Page 61 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1987

E s t a v i d a é " f i c h i n h a ” !
Oito horas da manhã. Cartão de ponto ba­
tido. Média de café com leite e pão. Vencidas
já, a esta hora, 3 batalhas: o despertador que
acusa 5h30min; o galo que canta exata e re­
ligiosamente; o ônibus lotado e demorado.
Abre a porta do veículo, confere todo o ma­
terial preparado no dia anterior. Dá a par­
tida, puxa o afogador e aguarda uns minutos.
Motor quente e cabeça fria, lá vai ele. Mais
um dia ou menos um? Engata a primeira
marcha, acelera, tira o pé da embreagem,
aciona a segunda, vira à esquerda, buzina,
pára no sinal vermelho, pedestre indaga:
"Quando é que a Telemig vai começar a ins­
talar o meu telefone do plano BH-7?” Sinal
verde. A 100 metros, o primeiro telefone pú­
blico da rota. — "Com licença, minha senho­
ra, só um minuto!” Retira o cofre cheio. Peso:
7 quilos e tanto. Telefone de boa renda. Colo­
ca um cofre vazio. Fecha a tampa, retira a
chave e lança um olhar de despedida. "Até se­
mana que vem.”
Abre a tampa traseira do veículo, marca
Fiat, companheiro de jornada e desafios.
' Por constituir um retrato tomado ao vivo, do
dia-a-dia das empresas operadoras, publicamos,
sem retoques, a estória que nos chegou encaminha­
da por Rosendo Magela Reis — DEFda Telemig O
autor é Roberto Nunes Siqueira Campos, da Seção
de Controle de Fichas de TP's da Telemig
S e o s e u
REG-P (*) Registrador de provas
Simulador automático de central
de destino.
E q u i p a m e n t o s
p r o c u r a c o n f i a b i l i d a d e
Avenida Juscelino K. de Oliveira, 154 - CEP 18100 - Votorantim - SP
p r o b l e m a é m a n u t e n ç ã o d e _
t e l e f ô n i c a s
S p l i c e , a r e s p o s t a
e q u a l i d a d e e m a l t a t e c n o l o g i a .
S P L I C E
Roberto Nunes Siqueira *
Coloca o cofre no compartimento. Ao testar a Dezesseis horas, sol escaldante, fim da
porta, mais uma abordagem: "Dá pra man­ viagem. Regresso. Trânsito louco, buzinas,
dar consertar meu telefone? Estou já há 8 mi­ Av. Afonso Pena, rua Alienas, garagem do
nutos e 53 segundos com ele mudo!” prédio. Abre a porta. Sacode a poeira. Fuz o
A vida continua: acelera, freia, estaciona. sinal-da-cruz. Busca o carrinho. Retira os co­
Abre porta, fecha porta. Retira cofre, guarda fres cheios. Completa com novos cofres va­
cofre. Icatel e Daruma. Anexa formulário de zios. Estaciona o veículo. Senta-se à mesa.
identificação. Desvia do trânsito congestio­ Prepara formulários, manuseia carimbos,
nado. Sol quente. Buzinas. Amarelo: aten­ etiquetas, datador, canetas, grampeador,
ção! Vermelho: pare! Verde: siga! Os capí­ etc. Prepara a rota do dia seguinte.
tulos desta novela cotidiana se repetem, o Dezessete horas e 30min, fim do expe­
ator e seus coadjuvantes são os mesmos. diente. Banheiro, chuveiro, sabonete e toa­
Parada para almoço. No balcão ou na mesa, lha completam o dia. Vamos tomar uma
as mesmas perguntas: "Quando é que vai cerveja? Ato contínuo, decisão por consenso,
abrir o plano novo?” "Será que não dava pra todos ao bar. Uma caipirinha, duas ou três
arrumar um emprego pro meu filho lá na sua geladas, rápidas. Leite, pão, metrobel, lota­
firma, não? Ele é bom de serviço!” "Minhas fi­ ção. Portão de casa. O caçula corre para o
chas de telefone tão acabando e o distribuidor abraço, o cão abana o rabo, fiel como sempre!
ainda não chegou! Reclama pra mim lá, faz "Papai! A professora me perguntou onde o Sr.
favor!” trabalha e o que o Sr. faz lá. Eu disse que era
Estômago forrado, pé no caminho. Pró­ na companhia telefónica e que o Sr. não devia
xima parada: rua Bom Destino, 1.088. Tele­ fazer quase nada, pois quando o Sr. chegava
fone público recém-instalado. Ao chegar me dava banho, jantava comigo, fazia junto o
nele, decepção! Falta o fone, o disco está que­ meu "para casa”, assistia televisão, me pu­
brado, há pregos na fechadura, o fio cortado, nha pra dormir e depois ainda ficava até
um líquido escorre de dentro dele, pedaço de tarde conversando com a mamãe. Sempre um
arame interrompe a passagem de fichas na sorriso pra repartir com a gente!”
canaleta, palavras mal escritas por todo lado. Diga a professora da próxima vez, meu fi­
Desânimo, revolta-pena daqueles que preci­ lho, que seu pai é um coletor de fichas de tele­
fones públicos.
sam se comunicar. Telefonema ao Centro de
Operação. Comunica os estragos e parte para Nossa, pai! Que barato! Quando eu crescer
mais um telefone público, dois, dez, quinze, o Sr. deixa eu ser também um coletor?
etc. — Claro, filhote! Se Deus quiser!
c e n t r a i s
e t e s t e s d e a c e i t a ç ã o
O TAC e o REG-P incorporam a
mais avançada tecnologia do
mundo em equipamento para m a­
nutenção e testes de aceitação de
centrais telefônicas.
N ão é por outra razão que já se
tornaram ferramentas imprescindí­
veis para empresas como Embra-
tel, Telesp, Telest, Teleamazon, Te-
leacre e Elebra, entre outras. Co­
nheça você tam bém a solução Spli-
ce para o seu problema.
p a r a q u e m TAC (*) J
Testador automático
de centrais
G erador automático
de chamadas,
D O B R A S I L L T D A . programável e
total mente eletrônico.