Page 43 - Telebrasil - Maio/Junho 1992
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Suard que, no entanto, foi discreto sobre
concorrência e pela maior exigência de
\ quais autoridades brasileiras contactou e seus (grandes) usuários.
\ que mensagem iria dar.
r Tecnologia é a palavra-chave da mdús- B ra sil
I tria de TCs e seu desenvolvimento movi
menta bilhões de dólares. A Alcatel in- O vice-presidente da Alcatel Teleco
I veste acima de 10% de seu faturamento municações, Cláudio Dascal, que é origi
[ em pesquisa e desenvolvimento. Luis Jac- nário da Elebra Telecon, explicou , a pe
I quesCompanyo achaque muitas das atuais dido de Pierre Suard que a Alcatel Tele
| empresas fornecedoras de TCs não terão comunicações vai funcionar ao longo de 4
[ fôlego para desenvolver tecnologia para áreas de negócios, simplificadamente, Re
[ sobreviver, sequer esta década. Ele pre des Públicas, Sistemas Privados, Rádio
viu a reestruturação de toda a indústria .Espaço & Defesa (inclui telefonia móvel)
i eletrônica mundial até o ano 2000 resul- e Projetos Especiais (Turn-key), comple
f tando na sobra de três a quatro grandes mentadas por uma área industrial e um
| organizações multinacionais, provavelmen- Pierre Suard. centro de P&D, em Campinas (SP). Geo
[ te de base européia, norte-americana e presidente da graficamente, ficam em São Paulo as ins
I japonesa. Alcatel NV.
talações fabris da antiga Elebra e no Rio
I Em relação à tecnologia Trópico, dis- as da SESA RIO , da Standard Eletrôni
I se Louis Companyio à TELEBRASIL que saudável", mas acrescentou que ela “so ca e da ex-ABC Teleinformática (Telletra).
[ a Alcatel lhe dará suporte local, o mesmo mente" tem 6% do mercado mundial de A Alcatel Telecomunicações vai colo
[ que faz com a CPA da índia. Segundo o TCs. car vários produtos novos no mercado bra
I executivo, no entanto,"o Governo brasi Na área da telefonia celular, a Alcatel sileiro, inclusive o célebre Minitel que é
leiro não está preparado para verter os se concentra no sistema digital GSM (grou- um terminal de acesso videotexto, doublé
| investimentos necessários a fim de desen- pe special mobile) que se estende para de computador pessoal, para consumo de
I volver o Trópico num sistema de comuta- toda a Europa, para o Oriente Médio, Chi massa. Na área de comutação digital, a
I ção verdadeiramente mundial”. A Alcatel na e Austrália. Na batalha dos padrões - pièce de resistance será o avançado
I tem em carteira 60 milhões de linhas de os sistemas celulares não são compatíveis Sistema-12. Segundo o diretor executivo
• a Alcatel vai ter certamente um papel
;
I comutação e possui as tecnologias E-10 preponderante em favor do GSM A Amé com ampla experiência na área de comu
da Standard Eletrônica, Roberto Kresch,
(mais antiga) e S l2 que vão convergir
rica Latina, por ora, opera no sistema ana
para um sistema digital único, compatível.
