Page 14 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1993
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Sagre e Gis melhoram telefone
0 projeto Sagre da Telebrás, centro da capital paulista; tem outra
parte sendo feita em convênio com a
ainda na infância, poderá Eletropaulo; e se move agora rumo à
custar dezenas de milhões região Leste da Grande São Paulo.
de dólares e levar de cinco a Na Telemig, o Gis está bastante
dez anos para ser concluído. adiantado, com Roberval Bacha à fren
te dos trabalhos de implantação. Na
Telepará, houve estudos de demanda
Sagres, conta a História, é o pro
montório de onde partiam as naves telefônica com levantamento de cam
po. Paulo César Ribeiro, da Pace,
lusitanas para conquistar o Mar Te
nebroso. Giz é o conhecido bastonete que realizou o trabalho em Belém,
que todo aluno usa para escrever em recomendou que as plantas utilizadas
quadros-negros. Os homófonos, Sa no SNDT sejam utilizadas para o Sa
gre e Gis, (vide Glossário) sâo siglas gre para salvar tempo e dinheiro da
aplicadas às operadoras de telefonia. Telebrás.
O serviço telefônico envolve milha
res de registros. Um simples pedido Palestras
de mudança de aparelho da Rua “ A”
para a Avenida “ B” aciona um me Ocorreu no auditório do CPqD,
canismo que vai desde marcar uma O sistema de informações geográficas vai mo em Campinas, São Paulo, sob a coor
visita na casa do cliente, até verificar dernizar o gerenciamento da rede. denação de Cláudio Viollato, o I Se
que par telefônico estará livre para lo); cinco por cento estão em escala minário de Conversão de Dados de
essa mudança. A Telcrj gerenciou 46 de 1:25 mil; e menos ainda encon Mapeamento Urbano Básico e de Re
mil ordens de serviço, em apenas dez tram-se na escala ideal para o GIS, de Externa. Reunindo mais de duzen
meses, relatou um técnico da empresa. de 1:1.000 (1 cm = 10m). Convênios tas pessoas, durante dois dias, o even
com prefeituras, empresas de energia to contou com a presença de empre
Desafio elétrica e outras, sobre uso de plantas sas de software e de serviços para Gis,
existentes se enredam em dificulda de representantes das operadoras e da
O maior desafio de um bom servi des administrativas. Telebrás e de orgãos municipais inte
ço telefônico é a execução de uma Parte crítica do processo GIS é a ressados.
enorme quantidade de tarefas rotinei obtenção de dados sobre a rede exter Sérgio Kramer, da Soltec, defen
ras a serem executadas sem perda de na e sobre sua localização geográfica, deu a rasterizaçào dos mapas seguida
qualidade. A automação pode ajudar. onde até teodolitos eletrônicos (dào de vetorização; Fernando Pereto, da
Através do plano internacional de in entrada automática de dados em dis Digitmapas, mostrou a otimização de
tercâmbio técnico, PNUD, a Telesp quete) podem ajudar. Segundo em dados em meios magnéticos; Eduar
irá receber seis consultores da SIP ita preiteiros especializados, a conversão do Guttiérez, da BBX, apresentou o
liana, especialistas na área de auto dos dados para dentro do computa Raven, versão 1.7, que opera com Win
mação de métodos de rede. dor pode chegar a 75% dos custos de dows, estações de trabalho Sun e ser
No Sagre, o uso do computador é toda a implantação do Gis, com ve para conversão automática de da
preponderante. Um cenário possível US$3.00 cobrados por conjunto de dos. Ele diferenciou GIS de CAD: o
é uma tela de vídeo mostrando o ma “ atributos” colocado em computador. primeiro contendo apoio à decisão; o
pa de um bairro, que o computador A entrada de mapas no computa segundo, não.
armazenou. Usando um “ mouse” (dis dor pode ser feita por processo “ ras- Em sua palestra, Francisco Sarmen
positivo que serve para mover o cur ter” (vide Glossário) com o uso de to, da Sisgraph, distribuidora dos pro
sor na tela do computador) um ope “ scanners” . Mais precisa e lenta é a dutos Intergraph, disse que, em mé
rador posiciona o cursor num ícone vetorização manual, com uso de me dia, 63% dos mapas existentes para
(símbolo visual no vídeo) e comanda sa digitalizadora e a vetorização com conversão de dados estão em papel e
um “ zoom” que aumenta a área da auxílio total ou parcial de computador. o restante em microfilme e em CAD.
imagem, a fim de localizar a Rua “ A” . A implantação do Sagre no siste Explicou que a Intergraph oferece scan
A seguir, teclando comandos, ele aces ma Telebrás está sob a responsabili ners de até 4 mil pontos por polegada
sa uma base de dados que identifica dade da diretoria de coordenação de quadrada e produtos para melhorar
para a Rua “ A” que pares telefôni operações e serviços, com o CPqD originais ruins, com base em limiares
cos estão disponíveis. No total, a ope atuando na parte técnica. No passa de contraste (em inglês “threshold”).
ração levou menos de um minuto. do, iniciativas similares ao Sagre fo Pela Tecnologia Avançada, que ope
Este estágio requer bons mapas ur ram efetuadas por operadoras como ra com produtos da Itachi e da Infor
banos — algo difícil de obter — e a Telpe, Telemig e Telesp. Nesta últi mation Graphics Systems, Marcos Cos
dados apurados descrevendo os com ma, o projeto Sagre — com a equipe ta defendeu a conversão de mapas e
ponentes da rede externa. Dez por cen de José Antonio Andreta — já conta a introdução de registros alfanuméri
to do País estão em mapas de 1:50 cos por técnicas raster, .vetorização
mil (isto é, um centímetro no mapa com base geográfica em computador manual e semi-automática, a seu ver
corresponde a meio quilômetro no so- (na escala de 1:100) de boa parte do o melhor mix para o cliente. Christo-