Page 34 - Telebrasil - Maio/Junho 1986
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Ninguém consegue ficar indi c â m b i o ”.
ferente a Manaus. Sâo quatro opi F i n a l m e n t e , so b r e o con flito entre a
niões de origem diversa. Dois da L e i 7 2 3 2 , d a I n f o r m á t ic a , e o Decreto
2 2 8 , d a Z o n a F r a n c a , o S ecretário José
área estatal e dois da iniciativa pri
D u t r a p r e fe r iu c it a r o p a r e c e r do Minis
vada!, todos profundamente envol tr o d a J u s t i ç a , P a u l o B rossard , de que
vidos nas atividades da Zona " as e m p r e s a s e s t a b e le c id a s e m Manaus
Franca. t ê m d ir e i t o a d q u i r i d o ”, acrescentando
d i p l o m a t i c a m e n t e q u e "o problem a está
" A s g r a n d e s q u e s tõ e s da A m a z ô n ia c a m i n h a n d o p a r a u m a solução".
sáo: a m in e r a l, a u n d iá ria , a ecológica e
f
f
a lorestal, q u e e s ta m o s a o s poucos pro Opinião da Fucapi
cu ra n d o s o lu c io n a r ”. A a firm a çã o é do
S e c r e t á r i o d a I n d ú s t r i a , C o m é r c io e J o s é M ilto n B a n d e ir a , 56, formou-se
T u r ism o do E sta d o do A m a z o n a s , J o sé e n g e n h e i r o e le t r ic is t a n a PU C /R J e de
D u tra , 48, ad vogado, ex -d ep u ta d o e s t a José Dutra, Secretário da Indústria, Comer d ic o u g r a n d e p a r te d e u a v id a profissio
s
dual (P M D B ) em e n tr e v is ta e x c lu s iv a à cio e Turismo do Dst ado do Ama/.onas. n a l à i n d ú s t r i a e l e t r ô n i c a , tendo sido
R E V IS T A T E L E B R A S IL . E le g o sta de e n g e n h e i r o - c h e f e d a P h ilc o -F o r d , im
f a la r do d e s e n v o l v i m e n t o r e g i o n a l e p l a n t a n d o a f á b r i c a d e M a n a u s em
q u a is a s so lu çõ es d e s e u s p ro b lem a s. S e m p r e a te n to ao a sp e c to so c ia l, J o s é 1 9 7 5 . H a c e r c a d e d o is a n o s é diretor-
E n erg ia elétrica , a g r ic u ltu r a , t r a n s D u tra m ostrou q u e a m a n u t e n ç ã o do n í t é c n i c o d a F u c a p i , a t u a l m e n t e presi
s
porte e com ércio á o seto res q u e, no m o v e l d e e m p r e g o é u m f a t o r p r e p o n d id a p or M a n u e l R o d r ig u e s . E le é outro
m e n t o , n ã o a p r e s e n t a m p r o b l e m a s , d e r a n t e n a a n a l i s e d o s p r o je to s p a r a e n t u s i a s t a d a r e g iã o e e preocupa com a
s
p rin cip al m e n te , a im p o rta çã o e v e n d a M a n a u s , v i s t o q u e , m a n t i d o o a t u a l c o n s o lid a ç ã o d o s r e s u lt a d o s alcançados
de produtos acab ad os, "que g e r a m e m c r e sc im e n to d em o g rá fico , a c id a d e c h e p e l a S u f r a m a a t r a v é s d o d e se n v o lv i
i
p r e g o s , i n c e n t i v a m o t u r i s m o e d ã o gará no n ício do sé c u lo XXI com 2 m i m e n t o d a t e c n o lo g ia local.
