Page 33 - Telebrasil - Março/Abril 1986
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soras de ondas médias do País, com po Já o posicionamento dos detentores
milhares de unidades
tência acima de 20 kW . Quanto à recep da tecn ologia C-Q uam , expresso por
O
ção, ele revelou dados que realm ente 3
Õ> Luiz Castro, após consultados Noé Ke-
impressionam e mostram a força do rá • I nig e Frank H ilbert, da Motorola Inc.,
o
6 a>
dio — são 90 milhões de aparelhos espa L- o foi a de que no tocante à transmissão po
o
lhados nos domicílios brasileiros, acres 3 deria ocorrer um pagamento único, a tí
cidos de mais 7 m ilhões de auto-rádios K tulo de assessoria técnica, e quanto à re
que são ouvidos, diariam ente, por m i / À cepção estava ainda em estudo a melhor
lhões de pessoas, em todo o País (repar maneira de se proceder.
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tidas 50% na região Sudeste e 21% no I / Frank H ilbert exem plificou que nos
)
Sul). E prosseguiu: / Estados Unidos os fabricantes pagam
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— O m ercado b ra s ile iro de recep 25 centavos de dólar de royalties por re
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tores é da ordem de 5 m ilhões de unida > ceptor produzido. O custo do chip decodi-
des anuais, dos quais 80% são produzi Ficador é da ordem de 1 a 2 dólares, disse
das no setor eletroeletrôn ico da Zona ele, e o custo adicional da incorporação
PRO DUÇÁ() DE
Franca de Manaus, que em prega 25 mil RÁDIO RECEPTORES do A M estéreo, nos receptores, sai para o
pessoas, distribuídas por 55 empresas. usuário fin al am ericano, cerca de 10
Os produtos de Manaus apresentam ele dólares mais caro.
vado índice de nacionalização, mesmo Segundo depoimento de um membro
baseados em tecnologia importada. 1 da platéia, um receptor sintetizado A M
Auto-J
Ainda, segundo Luiz London, a intro
1 estéreo (Rádio Shack) pode ser compra
dução do A M estéreo se dará in ic ia l do por 50 dólares, nos Estados Unidos.
mente nos auto-rádios, receivers e ra- Tam bém foi mostrado, na ocasião, um
diogravadores, fato que, conjugado com 78 80 82 84 modelo portátil da Sanyo, adquirido em
o estím ulo a ser trazido pela nova tec
A produção de receptores no Brasil, vem Nova Iorque, por 25 dólares. A propósito
nologia, faz prever um mercado de 2,6 reagindo a partir do ano passado. do assunto, o representante da Abinee,
Pedro Mezza, fez ver, no entanto, que
tais equipam entos no Brasil custarão
bem mais para serem produzidos e que
se um receptor viesse a custar por hipó
tese, no varejo, 800 cruzados, isto já li
mitaria sua colocação junto à população
situada nas faixas de renda de 3 a 5 salá
rios mínimos.
Do lado da indústria de transmissão,
ainda que os investimentos venham a
ser feitos só uma vez, eles serão elevados
— somente um excitador/m onitor es
téreo, importado, anda pela casa dos 14
mil dólares. "M as a solução também po
derá ser encontrada na engenharia bra
sileira que está capacitada para isto” ,
afirmou João Eduardo da Silva, da M T A
Eletrônica, no que recebeu confirmação
de Luiz Gonzaga, da Risi, no tocante a
parte de áudio.
C-Quam
Demonstração, ao vivo, de recepção A M estéreo (Rádio Mundial), em receptor Sony.
Frank H ilb ert, 54 anos, um en ge
nheiro da Motorola (gerente do labora
tório de sistemas de modulação e de A M
m ilh ões de aparelh os anuais para o Custos
estéreo), possui mestrado em m atem á
novo sistema. tica e foi co-inventor juntam ente com
Já o representante da Abinee, Pedro No decorrer do ciclo de palestras so outro americano, Norm an Parker, do
Mezza, achou que "se a produção do re bre A M estéreo, o assunto custos aflorou sistema com patível de modulação em
ceptor A M estéreo fosse fácil, ele estaria à tona várias vezes, quer se tratando dos quadratura, registrado com o nome de
certam ente mais divulgado m undial segm entos de transm issores, recep C-Quam®. P resen te ao ciclo de con
m ente”, acrescentando que "mesmo nos tores, componentes ou da transferência ferências sobre A M estéreo, ele explicou
E stados U n id os, que estão na v a n da tecnologia C-Quam. que há cerca de 15 anos empresas tais
guarda de sua adoção, a maioria dos pro O posicionamento manifestado por como a RC A, Page e Sansui pesquisa
dutos tem se concentrado na faixa de re Benedetto Garófalo, do Minicom, foi a vam sistem as estéreo, com sinais em
ceivers e de auto-rádios, o que positiva de que não haveria cobranças de direi quadratura*, mas que os componentes
mente não constituem o rádio popular a tos de transmissão ou recepção pelos fa não eram compatíveis, o que introduzia
que estão acostumados a m aioria dos bricantes dos codificadores e decodifica- distorções ao serem demodulados. |
brasileiros”. dores do sistema. Quanto ao IN P I, sou
A propósito e refletindo em parte o be-se que. a entidade ainda não havia
pensamento dos fabricantes de recep manifestado seu ponto de vista, mas que
tores no Brasil, K arl Onodi, da Sharp, existia a preocupação da comunidade * A m o d u la ç ã o em q u a d ra tu ra é u m dos m éto d o s
comentou a título pessoal, que "o mer industrial que possa surgir a idéia da co em preg ado s p a ra tr a n s m itir 2 c a n a is com in fo rm a
cado brasileiro para A M estéreo certa brança de um percentual, a título de re ções, em correlação , com o é o caso do som e s té re o e
consiste no em p reg o da m o d u lação , e m fase, d e u m
mente não é tão fabuloso quanto se quer embolso de tecnologia, sobre o preço de c a n a l e d eslo cad o d e 90°, n o te m p o , p a ra o o u tro
fazer crer” . cada receptor produzido. can al.
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