Frente às variações locais de rede e de lógico AMPS, com acesso por divisão em tação, foi adjudicada à empresa a trânsito
de Boa Vista-Roraima com mil troncos e
padrões encontradas nos diversos países, tempo TDMA, com evolução para o digi que é “a primeira central Sistema-12 a
[ inclusive no Brasil, a estratégia mundial tal DAM PS que opera na faixa de 800 MHz. entrar na Rede da Em bratel”. Duas ou
aplicada pela Alcatel, como faz na Indetel A tendência mundial no mercado for tras centrais trânsito, Sistema-12, estão des
I mexicana, é utilizar engenheiros locais pa- necedor das TCs é rumo aos contratos tinadas a Jaú e Presidente Prudente, num
I ra fazer as necessárias adaptações no soft- em turn-key. Nestes, um fornecedor prin total de 8 mil troncos. Em referÊncia à
I ware de seus produtos de linha. Quanto cipal se responsabiliza por entregar a obra política a ser seguida para as centrais T ró
I ao fornecimento de componentes microe- chaves-em-mãos ao adquirente. As opera pico, o presidente Manoel Octávio disse
I letrónicos, a Alcatel os adquire no merca- doras agora querem se concentrar em ope que "faremos valer nossos direitos anuais
I do, sob projeto da organização, mas man- rar serviços e não mais fazer grandes en para 120 mil terminais dos contratos de
( tém a Mietec belga como sua reserva téc- genharias. Outra tendência é a da moder obrigação e quiçá 50% do mercado de
I nica. Em termos de concorrentes para o nização e digitalização da rede dotada de terminais de novos centros de fio, confor
| segmento de comutação da Alcatel, no gerenciamento cada vez mais "inteligen me reza a Portaria 711”. A Alcatel. no
' Brasil, Jacques Louis Companyo, mostran- te”. Como tendência final, as operadoras Brasil, agora cruzou o Rubicon e como
de TCs vão se orientar mais para o mar
I do estar bem informado, reconheceu que diz a História "a sorte foi lançada” v
\- a Ericsson goza aqui de "uma posição keting de seus serviços premidas pela maior
(JCF)
E U S O U
A Alcatel Telecomunicações
nova organização brasileira, que em mento corporativo e externo. reuniu as antigas Elebra (grupo Docasj
realidade é uma joint venture acio- A composição acionária da nova em M ultitel (Ivan Botelhoj e ABC Telein
nária e tecnológica de capitais brasilei presa é basicamente constituída pelo gru formática (Luiz GarciaJ como uma coisa
ros com o grupo internacional Alcatel, po Reserva/Itau (36%), grupo Catagua- só e manteve em operação separada, mas
foi apresentada à imprensa no Salào P ri zes-Leopoldtna (31%/ Alcatel N V (24%/ integrando o grupo Alcatel, as empre
mavera. do Hotel Maksoud Plaza, pelo grupo Boa Esperança (9%/ Pierre Suard sas Standard Elétrica ou SESA RIO e a
Próprio Pierre Suard, que veio especial- disse que a intenção da Alcatel - que Standard Eletrônica. A SESA RIO foi
mente ao evento viajando em seu exe- aceitou entrar no Brsail sem ser sócio mantida em separado p or razões acioná
cutive jet Falcon privado. Também es m ajoritário ¦ é adquirir o controle da rias e a Standard Eletrônica por razões
tavam presentes no filtro fino de execu- nova empresa mantendo porém o rela estratégicas. A Companhia Telefônica de
lJYos escolhidos para a apresentação, cionamento com os parceiros brasilei Espada e o Banco E xterior de Espada
Manoel Octávio Penna Pereira Lopes. ros e a administração brasileira. A Alca detém cerca de 20% da SESA-Rio, o
Presidente da Alcatel Telecomunicações; tel Telecomunicações, sendo lançada no restante sendo da Alcatel NV. via Stan
Miguel Canalejo, presidente da Standard Dias das Comunicações, resultou de um dard Eléctrica espanhola. A Standard
‘-letronica de Espada, que fo i o braço paciente trabalho de aquisições e de con Eletrônica, além de especializado know
p Alcatel em sua penetração no Brasil: solidação da organização ao longo de 5 how em tecnologia de comutação digi
edro Regatero e Cláudio Dascal, res- anos e relembrando, no Brasil e em pon tal. detém um dos dois contratos de obri
Pectivamente vice-presidentes executivo to menor, o processo de nascimento da gações do grupo para fornecimento de
‘ adjunto, da Alcatel Telecomunicações, própria Alcatel mundial. centrais Trópico para a Telebrás (o ou
de Françoise Sampcrmais e F n tz A Alcatel Telecomunicações SA, que tro é com a ex-Elebra/
Uçri executivos da área de relaciona sucede como holding à Standard TCs,
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