renda ao E s ta d o ”. O co m ércio de im p o r lh õ e s d e h a b i t a n t e s . " I g u a l m e n t e i m J o s é M ilto n B a n d e ir a rev elo u que a
tados lim ita d o a co ta s a n u a is ) não é n p o r t a n t e a c r e s c e n t o u é o e x a m e F u c a p i s e c o n c e n t r a e m cin co objetivos:
i
(
cen tiv a d o e paga I C M d c 17%. Q u a n to á d os b en efício s so c ia is p ro p icia d o s p e lo s Nacionalização dos componentes (difi
m a d e ir a , J o s é D u tr a d is s e q u e e x i s t e a t u a is e m p r e e n d im e n to s co m o a l i m e n c u l t a r a i m p o r t a ç ã o d o s com ponentes
m u ita , em b o ra a p e n a s 15% seja m a p ro tação, a s s is tê n c ia m é d ic a e la z e r .” s e m s o f i s t i c a ç ã o ) : Regionalização dos
veitad os com ercial m e n te . " D e v e m o s n E le la m b e m d e u s u a in t e r p r e t a ç ã o componentes (a i d é i a é v e r tic a liz a r o
i
c e n tiv a r seu b e n e fic ia m e n to em e m p r e d iscreta q u a n to à s m u d a n ç a s o co rrid a s p ó lo e l e t r ô n i c o , d e p r e fe r ê n c ia criando
e n d i m e n t o s c o m o c a r t o n a g e m , p a p e l, n a a d m in is tr a ç ã o d a S u fr a m a , q u a n d o e m p r e s a e m s e p a r a d o ) : Desagregação
polpa e ca rv ã o v e g e t a l”, a crescen to u . to m o u p o sse R e g is R ib e ir o G u i m a r ã e s de subconjuntos importados (coibir a ex
O S ecretá rio de E sta d o a m b é m falou e m s u b s t it u iç ã o a R o b erto C o h e n : "O s p o r t a ç ã o d e c o n j u n t o s p ro n to s, exceto
t
dos in c e n t iv o s fisc a is da reg iã o , e x p li ex p o r ta d o r e s ao r e ceb er em s u a co ta v ã o c e r t a s a p lic a ç õ e s d e m e c â n ic a fina): Ab
cando que, no â m b ito e s ta d u a l, o C o n s e à C a cex p ara a p ro v a çã o d a s g u ia s , à R e sorção de tecnologia (a p e r e n id a d e da
i
lh o d e D e s e n v o l v i m e n t o d o A m a z o - ceita F ed era l p a r a p a g a m e n t o d e m p o s Z o n a F r a n c a fic a r ia a s s e g u r a d a quando
n as-C od am é q u em e x a m in a su a a p lic a t o s e a o b a n c o p a r a f e c h a m e n t o d e s e c o n s e g u ir , a m é d io p razo, absorvera
ção. S e g u n d o ele, o D e cre to 1 6 0 5 /8 3 re t e c n o lo g ia e x i s t e n t e , a lg o q u e, hoje, não
p r e s e n t o u u m a m e lh o r ia fis c a l, v is to s e e n c o n t r a n o s iv r o s o u n a s especifica
l
q u e e s t a b e l e c e u m a p o lít ic a e s p e c ia l ç õ e s d o s ch ip s): Incentivo às exportações
para a á rea de c o m p o n e n te s e d e sb u r o (o c u s t o d e t e l e v i s o r e s e sim ila r e s , com o
cratizou o m e c a n is m o d e d e v o lu ç ã o do r e a j u s t e d o s p reç o s, a lc a n ç o u o nível dos
ICM. fa b r ic a d o s n o e x te r io r ).
O utro m e lh o r a m e n to foi c o n s titu í Q u a n t o a o r ig e m do ca p ita l das em
do p ela a p ro v a çã o da Lei 1699/85, que p r e s a s , M i l t o n B a n d e i r a ex p lico u que
visou dar freio a s it u a ç õ e s em q u e u m e x i s t e d e tu d o , t a i s c o m o a 100% estran
m e sm o grupo em p resa ria l, dono de e m g e i r a s ( P h i l i p s , P h i l c o , T e le fu n k e n ,
p r e s a s d i s t i n t a s p a r a c o m p o n e n t e s e S o n y e t c .) : joint-ventures (N ational.
para a produção de q u ip a m e n to s, b e n e S h a r p , S e m p /T o s h ib a ) : e a s nacionais
e
f ic ia v a -s e d u p la m e n t e d o s in c e n t iv o s ( G r a d ie n t e , C C E , E v a d in e Motorádio).
c
(ao m portar o o m p o n e n te e ao produzir U m a d a s t e s e s d e fe n d id a s pelo dire
i
o e q u ip a m e n to ). Hoje, d ep o is da Lei, a tor da F u c a p i é a d e q u e , contrariam ente
e m p r e sa faz u s a 100% de in c e n tiv o s, a o q u e s e d iz, n ã o foi a e m p r e sa estran
j
t
s
s
a p en a s e o com p on en te iv e r id o o ta l g e ir a e a Z o n a F r a n c a d e M a n a u s que
t
m en te produzido e m M a n a u s. C o m isso a c a b a r a m c o m a n d ú s tr ia de entreteni
i
e v ito u -s e , em 1985, im p o r ta ç õ e s e q u i José Milton Bandeira, diretor-técnico da Fu- m e n t o q u e flo r e s c e u no Sul do País, na
v a le n te s a 25 m ilh õ e s de dólares. capi-AM. d é c a d a d e 6 0 , m a s s im a fa lta de desen-