Page 42 - Telebrasil - Maio/Junho 1992
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SURGE A A 1 L C Ái T L ?
U
TELECOMUNICAÇÕES
S
por meio da Indetel terá um duto de pe cado interno para depois exportar e as
netração na América Latina”, afirmou Luiz sim mesmo a preços competitivos com o
A A lc a te l é a N ú m e ro 1, m u n
Rebollar Corona, presidente da Indetel restante das empresas do grupo Alcatel".
dial, fo rn eced o ra d e eq u ip a m en mexicana. Em relação a operar sistemas de TCs,
to s e siste m a s d e teleco m u n ica Pierre Suard, 57, um engenheiro natu ele explicou que “é política mundial da
ral de Lyon (FR.) e oriundo da própria Alcatel só se movimentar nesta direção
ções, d e te n d o e n tre 13 a 15% CGE, afirmou que o Brasil era o último se for convidada e para ser um parceiro e
d o m e rc a d o in tern acion al. N a grande mercado que faltava para comple nunca de uma maneira que. possa ser vis
da m a is p recisa ria s e r d ito . E la tar a presença da Alcatel no mundo e que ta como hostil pelos seus clientes”.
a reunião de 5 empresas do Rio e São Sob o mesmo tema, LouisJacquesCom-
agora, em 5 d e m aio, se in stala
Paulo sob o nome Alcatel representava panyo, diretor para assuntos internacio
n o B rasil, a p ó s algu n s an os d e negócios para 330 milhões de dólares nais da Alcatel NV e presidente da Alca
co n so lid a çã o e com ca p ita l m i anuais. Caracterizando a Alcatel como um tel Trade Internacional, também adotou
grupo Europeu e fazendo um pouco de a mesma posição pragmática. Disse ele à
n o ritá rio so b a den om in ação ofi geo, ou melhor, de telepolítica, ele disse TELEBRASIL que “a Alcatel não se en
cia l d e Alcatel Telecomunica que Brasil está atrelado aos EUA, em vir volve em política local dos países e sim
ções. tude da posição geográfica, mas achou que acompanha a sua estratégia para o desen
os norte-americanos “têm seus próprios volvimento das TCs. Até na China faze
problemas a resolver” e aproveitou para mos negócios. Na Rússia temos 15% de
recomendar ao Brasil que está na hora de uma Rede Especializada. Problemas polí
“restabelecer os laços tradicionais que sem ticos, se os há, resultam apenas em maior
4 4 ^NBrasil representava a última pe- pre manteve com a Europa”. Os negócios demora na implantação de novas tecnolo
V ^ça que nos faltava no quebra-ca da Alcatel na Europa representam 75% gias” , afirmou o executivo.
beça chamado Alcatel”, disse Pierre Suard, do total, nos EUA representam 9% e na
presidente mundial da corporação por oca América Latina 5%. Tecnologia
sião do lançamento formal no Brasil da O executivo ináximç da Alcatel elo
“Alcatel Telecomunicações”. A partir de giou o nível de competEncia técnica que O presidente da Alcatel mundial, Pier
5 de maio de 92, o triângulo eqüilátero de encontrou no Brasil, um País que “junta re Suard, registrou que a tecnologia está
cor laranja especial, que marca o logotipo mente com o México serão as platafor revolucionando o mundo e que a Alcatel
da organização que atua em 110 países • mas da organização para a América Lati investe em 12 centros de pesquisa, com
com subsidiárias em 75 e fábricas em 26 na”. Para ele, o Brasil é um grande mer 1800 cientistas e 18 mil empregados. A
- passou também a simbolizar a “Alcatel cado em potencial, tem ambiente propí seguir, ele justificou que a err.presa sem
Telecomunicações”. A Alcatel é conside cio para n realização de negócios e gente pre hesita em ceder sua tecnologia se não
rada a fornecedora mundial número 1 de competente. O Governo brasileiro tem in tiver a salvaguarda do controie acionário
sistemas de comunicação e cabos, graças tenção de resolver os problemas da eco da organização, uma exceção aberta •
a um faturamento anual de 19,4 bilhões nomia brasileira a fim de levar o País a pelo menos a curto prazo - para o caso
de dólares (ciados de 91), uma presença de fazer parte do mundo industrializado. Fren brasileiro. Um País que recebe tecnolo
30% do mercado mundial de comunica te às novas tecnologias industriais, o anti gia pode lhe agregar valor e ficar na van
ções, um investimento em pesquisa tec go modelo de dar emprego e produzir guarda e o Brasil com sua base industrial
nológica de 2,2 bilhões de dólares, uma com ineficiência, mesmo se já funcionou e experiência em Pesquisa e Desenvolvi
força de trabalho de 120 mil pessoas. em certos países, está fadado a não fun mento está pronto a se beneficiar da tec
Uma fantástica constelação de empre cionar mais. nologia que a Alcatel pode trazer. Mas a
sas situadas em vários países, a Alcatel Prosseguindo, disse o Presidente da luta pela obtenção de capitais é grande. 0
inclui as SEL alemã, Bell da Bélgica, Ca Alcatel que o futuro do Brasil “depende Leste Europeu vai precisar de muito ca
nadá Wire, Standard Elétrica espanhola, rá não só do trabalho de seu povo mas pitai e Japão, Europa e EUA estão em
Cable Systems e Network Systems dos também da forma com que o trabalho for recessão. “O Brasil precisará se abrir ao
EUA, CIT (ex-CGE) e Telespace france aplicado”. Respondendo a uma pergunta capital estrangeiro, como outros países já
sas, Indetel do México, STR suíça e mais sobre exportação local, disse o executivo o fizeram, para se modernizar e penetrar
recentemente da Telettra italiana. A Al que primeiro “será preciso atender ao mer no primeiro mundo”, finalizou Pierre
catel tem posição majoritária em empre
sas de 21 países como na França, Bélgica,
Canadá, México, EUA, Taiwan. Através
do antigo império da ITT, do qual a Al
catel é herdeira, sua presença na América
Latina data de 35 anos e ela tem repre
sentações no Chile, Colômbia, Peru, Uru
guai e Venezuela além de sólidos interes
ses na Argentina além de Brasil e México.
A. Latina
Na Colômbia, a Alcatel fechou contra
to para 150 mil linhas digitais e no Méxi
co das duas milhões de linhas contrata
das pela Telmex - que conta com capital
da France Telecom - 900 mil foram outor
gadas à Alcatel. Na Argentina, a Alcatel - Na foto,
através da Telefônica de Espafta - tem Miguel Canalejo,
participação acionária na operação dasTCs Manoel Octávio Penfl-
Pereira Lopes e
no Norte do País. “No México, a Alcatel
Pierre Suard.