Page 31 - Telebrasil - Maio/Junho 1991
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Rede Local:
1_______ 1 ponte -
PC Impressora 1_
LAN LAN
Token ring
modem
Estação WAN
Servidor
Base de Dados
] modem
Ethernet
Computador
Roteador ~ ~ r~ • " 1
Hospedeiro
PS/2 Macintosh
O mercado de redes locais in te rli por máquinas periféricas, como memó puters) até computadores centrais
gando dispositivos de informática rias auxiliares (fitas, discos), terminais (main frames). Na terminologia do
se mostra promissor. Conheça a de vídeo, impressoras, que foram ape mercado, LAN (local area network)
terminologia, a filosofia, a tecnolo lidadas de “burras” visto não terem ou rede local se contrapõe à rede ge
gia deste segmento que tende a capacidade local de processamento. ográfica ou WAN (wide area network).
Com a evolução constante da tecnolo No mundo das telecomunicações pú
crescer.
gia microelotrònica, os dispositivos blicas, LAN corresponde à rede inter
passaram a ficar menores, com mais
na do usuário e WAN envolve o uso
A interligação de computadores vai capacidade de armazenar informações, da rede urbana local, da rede interur
muito alem da simples conexão
física entre equipamentos. Ela envol maior velocidade de processá-las, e bana e até da rede internacional. A
ve um complicado sistema de protoco ainda por cima mais baratos. Sua apli rigor, a LAN se distingue tecnicamen
los e convenções para que as informa cação em informática fez com que os te da simples comunicação de dados
ções contidas n o software façam senti computadores grandes virassem gigan entre computadores pelo tempo de
do. Além das denominadas arquitetu tes em termos de processamento e propagação das mensagens que na re
ras proprietárias dos grandes fornece os computadores ditos “menores” pas de local é otimizada.
dores e que constituem padrões de fa sassem a ter capacidades antes reser Uma rede local opera segundo o
to da indústria de computação, os gran vada aos “grandes”. princípio que a utilização de meios fí
des usuários de informática também O novo mundo da computação, co sicos de interligação comunitária de
emitiram padrões. A Organização In locado ao alcance de (quase) todos, tra ve ser organizada de modo a manter
ternacional de Padrões (em inglês duziu-se por novas denominações que aceitável o tempo de resposta do siste
ISO) estabeleceu um modelo univer inundaram o mercado como mini, su- ma, tal como visto pelo usuário. A tí
sal de interconexâo conhecido como permini, micro, supermicro (computa tulo de comparação, uma troca episto
Interconexão de Sistemas Abertos (em dores). Por sua vez, chips contendo lar de correspondência pelo Correio
inglês OSI) cuja adoção permite que processadores muito pequenos passa levaria da ordem de quatro dias, ao
qualquer máquina possa se conectar ram a integrar periféricos que então passo que o tempo de resposta de
inteligivelmente a qualquer outra. O começaram a ser denominados de in uma LAN deve ser da ordem de pou
modelo OSI é apoiado, em tese, pela teligentes. Tal ambiente, diversifica cos segundos. Redes locais, clamam
maioria dos grandes fabricantes e dos do, criou condições para que computa seus defensores, trazem a cooperação
grandes usuários. Organizações co dores, periféricos e dispositivos pas imediata centenas e milhares de equi
mo a norte-americana Gosip (govern- sassem a se comunicar, trocando da pamentos isolados de informática já
ment OSI prophile) do Departamen dos e depois operando de maneira co existentes nas empresas. Elas hoje en
to de Defesa ou a brasileira Brisa se operativa. contram aplicações desde o comparti
destinam a pugnar pelo modelo OSI. Uma rede local é um sistema de lhamento de periféricos espalhados
comunicação operando de modo coo pela corporação até o controle de pro
Origens
perativo que possibilita a troca de in cessos industriais passando por comu
Houve época em que “grandes com formações e o compartilhamento de nicação cooperativa, acesso a banco
putadores” operavam isoladamente, recursos entre os diversos elementos de dados distribuídos e concentração
tal como um rei comandando seus que integram a rede, desde computa de tráfego local para uso em redes
súditos. Estes sendo representados dores pessoais ou PCs (personnal com- de longa distância.
Existem vários padrões para redes
* A rede local utiliza um melo comum dc interconexão entre equipamentos. O acesso à rede é disciplinado locais. O Comitê 802 do IEEE (Institu-
estatisticamente, via CSMA/CD (carrier senso múltiplo accesa/colision detection) em que cada estação tem
liberdade de tentar enviar mensagens. A tentativa é interrompida c reiniciada, passado um (empo aleatório, te of Electrical and Electronic Engine-
caso ocorra colisão com outra mensagem que esteja circulando na rede. Já no sistema dctcrminístico de senha ers) estabeleceu alguns padrões para
(token), uma permissão único controla o acesso ã rede e c sucessivamente oferecida aos usuários. Quem quiser
acesso à rede. ao chegar suo vez., usa a senha, envia o informação e devolve a senha à rede. O sistema arquitetura física e de acesso à rede,
dctcrminístico garante um tempo de resposta mínimo para a rede e por isto c utilizado cm aplicações industriais. equivalente aos níveis le 2 do mode
O sistema CSMA/CD é mais eficiente do que o token, em baixa carga de tráfego, mas se deteriora rapidamente
com o aumento do n° de mensagens. lo OSI/ISO, que tem sete níveis ao to-