Page 30 - Telebrasil - Maio/Junho 1991
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Daruma:
D e m a n d a d e T P s n ã o e s t á s e n d o a t e n d i d a
s fabricantes de telefones públi sem dúvida alguma, a demanda de
Ocos. no Brasil, se resumem prati TPs não,está sendo atendida. E expli
camente a duas empresas: Daruma e cou: — É necessário que se veja o te
Icatel. Mas os preços de venda ainda lefone público como a forma mais ra
sào considerados caros por alguns di cional de se permitir o acesso da po
rigentes de concessionárias do Siste pulação ao serviço telefónico, através
ma Telebrás. O diretor comercial da de uma política bem definida para im
Daruma Telecomunicações e Informá plementação imediata com objetivos
tica S.A., Múcio Cevola B. Vianna. estabelecidos a médio e longo prazos,
discorda dessa afirmativa ao assegu envolvendo todos os aspectos ligados
rar que se comparado aos similares a operacionalidade do Sistema de Te
estrangeiros, o telefone público (TP) lefonia Pública.
nacional não pode ser considerado ca
ro. "Os preços praticados no Brasil TP a c a rtã o
são inferiores aos praticados em ou
tros países”, acrescentou. Múcio Vianna acha que o TP a car
Múcio Vianna ressaltou, porém, tão é uma decorrência natural da ten
que "os preços poderiam ser menores dência mundial em utilizar dinheiro
desde que fosse estabelecida uma po eletrônico em substituição às moedas,
lítica de aquisição que permitisse uma sejam de papel ou metal, processo es
programação uniforme de produção te sendo levado de forma gradativa
dentro de quantidade que possibilitas e constante pelo uso dos diversos ti
se uma economia de escala, haja vis pos de cartões colocados no mercado.
ta que programação e escala sào com Quanto à adaptação dos telefones pú
ponentes importantes na definição blicos existentes para a utilização de
do preço final do produto”. Segundo cartões, Vianna afirmou que tecnica
Vianna, a Daruma. fundada em 71. mente é possível. "Entretanto, a Daru O orelhão" c dc grande utihdmk «»cap
está trabalhando atualmente com um ma considera que a viabilidade econô fa s rcsulrncuis
terço de sua capacidade instalada dr mica deve ser estudada com muita
produção. Ele citou também os pre atenção, porque os aparelhos atuais que diz respeito a parte eletró
*
ços das fichas telefônicas comercializa foram desenvolvidos em outras condi enfatizou.
das por terceiros (3 vezes mais caras ções tecnológicas, tanto no que diz — Sem dúvida alguma - disa t
do que o adotado pelas operadoras). respeito a parte mecânica, quanto no entrevistado — a utilização docarà
reduzirá certos procedimentos opt:
Im portação cionais, especificamente no que
respeito ao manuseio das fichas o-
O diretor comercial da Daruma. moedas.
cuja unidade fabril cobre 25 mil 2 Para ele, não se pode deixar á
em Taubaté (SP), disse que "definir avaliar o impacto em relação há»-
vantagens que poderiam ser obtidas do TP. que, de uma forma sinter. -
com a importação de TPs passa obri é a utilização do serviço telefônico?*
gatoriamente pela realidade de que lo público em geral Vianna tambr'
os telefones públicos devem ter uma receia a elitização dos TPs a ctd
vida útil prolongada E fez uma per porque "se existem vantagens ope
gunta: "E o problema das peças de cionais para as concessionárias
reposição?". Vianna acrescentou que STB. deve-se tomar o cuidado ? -_
"em igualdade de condições os preços não descaracterizar a função do u
praticados no Brasil são competitivos junto ao grande público, colocaco
u nível internacional", e ele não vê se um telefone de uso seletiu .•«$'
qualquer justificativa para importação ja, somente para quem tiver
de TPs. quando os fabricantes nacio ao cartão.
nais estão, atualmente, com capacida — Devido a esta realidade nó
de ociosa de produção. zação de ambos os sistemas. « P
— Sob qualquer hipótese, a Daru rna vem desenvolvendo esforços 'V
ma. uma empresa de 600 funcionários, firativos para tornar a opeme on.
não consegue encontrar motivos pa de dos TPs a ficha mais omui.--
ra que se ventile a importação de com menores custos, fato este v
TPs. mas mesmo assim ele está se motivou o desenvolvimento dos to*
preparando para enfrentar qualquer nes moedeiros de terceira gvr.c-
situação — enfatizou o executivo. Iclrtonc público inJot\uJo prias operarfu com autodiagnose c telc-super*»*
Quanto ao mercado de telefones i.is do STB cm lo /# * tM rinòihi:s. b o tttiu in s < já incorporados ao aparelho n '
públicos no Brasil. Vianna disse que. futres. co — finalizou Múcio Vianna
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