Page 24 - Telebrasil - Julho/Agosto 1988
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Por dentro do serviço móvel
fnno Carlos Pinheiro da Fonseca
para o usuário m óvel é feito através de como sendo uma mistura de esquema«
Toda nova tecnologia, dos satéli
dois protocolos. U m m ais geral — ou de distribuição F D M A e TDMA. Disse
tes às fibras ópticas ou da tropo-
controle de acesso comum — que é um ele:
difusão, traz consigo ondas de canal de controle "com um ” a todos os — O DS-900 se destina a trabalhai
otimismo quanto às possibilida usuários de uma célula rádio. E le se des na fa ix a d e 900 M H z e conta com
des dos lucros de sua aplicação. tina a entregar uma chamada a um pro 25 M H z em cada direção, fixa-móvelou
tocolo m ais específico, "d o u su á rio” , m óvel-fixa. A cada 25 MHz do espectro
O mundo das telecomunicações
para que se estabeleçam os canais / ne correspondem 124 portadoras rádio, es
vive hoje o impacto de profundas cessários a determinado tipo de comuni paçadas de 200 kHz cada uma. A comu
mudanças: na sua base, com a cação. nicação, a cada instante, se ODera com
microeletrônica; na sua organi — C om a d e fin iç ã o da in te r fa c e um par de freqüências separadas de 45
zação, com a Rede Digital de Ser R D S I - C , te r m in a is m ó v e is podem , kHz. N o sistema FD M A , como se sabe.
agora, ser projetados em diversas ver as freqü ências se enfileiram e sáo se
viços Integrados; na sua abran
sões rádio. Um a versão "de bolso” po paradas por filtros, requerendo a esta
gência, com o eclodir dos serviços derá ser para comunicação m óvel casei- ção fixa tantos pares de equipamentos
m óveis. O m o m e n tu m criado T X -R X , quantas forem as portadoras
pela voragem tecnológica é avas com que tiver de operar.
— O sistem a adotado no DS-900 é o
salador. T D M A (M u ltia c e s s o por Divisão de
Tem po) em que 8 canais de voz são des
locados no tempo e transmitidos, ciclica
O s desafios da telefonia celular sáo mente, por uma mesma portadora. Sáo.
portanto, 124 portadoras FDMA, trans
m últiplos, a começar pelo planeja
m ento cuidadoso do tráfego rádio e do m itindo cada uma 8 canais de voz. repe
arranjo das células, "que deve levar em tidos numa estrutura TDMA de cadên
conta a topografia do ambiente, princi cia fixa ” .
palm en te no caso dos grandes centros Por sua vez, os laboratórios da AT&T
urbanos” comenta Felipe Recio, do ser estão desenvolvendo tecnologia FD.V.4
viço m óvel espanhol. Felizm ente, méto (acesso m ú ltip lo por divisão em fre
dos com pu tadorizados perm item efe quência) para uso celular, a ser implan
tu a r an álises autom áticas da p erfor tada até 1990, com canais rádio em múl
m ance de coberturas de células e locali tiplos de 5 kH z e comunicações de voz
zação ideal de sítios, com base em mapas em pregando (2x5 kHz) e codificação di
topográficos digitalizados. gital de 8 kbit/s.
O utra opção a ser exercida pelos pro
RDSI-C jetistas da indústria celular é quanto ao
sistem a de controle que pode ser centra-
H oje em dia, a comunicação celular
não é m ais vista pela indústria de TCs
como algo que se destina apenas ao uso
de telefon e em veículos, mas sim, o de Serviço móvel mstalnda em viaturas.
dar às pessoas que se deslocam os bene
fícios aos serviços d igitais integrados.
M as para que tal aconteça é necessário, ra (raio de 100 m), em pregando apenas
dizem os técnicos, estender o atual mo 1 mw de potência. Outra versão, portá
delo R D S I provendo-a com uma in ter til, poderá atuar em um raio de 1 a 10
face rádio celular ou RDSI-C. O usuário km, com potência de 600 m w e que ao ser
terá, daqui por diante, a interface RDSI acoplada a um am plificador R F, em um
p a ra uso fix o e a R D S I - C p ara uso veículo, eleva a potência para 3 w e o
m óvel. ra io de ação p a ra 20 km — e x p lic a
Segundo Edward Chien, dos Labora Chien.
tórios Bell da A T & T , a interface RDSI-C A extensão da R D S I para o âm bito
deve defin ir, por um lado, as funções do c e lu la r p oderá m o d ific a r o co n ceito
e s ta b e le c im e n to e geren ciam en to de atual da te le co m u n ica çã o p e rs o n a li
uma cham ada e por outro — e de m anei zada, com cada pessoa identificada por
ra independente — a tecnologia rádio um cód igo in d iv id u a l. D e q u a lq u e r
que estiver sendo em pregada (acesso rá ponto da rede, em q u a lq u er p a rte do
dio, faixa passante, modulação e codifi mundo, se for o caso, uma pessoa se re Telefone portátil para uso caseiro.
cação). gistrará num banco de dados e este sa
"D e fin iu -s e o acesso básico celular berá, a todo m om ento, localizá-la para
como sendo do tipo 21 + C ( à semelhança efetuar uma comunicação. lizado, ou ao contrário descentrali^
do 2B d I ) da R D SI), sendo que é im ple ensina Arunas Slekis, da Novatd ^
m en tado em increm entos de 1 kbit, a A c e s s o r á d io disse favorecer a segunda alterna*!"
fim de se adaptar às lim itações do espec por sua m aior flexibilidade. "A idéia ^
tro rádio. Um canal de voz a 64 kbit/s po Um dos pontos críticos da telecom u sica da descentralização”, diz ele. *
derá ser recodificado para 8 kbit/s e em nicação celular é o da distribuição de ca os circuitos da voz e de controle o:
pregar um canal 1(8) no caso da comuni nais rádio, de modo a otim izar o espectro nhando em separado, o que penni^
cação de voz do usuário m óvel", explicou disponível. A propósito, M. R itcher, da calizar, fisicamente, as diversas 1V ,
Chien. Siemens, descreveu o próxim o sistem a des do sistem a onde for julgador
O estabelecim ento de uma chamada rád io d ig ita l P a n -E u ro p eu D S-900, con ven ien te". J á no sistema cemr-
Telebrosii JulhcyAgos