Page 16 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1987
P. 16
Ao criticar a pulverização do mercado folovi Jr., da Sucesu-vSP ror ¦
uso da informática no Paí ao
brasileiro de eletrônica e informática —
aquém da tecnologia disponiv^6 esW
que possui 300 a 400 empresas, quando
caso da automação de escrit • 0ntoé°
nos Estados Unidos são apenas 5 ou 6
área que se abre a novas apiicaçí°’
g ra n d es co n glo m era d o s — o ex-
secretário da SEI falou que o setor conti
(latt
nua desarticulado, precisa saber o que
quer e deve ter a humildade de reconhe
cer suas limitações. Para Edson Dytz, . i t e n a s f e s * « *
que reconheceu que as pessoas podem " 'oi referente às n e g o »
t
mudar sua maneira de pensar, o Planin ^att, referindo-se o Ministro ^
foi um engodo e contrabandeia-se anual- Amorim à estratégia brasileira deik!
mente quase 1 milhão de dólares, in celerar a discussão sobre o item ciossm
cluindo 300 mil dólares só em PCs, o que ços, que os países desenvolvidos de*!” '
¦m
indica que algo está errado com o modelo Por outro lado, Franco Montoro F/\ do ver incluídos no acordo geral tariférit
de informática. Sobre o mesmo tema BNDES, acha que apesar de não deter a que rege o comercio internacional
Paulo Mattos, da IBM, preferiu definir liderança tecnológica em informática, a Coube, porém, a Antonio Mesquita.
capacitação tecnológica como um meio situação do País não é catastrófica. Con presidente da Abicomp no períodolõ *•’
para se usufruir vantagens, que para tudo existem três problemas a serem elu lembrar que a ação dos Estados Unidos
serem obtidas envolvem todo um comple cidados: o número excessivo de empresas ao pressionar, recentemente, a reserva
xo de recursos humanos, pesquisa uni existentes, o custo elevado do produto de informática, nada mais tinha sido do
versitária e recursos de capitais (cerca de brasileiro e o maior esforço a ser efetuado que uma prática protecionista, advinda
20 a 23'? r do PIB). em P & D. Defendendo o modelo de re daquele País do hemisfério Norte. Ao di
zer que a verdadeira questão americanaé
o seu déficit de 150 bilhões de dólares que
se acumula de ano em ano. e a falta dr
competitividade internacional na área
dos produtos manufaturados, disse Mes
quita que existe uma pressão política »•
bre o comércio mundial que é traduzida
pela Restrição Voluntária de Exporta
ção, uma medida que, na prática, difi
culta coisas tais como a exportação bra
sileira de aço ou a entrada de automóvel
japoneses nos Estados-Unidos.
Elogiando a atuação do Ministro Pau
lo Batista na rodada de Punta Dei Este
(vide Revista Tele brasil, Nov. Dez
Mesquita disse que o perfil das exporta
ções norte-americanas está mudando e
que a pauta de manufaturados já não t
mais considerada prioritária. Ao citar
Mesquita <ao microfone): a verdadeira questão norte-americana é seu déficit de 150 bilhões d
dólares, que cresce de ano a ano. Peter Drucker, concluiu o palestrante
que se troca mais moeda intemacior^.-
mente (câmbio) e fazem-se mais inves..-
Segundo o executivo da multinacional serva de mercado, Montoro recordou mentos de capital, do que todo o volun*
aqui sediada, há que recorrer ao capital porém que a idéia do liberalismo indus gerado pelos negócios industriais e ugr-
externo para obter-se tecnologia e citou o trial absoluto é inexistente e que os maio colas, a nível mundial. Quanto ao Ua *•
exemplo do Japão que empregou 1 bilhão res avanços industriais do País foram em se tratando da informática bra.--^
de dólares em aquisições tecnológicas no sempre conseguidos com a proteção dos ele de nada serviu, e nem resolveu •
exterior. "Um produto precisa ser compe
valores brasileiros. Finalmente, José blema de serviços e de patentes, a-irr
titivo a nível internacional, para poder se
Antonio Mesquita. .
alcançar grandeza de escala, assim é pre
Dando a entender que o munO' P
ciso ser mais pragmáticos e menos ideoló
se dividir, no futuro, entre os que o-
gicos, abi indo uma via de duas mãos com
zem manufaturados e os que
o exterior”, advertiu Mattos.
principalmente da exploração
Já i eflet indo o ponto de vista da comu
ços, Evandro Millet. da Finc-p*
nidade científica, Daniel Menascé, da
que a Lei de Comércio American- - ^
SBC, acha que o importante é definir o
Act) vê como sendo serviço aou H
giau de auto-suficiência que o País quer
é tangível e cuja produção e con- -
alcançar. Para ele, o setor da informática
dá quase que simultâneamen-
biasileiia mostrou que tem tecnologia de
segundo esta óptica, a remeta r\
venda, de projeto, de produção e alguma
ties poderá ser considerada o
capacitação em P&D. Porém, há necessi
bem como a exploração de
dade de maiores recursos humanos espe
de dados transfronteiras. ^ * *
cializados e aí a coisa se passa, de acordo T «*.
tância das negociações(j('
com ele, a nível político. "É triste verifi
atualmente se orientam '
car que se destinou a quantia de 66 bi
seus acordos o item de s e r^
lhões de dólares para a Ferrovia N o rte -
se aprovado devido à ^ r'€ L ri,
Sul, mas cortaram-se bolsas na área da
países industrializado^ P 'c,,
educação a pretexto de reduzir o déficit
profundamente o futuro
público1', constatou desanimado Me Y
nascé. M illet.a introdução do item serviços no País, alertou o represen a
a teta iá nosso futuro econômico. tJCF)