Page 50 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
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TELEBRASIL
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Um espaço livre em defesa de idéias Revista Brasileira <>
Telecomunicações
e Informática
Uma publicação bimestral da
A Q u e s t ã o d o T r ó p i c o TELEBRASIL Associação
Brasileira de Telecomunicações
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Gilberto Geraldo Garbi. presidente da NEC do Brasil. Av Pasteur, 383 Urea CEP 222^
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Rio de Janeiro RJ
Não resta a menor já se perguntou por que é que empresas
S ecretário Executivo:
dúvida que os equipa que fabricam Centrais Trópico firmaram Gennyson Castro Azevedo
mentos da família acordos tecnológicos com gigantes interna
Trópico constituem cionais cujos produtos são fortes ^concor DIRETORIA DA TELEBRASIL
um dos mais expres rentes da tecnologia brasileira? E difícil P residente:
Luiz de Oliveira Machado
sivos marcos da enge acreditar que, ao colocarem os pés em
nharia brasileira. In- dois barcos, aquelas empresas estejam con D iretores:
dependentemente de fiando no futuro do Trópico, comprometi Arm ando Luiz Medeiros
Carlos de Paiva Lopes
já estarem eles, ou das com ele ou dispostas a lutar por sua Haroldo Corrêa de Mattos
não, no mesmo nível evolução e por sua sobrevivência no mer Jayme João Mansur
Oswaldo L Nascimento F*
de seus competidores no mercado interna cado até o fim. Há o risco de que o Trópi Salomão Wajnberg
cional, o fato é que a realidade da tecnolo co venha apenas a ser “usado” como for EXPEDIENTE:
gia Trópico coloca o Brasil em uma posi ma de consolidação de novos fabricantes D iretor-R esponsável
ção singular no mundo em desenvolvimen em algumas áreas geográficas para depois Arm ando Luiz Medeiros
to, como detentor de uma tecnologia avan ser substituído por equipamentos cuja fon E ditor:
çada à qual somente tem acesso um pe te tecnológica permanecerá fora do País. Joáo Carlos Pinheiro da Fonseca
queno grupo de países ricos. Admirável, A questão da lealdade à tecnologia Trópi (MTb 12.886/DRT/RJ)
louvável e exemplar o trabalho realizado co é um ponto muito sério do qual o Go C onselho de Redação J
pelos cientistas e engenheiros que criaram verno não pode descuidar-se. Nos últimos Antonio Martins Ferrari, Arm,
o Trópico. tempos têm sido bastante intensas as ati Luiz Medeiros, Andrea Benito
L oPresti, Gennyson Castro Ai'-rtdc'
O êxito tecnológico dos engenheiros vidades promocionais dc equipamentos Hum berto Chagas Pradal. Joio Caries
P da Fonseca. Joio Ferreira Dario
brasileiros nas telecomunicações, entretan concorrentes do Trópico feitas pelos pró José Luiz Azevedo Valle, José Raul
to, contrasta, a meu ver, com a política in prios fabricantes do Trópico. É um pon Allegretti. Josemar da Costa Vai n
dustrial inadequada que o Governo vem to que merece muitas indagações e mui Lázaro Jose de Brito, Lenine Rocia.
Luiz Eduardo da Rocha. LuizEmesa
adotando para aqueles equipamentos. Se ta meditação... Krau, Luiz Mauro Vianna Camarço
os rumos não forem alterados, grandes Márcio Machado Rabello Raphae
Roger Douek, Roberto ArcaoC a r d o s o .
conflitos serão criados, muita energia se • Os não fabricantes de Trópico encon Salom ão Wajnberg. Solon B e n a y o a
rá desperdiçada, muito dinheiro será gas tram-se operando no Brasil há várias déca da Silva
to e, ao final de alguns anos, o Trópico das, venceram concorrência internacional R e d a ç ô o :
morrerá. Pretendo explicar por que é que para introduzir suas tecnologias no País Jenner de Paiva
vejo as coisas desta maneira. e têm, de fato e de direito, uma presença (MTb 12 009/DRT/RJ)
Joáo Carlos Pinheiro da Fonseca
Em primeiro lugar é preciso ter em real no mercado. A forma como a burocra (MTb 12.886/DRT/RJ)
mente que a política jamais conseguirá cia governamental está pretendendo prote E q u ip e d e A rte:
derrotar a economia, conforme recente ger o Trópico negligencia esta realidade, José- Ferreira da Silva (programaçá?
mente demonstrado pela desintegração fere os direitos, confíita com a própria po visual)
da União Soviética. E o fato é que a ques lítica do Governo e poderá desaguar em Silvio Sola (MTb. 12 224DRT1RJ)
(Diagramador c Produtor)
tão do Trópico, essencialmente económi uma batalha judicial onde todos sairão
co-industrial, está encharcada de política, perdendo, principalmente o Brasil. C o m e rc ia l:
Gennyson Castro Azevedo
e no processo foram e estão sendo come C& P Publicidade e Represent»:«'4
tidos graves erros. Alguns exemplos: Pessoalmente penso que o Trópico de S/C Ltda SP
va sobreviver, que mais investimentos de A poio:
• A escala de produção de Centrais CPA-T vam ser feitos nele para que evolua, con Aureo Nascimento
é vital para sua competitividade, princi solide-se no mercado e seja mais competi C o m p o sição : Blue Chip
palmente pelos elevados gastos em softwa tivo e que, até mesmo, receba alguma pro
re, que precisam ser diluídos num gran teção ou, melhor dizendo, condições razoá F o to lito : Quimicolor Ltda.
de número de linhas. Nos últimos 10 anos veis que lhe permitam desempenhar o pa Im p re s s ã o
isto já fez com que o número de fabrican pel que a ele se destinou. N a d o n a l G ráfica e Editora Löte
tes no mundo tenha sido reduzido à meta E é exatamente por não querer que o L a b o ra to rio Fotográfico.
de e há quem diga que nos próximos dez Trópico tenha vida curta que sou contrá Wanda
somente sobreviverão cerca de quatro gran rio à política industrial que o Governo,
des. No mundo, repito. No Brasil, por mo oficial ou extra-oficialmente, vem adotan
tivos políticos, foram autorizados 4 fabri do para aquela tecnologia. O problema é
cantes de Centrais Trópico. complexo, envolve direitos, deveres, obje
tivos e estratégias. Deve ser reaberto, re-
As matérias assinadas sfe &
• Os fabricantes de Trópico foram ou es discutido e equacionado de forma harmô responsabilidade de seus aut*reá *
tão sendo autorizados a fabricar equipa nica e objetiva. O simplismo atual, ao in nào necessariamente exprès*» pc*>'
mentos de tecnologia importada que com vés de protegê-lo, levará o Trópico a desa çòes da Associação ou da Revwu.
petem com o próprio Trópico. Alguém parecer após 31/12/94.
T e * e b r o s * t. S e t #
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