do que um exato sicas de 2 S '4 140 Mbit s. alem de
64 kbit/s para 32, 16, 8 e até 4 kbit/s
múltiplo do nível inferior. Para elimi­ bits de controle. \ o Sonet. o acesso
e permitir a conversação. Imagens mó- nar problemas na função de cross con

veis podem ser transm itidas com ve­ básico e o STS-I a 51.84 Mu * O
nect em que se requer demultiplexaçào u'/ STS-3C corresponde ao STM-1 do

locidade variável, de acordo com a e remultiplexaçào no nível em causa HDS. O Sonet encontra aplicações na*

necessidade. Um sinal de televisão po­ foi definida pela \NSI. norte ameri­ redes metropídiianas - Má \ e o S T M - :

de, assim, ser codificado de 25 M bit/s cana, a hierarquia Sonet (Syncrhonous nos enlaces interurbanos c no* * o te­

a picos de 34 M bit/s, em momentos Optical Network) que foi retomada. mas cross-eonnect urbanos

de alta variação de ilum inação e de

movimentação da imagem.

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