Page 16 - Telebrasil - Maio/Junho 1991
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O estande da IBM mostrou um fil read only memory) que já vêm grava
me de Walt Disney, utilizando uma dos e só dá para ler; Worm (write on-
rede local token ring e micros PS/2. ce read memory)— que dá para gra
Já em 87, a IBM lançava o produto var uma vez e ler muitas; e o tipo re-
gráfico Story Board. Além disso, o es gravável. Um disco óptico pode arma
tande mostrou a conectividade, ao vi zenar até 600 Mbytes, equivalente ao
vo, da interconexão de plataformas conteúdo de 1,5 mil disquetes de 5
9221, RISC 6000, AS/400 e PS/2. 1/4" polegadas. No entanto, ele contém
A multimídia é aparentada com o apenas 8 minutos de imagem digitali
hipertexto (algum grau de controle so zada em movimento (tipo vídeo) daí
bre texto e imagem), controle interati sendo pesquisados algoritmos para
vo (algum grau de controle sobre o compressão de sinais de imagem.
que acontece na tela), computação grá Em breve calidoscópio — não dá
fica CAD/CAM, e editoração eletrôni para citar os milhares de produtos
ca. Do lado do hardware para aplica presentes — a Feira mostrou na área Excmplo de lap top (Uptatmg).
ções gráficas sobem de cotação os dis de linguagens de programação, o Clip
cos ópticos CD-ROM (compact disk- per 5.0 (opera com MS-DOS 3.1), o ta l vai adquirir 30% do capital total
Visual Basic, o C (versão 6.0), além da E le b ra c o m p u ta d o re s para im
de inúmeras planilhas eletrônicas, co pulsionar a área de Computadores
mo a Exceli (versão 3.0) e de aplicati de médio porte.
vos para as mais variadas finalidades. E a próxima Fenasoft? Ela já está
No campo das alianças, a M onyda- devidamente marcada para 21 a 24
ta (sete anos fabricando computado de julho de 92, desta vez nas grandes
res) uniu-se à tradicional empresa nor instalações do Anhembi, também em
te-americana de informática NCR, fa São Paulo, onde se realizaram muitas
zendo prever a fabricação, aqui, de Feiras de Informática da Sucesu. Afi
micros da linha 386 e 486 além de no nal, não são Associações que promo
te pad, que é um micro que permite vem Feiras Setoriais e sim entrepre
ao usuário escrever diretamente sobre neurs ousados que descobriram o po
a tela de cristal líquido evitando a di tencial econômico (e social?) deste fi
gitação. A Ita u te c vai lançar, junta- lão que se encontrava escondido nos
mente com a IBM, a nova família desvãos do setor quaternário e mais
S400, modelo D-20 a D-80. Já a Digi-
As comunicações presentes nu feira sofisticado da economia.
O microcomputador deixou de agir co computadores) a tarefa de processar apli
Rede Local:
mo equipamento isolado e sua interliga cações e a um computador mais potente
ção através de redes locais (LAN) revelou (por exemplo, um minicomputador), que
que o processamento cooperativo (quem passou a se chamar de “servidor”, tomar
A arquitetura tem acesso à rede tem acesso a todos os conta dos dados. Por extensão, a idéia
recursos que ela oferece) era cada vez de servidor passou a ser utilizada para
cliente-servidor mais importante. gerenciar um conjunto de impressoras (ser- i
vidor de impressão) ou de facilidades de
comunicação (servidor de comunicação).
Um desenvolvimento posterior, deno
minado de cliente-servidor, delegou capa
H ouve época em que se falava em ge cidade de processamento das aplicações
rações de computadores — válvula
termoiônica, transistor, circuitos integra tanto à estação de trabalho (o cliente) quan
dos. Data de 1981, o surgimento do com to ao servidor de dados. Ao “rodar" uma
putador pessoal ou PC que, graças aos aplicação numa rede cliente-servidor, a
avanços trazidos pela microeletrônica, co estação de trabalho (cliente) processa a
locou num equipamento de mesa todo o aplicação e manipula dados com se fosse
poder computacional antes só encontra um micro pessoal operando de forma iso
do em grandes computadores centrais. lada. Cabe ao servidor, armazenar, forne
Em 84, o PC evolui para o modelo AT e cer e proteger os dados, como só pode fa
surgia seu concorrente Macintosh. Em zê-lo uma máquina de maior porte. Tal
86, foi a vez do 386 e 486, com base no arquitetura une as vantagens da estação
chips com processamento de 32 bits si de trabalho (boa comunicação homem-má
multâneos, postos no mercado pela Intel. quina, baixo custo para rodar aplicações)
Do lado do software surgiram novas com a de um servidor ou computador hos
ferramentas gráficas e linguagens orienta A arquitetura cliente-servidor otimiza o uso co pedeiro (bom gerenciamento e comparti
das a objeto, que vieram facilitar o desen operativo de uma rede local. lhamento de dados).
volvimento de programas. As informa Na arquitetura cliente-servidor, só da
ções foram melhor “arrumadas" em Ba O início da comunicação do computa dos específicos solicitados pelo progra
ses de Dados do tipo relacional e distri dor foi o modelo de uma máquina central, ma da aplicação, “rodando" na estação
buídas. Os sistemas ficaram, no entanto, operando em multiplexação em tempo, de trabalho, são fornecidos pelo servidor
mais difíceis de utilizar e o ritmo de cres com terminais sem capacidade própria e transitam pela rede. No modelo ante
cimento do mercado da microinformáti- de processamento. A seguir, interligaram- rior de rede local ocorria a transferência
ca arrefeceu. Procurou-se facilitar a inter se computadores pessoais entre si. Com de arquivos completos entre servidor e
face entre o homem e a máquina, pela a finalidade de otimizar o funcionamen estação de trabalho. A comunicação na re
utilização de ícones (símbolos gráficos) to cooperativo da rede assim formada, re de local com arquitetura cliente-servidor
na tela e de cursores mecânicos (mouses). servou-se às estações de trabalho (micro é mais eficiente. (|CFJ